sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Hoje foi dia de greve na função pública. Como era de prever os números da adesão são díspares. Claro que não acredito nos números do Governo, mas também não aceito os números dos sindicatos, aliás estes têm um esquema de contabilização que deixa a desejar.
Por exemplo, uma escola fecha as portas porque não tem pessoal auxiliar que chegue para ela funcionar. Para os sindicatos essa escola representa 100 por cento, mas isso não é verdade, porque os administrativos estão e os professores também, logo não pode ser 100 por cento. Claro que este exemplo se multiplica por muitas escolas. Umas têm auxiliares e não têm professores, etc e etc.
Mas não só por escolas, por outros serviços também.
Curiosamente gostaria de lembrar que os números de adesão à greve são poderão ser disponibilizados terça-feira, quando estiverem recolhidas as justificações de ausência. Aí sim, aí veremos quantos fizeram greve.
Uma coisa é certa: esta "ponte" que os sindicatos acharam por bem dar, foi uma benção.
Curiosamente, e para rematar esta matéria, o líder do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou que não se congratula com a greve da administração pública, mas compreende as razões da paralisação dos funcionários públicos.

Continuando. Fez bem Luís Filipe Menezes, e já que estamos numa de compreensão, porque ao que parece os portugueses também já o compreenderam.
Após ter desaparecido o efeito da eleição de Luís Filipe Menezes, o Partido Socialista volta a tirar votos ao PSD e também à esquerda, ficando com mais 12 por cento das intenções de voto do que os sociais-democratas.
O PSD de Luís Filipe Menezes cai cinco pontos num mês e apresenta-se com 31,5 por cento das intenções de voto. O barómetro da Marktest para a TSF e DN mostra que, se as eleições fossem hoje, o Partido Socialista ficaria no limiar da maioria absoluta.
Curiosamente no que diz respeito aos ministros, quase todos subiram à excepção de Mário Lino. Mesmo na saúde e na educação, os titulares das pastas registaram subidas.
José Sócrates recupera 14 pontos embora permaneça em terreno negativo.
O CDS passa de 2,9 para 4,5 por cento. O PCP desce para os nove por cento e o Bloco de Esquerda com sete por cento das intenções de voto.
Entre os líderes partidários verificamos que Portas sobe alguns pontos mas continua a ser o dirigente com a pior avaliação. Jerónimo de Sousa baixou e Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, é o mais popular.
Este barómetro TSF/DN foi realizado entre os dias 20 e 23 de Novembro, tendo por base 807 entrevistas por telefone fixo. A margem de erro é de 3,45 por cento.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Será febre? De repente todos decidiram opinar sobre o novo aeroporto. Uns porque é a OTA. Vem a CIP e diz Alcochete. Vem a ACP e diz portela+Montijo e a ATL, também quer Montijo+Portela.
Quase me apetece dizer que é febre. De repente todos decidiram opinar, mas essa decisão foi só quando o Governo tomou uma decisão, porque enquanto não houve coragem para decidir e as coisas foram sendo empurradas com a barriga, ninguém apresentou qualquer estudo, aliás era matéria sem interesse.
No meio de tudo isto gostaria de questionar o seguinte, e que fique bem claro que para mim o novo aeroporto até pode ser na Base Aérea de Sintra, no Guincho ou em Massamá Norte, o estudo da CIP contempla onde e quanto nos vai ficar um novo campo de tiro?
Nos estudos que optam pelo Montijo já estão inseridos os custos de uma nova base aérea?
Às tantas é parvoice minha colocar estas questões, mas julgo que é da máxima importância que os estudos contemplem tudo isto.
Que me interessa dizer que Alcochete fica mais barato 2 milhões de euros, se o novo campo de tiro custar 4 milhões?
Que me interessa que Montijo fique menos mil e setecentos milhões se a nova base aérea custar 3 mil milhões?





Selo de cortiça. Os CTT lançaram hoje o primeiro selo de cortiça do mundo na Assembleia da República, numa edição única de 230 mil exemplares.
O selo foi desenhado pelo designer João Machado, com a imagem de um sobreiro, tem o valor facial de um euro.
Não haverá segunda edição, apesar da primeira estar quase esgotada.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Mas havia dúvidas? Alguém tinha dúvidas de que o desenlace final entre o PCP e Luísa Mesquita passaria pela expulsão da última? Claro que não.
O grande problema foi que Luísa Mesquita não gostou de ser varrida para o canto como se de lixo se tratasse e isto o PCP não estava à espera.
E não podem vir com o paleio de renovação de bancada, já que não é a isso que se assiste.
Veja-se o caso de Bernardino Soares. A data de nascimento que está no BI pode ser 1971, mas aquela personagem tem mais anos que a revolução russa.
Fico assim apreensivo sobre a não evolução do PCP e a continuação na linha pura e dura da ortodoxia dos tempos de Brejnev.
Antes de finalizar este post gostaria que alguém me esclarecesse qual era o emprego que o PCP queria arranjar a Luísa Mesquita na península de Setúbal.

No post de 16 de Novembro comentei o veto do ensino do português como segunda língua por parte do presidente Bush. Na altura não fiz eco das desculpas inventadas pelo embaixador americano no nosso país, porquanto me pareceram desculpas de mau pagador e nada mais.
Realmente parecia eu que estava a adivinhar.
E digo isto porquê? Porque o referido sr. embaixador deixou que o pé lhe fugisse para o chinelo e fez comentários absurdos e pouco éticos acerca de quem o tratou sempre com a correcção devida.
Disse o referido senhor:
- "Alianças da Galp com a Gazprom e com o regime de Chávez podem vir a ser perigosas"
- “Portugal é muito anti-nuclear”
e culminou com uma entrevista ao Jornal de Negócios de segunda-feira (26.11) onde tece críticas ao facto de "que os líderes europeus parecem mais intimidados pelas sondagens do que determinados a convencer as suas opiniões públicas da importância da luta no Afeganistão" e nomeadamente de Portugal refere que o nosso governo se preocupa mais com as sondagens do que com a segurança global, e tudo isto porque Portugal já decidiu que vai haver uma redução significativa do contingente militar português no Afeganistão.
Quem é que pode explicar a esta peça, que são os EUA que directa ou indirectamente colocam em perigo a segurança global.
Mais, como é que ninguém o chama às Necessidades e lhe dá um valente ralhete por ele se imiscuir naquilo que não lhe diz respeito.
Fosse ministro Diogo Freitas do Amaral e as orelhas já lhe tinham crescido dois palmos com o puxão que já tinha levado.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Isto é um país do faz de conta. Motivados com o agravamento das despesas com os combustíveis, onze associações de armadores do país reivindicam aumentos no preço do peixe, sendo que para o efeito constituiram já uma comissão que irá reunir com o Governo.
Disse o porta-voz das associações que esta: "É uma derradeira possibilidade que estamos a dar ao Governo para em conjunto encontrarmos as soluções mais adequadas", para além de que "os armadores têm vindo a pressionar as associações para haver uma paralisação" do sector.
"Há segmentos em que só o custo dos combustíveis representa mais de 40 por cento da sua produção", sendo por isso que os armadores pretendem que sejam "encontradas formas de fazer reflectir o agravamento do preço dos combustíveis na venda do pescado", como o aumento do IVA sobre o peixe, à semelhança do que acontece em Espanha e França.
Possivelmente serei eu que estou doido, mas é ou não verdade que o preço do peixe está a preços proibitivos para a maioria das bolsas dos portugueses? Claro que é verdade.
Então quem é que está a embolsar forte e feio? Claro que a resposta vai direitinha para os intermediários.
Sim, mas que culpa temos nós que os pescadores não saibam ou não queiram organizar-se, no sentido de levarem a "faina" até ao fim. Organizem-se como deve ser que ganham dinheiro e até o pescado pode descer de preço.

É curioso. Segundo as palavras do director-geral da Unihsnor - União das Empresas de Hotelaria, Restauração e Turismo "mais de 90% dos seus associados já solicitaram o dístico de estabelecimento sem fumo". Quer isto dizer que na grande maioria dos estabelecimentos de restauração, hotelaria e bebidas vai ser proibido fumar.
No dizer de António Condé Pinto, "os obstáculos que a lei cria a quem pretenda criar espaços onde seja permitido fumar são tantos que não vale a pena o esforço".
E é esta frase que me deixa perplexo, porquanto se percebe que agora todos se estão nas tintas para os fumadores, esses poluidores malditos, assassinos cruéis do ar que respiramos, essa "seita nefasta" deixou de ter direitos, só tem deveres.
São uns párias que somente delapidam e não contribuem. E porque são assim é bem feito que deixem de ter espaços onde se possam reunir. Possivelmente irão ser criados guetos para que sejam isolados dos outros, esses que não poluem, esses que têm deveres, mas também têm direitos.
É a hipocrisia habitual, mas hipocrisia da parte de todos. Poder, comerciantes, cidadãos... todos.
E a rematar gostaria de dizer que deixei de fumar, depois de 36 anos de consumidor, a 5 de Agosto de 2006. Sem medicamentos, sem nada. Foi suficiente um susto.
Hoje quando entro num espaço que tem uma atmosfera repleta de fumo, saio pura e simplesmente e isto porque eles têm tanto direito a fumar, como eu tenho em não fumar.
Fanatismos bacocos é do pior que pode existir.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Vamos aceitar isto. Os israelitas preparam-se para a partir de 2 de Dezembro reduzir, de forma gradual, o fornecimento de electricidade à Faixa de Gaza. Para além desta redução, Israel resolveu ainda suspender o aprovisionamento de combustível.
Questionados pela comunidade internacional e por grupos de direitos civis, os israelitas limitaram-se a responder que estes cortes "não danificam o nível mínimo humanitário a que Israel está comprometido"
É repugnante ouvir tais palavras. Mais, não foi suficiente terem roubado espaço aos palestinianos, querem faze-los desaparecer seja de que forma for.
E nós, candidamente, vamos aguentando estes senhores e tods as suas diatribes.

Parece que a 30 de Novembro vai haver greve na Função Pública. Calha bem, já que é à sexta-feira. Adivinha-se portanto um fim-de-semana mimoso.
É verdade que nem tudo está bem, mas justifica-se esta mistificação? Sim, vamos estar perante mais uma mistificação. Enquanto as greves não ocorrem nos postos de trabalho, para que possamos aquilatar a sua verdadeira dimensão, vamos andar sempre a brincar aos números.
Posso ainda sugerir uma outra ideia: cria-se uma comissão independente e remetemo-lhe todas as justificações entregues para esse dia e depois talvez possamos avançar com números já mais fiáveis.

Ainda a greve. Claro que o mundo anda ao contrário, mas daí até uma confederação patronal se juntar a uma central sindical para se avançar para uma greve geral, vai uma distância muito grande.
É o que está para acontecer em Portugal. A Confederação do Comércio Português pretende juntar-se à CGTP e avançar para a greve geral. É o delírio senhores.
Mais delírio seria ver José António Silva, presidente da associação patronal, de braço dado com Jerónimo a entoar as mesmas palavras de ordem de sempre, de punho erguido. Sim, já não peço para entoarem a Internacional, pois que esta há muito que foi remetida para as memórias de uns quantos que a prezam, não a adulteram e que apesar de acompanharem, perceberem e aceitarem a evolução da sociedade, a cantam com a mesma garra de 75.

E porque o Natal se aproxima aqui ficam duas ideias para prendas:

- Livros. Tudo o que é preciso ler. Christiane Zschint. Prefácio de Eduardo Lourenço, Casa das Letras. Trata-se de uma selecção de 100 livros que não pode deixar de ler.
Vai encontrara autores variados. Desde Balzac a Tocqueville, passando por Eça, Flaubert, Huxley, Pessoa, Proust e tantos outros. É obrigatória a sua leitura.





- O anjo mais estúpido. Christopher Moore, Gailivro. Aviso do Autor sobre o livro: Se está a pensar comprar este livro para oferecer à sua avó ou a um filho, deverá estar ciente de que contém palavrões, bem como primorosas descrições de canibalismo e de pessoas com mais de quarenta anos a praticarem sexo. Depois não me culpe. Eu avisei.
Nuno Markl diz: O conto de Natal de Dickens está tão batido que precisamos de algo de novo para nos aquecer os pés na quadra festiva. Nada como uma encantadora fábula de anjos, Pais natais e zombies fãs do IKEA para sentirmos o espírito natalício cair sobre nós. Em peso.


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Fico surpreso. Tive conhecimento que as dívidas totais do PSD ascendem a 13,5 milhões de euros.
Num partido com um rácio elevado de economistas e alguns de nome bem sonante que não se esquivam a tecer loas à situação económica do país, que batem forte e feio no Orçamento de Estado, que se fartam de criticar as medidas de gestão económica, medidas essas que fizeram cair o deficit para valores espantosos, existe uma dívida destas?
Se são assim a gerir o partido, não admira que tenham deixado o país como deixaram e preocupante é se voltarem ao poder.

Alguém se importa de repetir!? Parece que estão a decorrer desde há tempos negociações entre PS e PSD para a nova lei eleitoral autárquica. Não percebo muito bem porquê, nem para quê, mas isso é outra questão.
Pois bem, com a eleição do novo presidente do PSD, as negociações caminham para a ruptura e isto porque Menezes defende a "presidencialização do municipalismo".
As ideias do novo líder vão no sentido de que os eleitores votem num nome para presidente de câmara e não numa lista fechada de vereadores. Esse presidente, caso seja o mais votado, terá depois liberdade para ir buscar os membros do seu executivo à sociedade civil, para além desta, Menezes quer ainda que um presidente de câmara possa substituir a sua equipa de vereadores em qualquer altura do seu mandato, como um primeiro-ministro faz com os seus ministros e secretários de Estado.
Não é por nada, mas julgo que estamos perante um imbróglio tamanho. Alterar o actual figurino é caminhar na bipartidarização, o que de modo algum é aconselhável. Para além disso é dificultar ao máximo as candidaturas de cidadãos independentes e mais, é impossível ter um conhecimento profundo sobre uma só pessoa para que ela possa caminhar como elemento único para a presidência. Iriamos cair inevitavelmente na tentação de sujeitarmos a sufrágio nomes tão só sonantes, como desprovidos de qualidades para as funções em causa.
Também não pactuo com a ideia de que os elementos do executivo seriam recrutados, quer inicialmente, quer em caso de substituição, por elementos da Assembleia Municipal.
Isto a tomar força de lei era provocar uma desagregação nas Assembleias que tornaria ingovernável qualquer município que seja.
A única alteração que eu aceito, para além da limitação de mandatos, é a proibição de integrarem as listas quer de candidatos ao executivo, quer à Assembleia Municipal, quer à de Freguesia, deputados eleitos à Assembleia da República, dirigentes sindicais e associativos.
Quanto ao resto deixem estar como está para que possa existir hipótese de alternância democrática.

Não percebo a argumentação com a teoria da separação de poderes para alimentar a discussão sobre a nova lei dos vínculos, carreiras e remunerações na função pública, por parte dos juízes e magistrados do Ministério Público. tenho para mim que é um tanto ou quanto falaciosa.
Aguardemos pois pela decisão do Presidente da República, mas convictos de que o que se passa é do foro profissional e financeiro e nada que atente contra o princípio basilar de uma qualquer democracia e que é tão só a separação de poderes.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O caso Esmeralda. A pequena Esmeralda Porto "levou mais uma pedrada". Agora no dia 26 de Dezembro é entregue aquele que foi obrigado pela GNR a fazer o teste de paternidade. Vou repetir para que não fiquem dúvidas: foi a GNR que obrigou e levou o sr. Baltazar a fazer o teste de paternidade.
Quando um dia a criança tiver hipóteses de raciocinar por si e capacidade de entendimento q.b. - se é que estas tropelias todas que lhe estão a fazer vão deixar uma mente capaz - e pensar que só é filha do sr. Baltazar porque a GNR o levou e obrigou a fazer o teste de paternidade, vai odiar-se a si própria por ter nascido e ao sr. Baltazar que nunca mais será o pai.
Isto não significa que os pais adoptivos não tenham cometido asneiras, porque as cometeram. Agora um facto é inquestionável: por muitas asneiras que tenham cometido não ultrapassam de modo nenhum a recusa dos pais biológicos pela criança.
E não venham com tretas de que o pai biológico requereu o poder paternal logo que a criança tinha 1 ano ou ainda menos, porque isso não pega. Pai é pai desde que o primeiro momento e é-se pai de livre vontade e não obrigado.
Sobre a comissão do Hospital Pediátrico de Coimbra que agora se afastou do caso por não aceitar a decisão da relação de Coimbra, gostaria de dizer que conheço bem a Dra. Beatriz Pena (acompanhei um caso em que ela teve intervenção directa) para poder aquilatar quer das suas capacidades, quer do seu empenho só e tão só no melhor para as crianças, por isso e embora lamente o seu abandono, percebo a sua decisão que, estou certo, terá sido uma das mais difíceis que tomou.

Isto é verdade? Está na lista de devedores? Qual a solução? Se fosse eu era penhora pela certa e com juros de se lhe tirar o chapéu, como são estes não sei:

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A ponte que liga Constância a Vila Nova da Barquinha foi interdidata na terça-feira à noite, depois de o tabuleiro se ter deslocado cerca de 20 centímetros aquando ocorria a passagem de um comboio.
Agora e enquanto a ponte estiver fechada por falta de segurança e enquanto não houver uma solução, as alternativas passam por as pessoas utilizarem a ponte de Chamusca, que também está em obras, o que significa mais 60 quilómetros de percurso, ou por Abrantes, ou seja, mais 40 quilómetros.
Para além dos custos que tudo isto acarreta, existe algo mais preocupante e que nos deve fazer reflectir.
Tanto quanto se sabe as más condições da ponte já tinham sido detectadas pela Estradas de Portugal, já que esta desde há cerca de ano e meio que condicionou a circulação de pesados.
Então as más condições foram detectadas e só se limitou a circulação de pesados? E se se tivesse verificado o colapso da ponte aquando da travessia do comboio, ou mesmo de um carro que fosse? Agora estaria o país consternado possivelmente a chorar as vítimas e a assistir a mais uma comissão de inquérito para concluir o que já estava concluído há ano e meio.
Assim não vamos lá.

Sou demasiado ingénuo, ou serei demasiado estúpido!? Ricardo O. tinha acusado Paulo Pedroso no processo principal de pedofilia da Casa Pia, por abusos sobre alunos da instituição, mas o Ministério Público decidiu que não havia elementos suficientes para acusar Pedroso e o processo contra ele foi arquivado.
Motivado por isso mesmo Pedroso avançou com um processo por difamação contra esse antigo aluno. Pois bem, Ricardo foi ontem absolvido pelo Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, pelo que o caso é assim arquivado e a acusação particular de Paulo Pedroso não segue para julgamento.
Até aqui tudo normal. O que me provoca alguma estranheza é a justificação para o referido arquivamento.
Diz então a sentença: não estava provado a intenção difamatória do ex-aluno da Casa Pia, mas não se fica por apenas pela intenção, vai mais longe. Avança mesmo de que existem mais indícios de que as declarações de Ricardo O. sejam verdadeiras do que falsas.
Para o Tribunal, e pode ler-se na sentença, Ricardo O. foi vítima de abusos sexuais e o «relato fornecido pelo próprio revela-se, pela sua consistência, coerência, congruência e ressonância afectiva, compatível» com os abusos «que terão ocorrido entre os seus seis e catorze anos de idade».
O tribunal acredita ainda que os relatos dos abusos sexuais sofridos pelo ex-aluno da Casa Pia, hoje com 25 anos de idade, não são fruto de «simulação» e regista a «aparente autenticidade das emoções que acompanham os relatos, que lhe conferem a dimensão de experiências vivenciadas».
Para finalizar, a sentença conclui: «No entender deste tribunal, e ponderados os elementos indiciários supra elencados, apontam mais para a não falsidade das declarações do que para a falsidade das mesmas».
Esta conclusão é o quê? É a antítese do acórdão da Relação que deliberou pelo não pronunciamento de Pedroso? Expliquem-me.

Sobre o Acordo Ortográfico, com o qual não concordo, aqui está um bom artigo de Graça Moura.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Eu ouvi bem? O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, segundo a Lusa, está «muito preocupado com o clima de medo na RTP e com a forma como evolui o processo disciplinar a Rodrigues dos Santos» sendo que «um saneamento político seria inaceitável».
«Esperemos que não haja um saneamento político, isso seria inaceitável», afirmou Menezes, que considerou que «o clima que se vive na RTP parece no mínimo bastante criticável».
O líder social-democrata também considerou que a saída de Almerindo Marques da presidência da RTP para as Estradas de Portugal deveria servir como «momento para reflectir sobre o modelo institucional» da televisão pública, tendo mesmo afimado que «defendo um modelo para a RTP que lhe garanta mais independência do poder político-partidário e assegura a qualidade do seu serviço».
Com toda a certeza, estão a mangar com a nossa cara? Não foi em 2004 que ocorreram os acontecimentos que impuseram Rosa Veloso como correspondente em Madrid? Quem era a administração? Por quem foi nomeada?
Não se recordam? Então vejam em Semiramis, O Informador, Sindicato, Alta Autoridade para a Comunicação Social e por aí fora.
Sendo assim, será que ouvi bem as palavras de Menezes?
E já agora, lembram-se do caso Marcelo/TVI? Quem é que interfere com quem?
Sobre os desejos de comandar os meios de comunicação, ninguém está inocente. Era assim com o Estado Novo antes de Abril, foi assim com os partidos depois de Abril, nem o PCP escapa (lembram-se de Saramago ser director-adjunto do DN?Não! E do "Manifesto dos 24").
Resumindo: apetência para controlar os meios de comunicação todos, sem excepção, têm, importa é atribuir os casos a quem os provoca.

Mas o caso de Rodrigues dos Santos tem outros contornos a atentar nas palavras proferidas ontem por Marcelo Rebelo de Sousa. É impressão minha ou ele está a linchar o pivôt? E porquê? E porque é que diz que o pivôt tem mais notoriedade que a Administração, sendo que ele defende esta Administraçõ com unhas e dentes? Quem é que ele quer promover?

E porque estamos em matéria de continuações, continuemos com Menezes. Começo a ficar preocupado. Não sei se é do Sol (não é o jornal) e se é ainda bem que hoje já começou a chover, mas algo estava a afectar a moleirinha ao presidente do PSD.
Então não é que o referido senhor afirmou nas Caldas de S. Jorge, em Santa Maria da Feira, que António Guterres e José Sócrates desbarataram o crédito de desenvolvimento que tinha sido deixado ao país pelos governos de Cavaco Silva.
Que engraçado? Então e Barroso? Então e Santana Lopes que é agora o seu líder parlamentar?
Enquanto não houver seriedade na política estamos todos lixados.

Falando de seriedade. Assistimos este fim de semana a mais uma acção de Paulo Portas, daquelas acções que só servem para encher o olho, mas que na prática não tem substância, é a política espectáculo.
Pois bem, a acção resume-se a uma petição promovida pelo CDS-PP para que todas as dívidas do Estado sejam publicadas na Internet. Daqui vai resultar uma maior rapidez no pagamento? Claro que não vai.
Mas por falar em petições, será que podemos colocar uma para exigir que o Ministério Público investigue quais os documentos que Portas fotocopiou enquanto ministro da Defesa?

sábado, 17 de novembro de 2007

Os jornais do fim-de-semana faziam algum alarido ao processo disciplinar movido pela RTP ao jornalista José Rodrigues dos Santos.
Este alarido é motivado por tomadas de posição de outros jornalistas e mesmo do Conselho de Redacção, tomadas essas que visam impedir o despedimento do referido jornalista.
Mas desenganem-se todos aqueles que vem neste movimentar dos companheiros um acto de solidariedade. Estamos antes perante um acto de uma hipocrisia do tamanho do Mundo. Como é que os companheiros se unem em sua defesa, se foi de alguns deles que partiu o descontentamento e a inveja de este jornalista ter um salário elevado, de dedicar mais tempo aos romances e à sua actividade de professor do que à de jornalista.
A minha opinião é de que Rodrigues dos Santos foi esperto e iniciou toda esta barafunda conscientemente, até porque sabe quer terá as portas abertas quer na TVI, quer na SIC. Depois porque não se esquece e muito menos perdoa a quem lhe trocou as voltas sobre o correspondente em Madrid.
Atenção que o exemplo de Marcelo Rebelo de Sousa pode não funcionar com outros personagens, por muito ensaio que exista.
Ainda sobre os companheiros gostaria de deixar aqui um texto de Bertold Brecht (1898-1956) que diz assim:

É PRECISO AGIR
Primeiro levaram os comunistas

Mas não me importei com isso
Eu não era comunista

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os sindicalistas
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou sindicalista

Depois agarraram uns sacerdotes
Mas como não sou religioso
Também não me importei

Agora levam-me a mim
Mas já é tarde.

Pois bem, todo este borbulhar tem por finalidade contrariar o texto, ou seja: eles acodem pelo Zé, não por ser o Zé, mas para que o mesmo não lhes aconteça a eles.

Para outros textos de Brecht, clicar aqui.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Vamos lá ao pacto. Transponho para este espaço as últimas notícias sobre o pacto da justiça:
-PSD admite romper pacto de Justiça
-Santana preocupado com pacto da Justiça
-Menezes não quer «rasgar» pacto de justiça,
entretanto convém dizer que também existiu direito a resposta
- Pacto: Sócrates «lamenta» ameaça de Menezes.
Não é por nada, mas estas tiradas por parte da bicefalia dirigente do PSD fazem-me lembrar os putos que têm a mania e que passam a vida a dizer: agarrem-me senão vou-me a ele, no entanto desejam é que ninguém lhes toque.
Também é curioso que a primeira declaração tenha saído no final de uma audiência com o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Se acha que este pacto está a ser violado, porque é que insiste num pacto para as obras públicas?

Mais problemas para o PCP. Parece que a dança não para. Começou com o presidente da Câmara de Setúbal, avançou para o Parlamento e vai na Marinha Grande. A facção ortodoxa deveria pensar seriamente no que está a fazer, já que Luísa Mesquita e Barros Duarte podem provocar ainda muitos mais amargos de boca.

Nos Eua, o congressista democrata por Rhode Island Patrick Kennedy, propôs dentro da Lei das Apropriações para 2008 dos Departamentos do Trabalho, Saúde, Serviços Humanos, Educação e Agências Relacionadas, que fossem concedidos cem mil dólares ao Rhode Island College, de Providence, para um Programa de Estudos Portugueses e Lusófonos.
Bush criticou as propostas apresentadas afirmando que o povo americano merece que o Congresso se esforce mais nas propostas que apresenta. O presidente disse ainda que está na altura de cortar nos excessos e que o Congresso estava a comportar-se como «um adolescente com um cartão de crédito novo» (esta Lei de projectos para a educação e para a saúde tinha um valor global de 600 mil milhões e, no dizer do presidente americano, a proposta estava inflacionada em 2 mil milhões de dólares).
O líder americano chegou a afirmar que «alguns destes projectos dispendiosos incluem uma prisão museu, uma escola de vela a bordo de um catamaran e um programa de português como segunda língua. O congresso deve aos contribuintes um esforço muito maior. E assim hoje na Sala Oval vetei esta lei. O Congresso precisa de cortar na «gordura», reduzir os gastos e enviar-me uma medida responsável que eu posso assinar como lei».
Curiosamente ou não, ao mesmo que vetou esta lei, assinou outra que autoriza entregar ao Pentágono, aproximadamente, 460 mil milhões de dólares.
Agora convidem-no novamente para os Açores e mostrem-lhe outra vez o "rabinho", palermas.

Claro que sem termo de comparação, tenho noção da minha pequenez, gostaria de adicionar à "minha" hipocrisia de ontem, as palavras de hoje de Fernanda Câncio.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Desculpem, mas não posso deixar passar. O presidente da Autoridade da Concorrência já nos habituou ao melhor e ao pior, mas nada como este caso da fusão BPI/BCP.
Ora vejamos, no post de ontem elogiei o facto de Abel Mateus e por conseguinte a AdC estarem preparados para dar uma resposta rápida sobre a fusão dos dois bancos, sendo que este meu elogio tem por base a entrevista do próprio Abel Mateus à Agência Bloomberg.
Foi ele que disse que "Já analisámos o sector[bancário] e estamos, por isso, preparados para tomar uma decisão rápida", isto sobre a fusão dos dois bancos.
Pois bem, hoje durante a manhã e falando à margem da II Conferência de Lisboa «O Direito e a Economia da Concorrência», promovida até pela própria AdC, Abel Mateus acabou por dizer que embora já tenha algum conhecimento do sistema bancário em Portugal, «o processo de remédios é sempre prolongado e moroso». Ou seja a apreciação pelo regulador de uma eventual fusão entre o BCP e o BPI pode ser prolongada e morosa, ao contrário do que o mercado pode esperar.
Então mas ele está a brincar connosco? Para "consumo externo" diz que está preparado e será rápido, para "consumo interno" já não está suficientemente preparado e as coisas não são rápidas.
Então não há ninguém que puxe as orelhas a esta rapaziada?
Quais reguladores qual quê?

A Ordem dos Médicos e a lei de interrupção da gravidez. Após um parecer da Procuradoria Geral da República, o ministro da Saúde achou por bem solicitar à Ordem dos Médicos que realizasse alterações ao Código Deontológico, nomeadamente no seu artigo 47.º que refere o seguinte:

"CAPÍTULO II
PROBLEMAS RESPEITANTES À VIDA E À MORTE
ARTIGO 47.º
(Princípio Geral)

1. O Médico deve guardar respeito pela vida humana desde o seu início.
2. Constituem falta deontológica grave quer a prática do aborto quer a prática da eutanásia.
3. Não é considerado Aborto, para efeitos do presente artigo, uma terapêutica imposta pela situação clínica da doente como único meio capaz de salvaguardar a sua vida e que possa ter como consequência a interrupção da gravidez, devendo sujeitar-se ao disposto no artigo seguinte.
4. Não é também considerada Eutanásia, para efeitos do presente artigo, a abstenção de qualquer terapêutica não iniciada, quando tal resulte de opção livre e consciente do doente ou do seu representante legal, salvo o disposto no artigo 37.º, n.º 1.".
Pois bem, hoje, último dia do prazo dado pelo ministro, o sr. Bastonário veio dar a resposta.
Diz então o sr. Bastonário que "independência, autonomia e liberdade dos médicos não são negociáveis e que, por isso, não vamos alterar o nosso regulamento".
Se bem entendi o sr. Bastonário defende a hipocrisia. Sim, eu acho que é uma grande hipocrisia, porque senão vejamos: para a Ordem dos Médicos o aborto é uma falta deontológica grave e não deve ser praticada, mas como a lei geral da Nação não condena o aborto, então os médicos devem mandar o seu Código Deontológico às malvas e obedecer à lei geral. E se obedecem à lei geral, são punidos em sede de Código Deontológico? Isto sim, na minha opinião, é negociar a sua liberdade e autonomia.
Mas para além disto há algo mais que gostaria de saber: como é que o sr. Bastonário chegou a esta conclusão? Questionou todos os médicos inscritos na Ordem? Se o fez onde está esse inquérito?
Eu penso que o código deontológico da Ordem dos Médicos tem de respeitar a legislação actual e não ir ao seu arrepio, mas claro isto sou eu a pensar.
Pode nada significar, mas as eleições para bastonário vão decorrer no dia 12 de Dezembro.
Quem estiver interessado em ver o Código Deontológico, basta clicar aqui e seguir estatutos e regulamentos.

Afinal o prazo de concessão da rede rodoviária nacional à Estradas de Portugal é de 75 anos, prazo esse que está em consonância com outros empreendimentos concessionados, como por exemplo as barragens.
Afinal que é que mentiu? Afinal quem é que se embrulhou todo. Louça caminha de descrédito em descrédito.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Reestruturar para lixar. Ficámos ontem a saber que vai haver uma "revolução" nos tarifários da CP. Percebe-se, aceita-se e aplaude-se a ideia, já que os que existiam estavam perfeitamente inócuos e desfazados da realidade.
Sendo certo o que anteriormente dissemos, fica-nos já algum amargo de boca face às explicações que foram fornecidas ontem pela secretária de Estado dos Transportes aos deputados da comissão especializada da Assembleia da República.
Na verdade Ana Paula Vitorino afirmou que a reestruturação do modelo de tarifário dos comboios regionais da CP, que será implementada até 2012, prevê reduções anuais de preços que podem ir até 4,73 euros e aumentos máximos de 30 cêntimos, sendo que os preços dos comboios regionais passarão assim, a partir de dia 1 de Janeiro de 2008, a reflectir a distância percorrida pelos passageiros, a velocidade e a até a qualidade das composições em vez de, como até aqui, simples escalões quilométricos.
Este novo tarifário prevê ainda que assinaturas tenham descontos mensais de 40 por cento (em função de duas viagens durante 20 dias).
De uma forma global as reduções no preços dos bilhetes fazer-se-ão sentir nos próximos dois anos, enquanto os aumentos serão diluídos ao longo de cinco anos, isto é, até 2012, ano em que o sistema estará completamente implantado.
Mas atenção é preciso não esquercer que este aumento de 30 cêntimos ao ano até 2012 é independente dos aumentos anuais” no preço dos títulos de transportes, que entram em vigor no dia 1 de Janeiro.
O que este novo tarifário pretende é, e isso está bem à vista, arranjar mais dinheiro para a CP e isto vejamos: os passageiros que realizarem viagens com uma distância inferior a 50 quilómetros “vão pagar, em média, ligeiramente mais”, enquanto que os passageiros que realizarem viagens com distâncias superiores a 50 quilómetros “irão pagar, em média, ligeiramente menos”.
Onde é que a taxa de ocupação dos comboios é mais alta? Nos suburbanos.
Qual a distância quilométrica? Inferior a 50 Km.
Tomemos como exemplo o caso da linha de Sintra e a linha de Cascais.
Grosso modo podemos afirmar que a distância entre Sintra e Lisboa(aeroporto) é de aproximadamente 30km e que de Lisboa e Cascais são o máximo 40.
Está tudo dito e não é preciso sermos dotados de grande inteligência para percebermos isto mesmo.
Para além disto há algo mais que não aparece nas palavras da senhora secretária de Estado, mas que importa salientar. Os passageiros querem que a distância percorrida, a velocidade e a até a qualidade das composições tenha reflexos no tarifário, mas os passageiros também querem, ou melhor exigem, ter segurança durante a deslocação e, lamentavelmente, não vislumbrei qualquer referência a este direito.
Que me interessa a mim que a composição seja forrada a cetim e dobroada a ouro, que os assentos sejam em pele e aquecidos, se eu não viajo em segurança?

Segundo Abel Mateus, presidente da Autoridade da Concorrência, o organismo a que preside está em condições de emitir uma decisão rápida, se o Banco Comercial Português (BCP) e o Banco BPI chegarem a um acordo sobre uma fusão, garantiu ontem o presidente desta entidade reguladora.
Fico admirado, a rapidez não tem sido o mote da AdC (lembremo-nos da OPA da SONAE à PT e até à devolução da documentação à PT), mas congratulo-me.

Hoje Baptista Bastos no seu melhor.

Um facto com que nos congratulamos, mas que merece de nós uma reflexão atenta, quanto mais não seja pelas prioridades evocadas.

Como é que os Estados Unidos vão resolver o imbróglio que criaram no Paquistão. A viagem do número dois do Departamento de Estado, John Negroponte, ao Paquistão no próximo fim-de-semana, vem tarde. As posições entre Benazir e o sempre general Musharraf estão extremadas ao máximo.
Como é por demais evidente os EUA não aprenderam nada com Noriega, logo espera-se mais uns milhares de vítimas, embora aqui os EUA tenham de ter juízo já que o Paquistão tem arsenal nuclear.
Só desejo é que não façam asneiras e depois venham armados em bons com as ideias parvas de "troikas" para resolver a questão. Fizeram asneira, resolvam.

Para terminar, que isto já vai longo, importa só salientar que Cavaco voltou a dar nas orelhas a Menezes.
A vida tá difícil.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Atenção que hoje é para todos os gostos.

Comecemos pelo artista que gosta de beber uns copos e conduzir em contramão. Trata-se de um artista com 47 anos que já tinha sido interceptado no dia 5 de Outubro a circular em contramão na A2, na zona de Paio Pires, no Seixal, e que voltou a repetir a "graça" na madrugada de sábado, só que desta vez na Estrada Nacional 10, na mesma região.
Na primeira vez foi apanhado em contramão, com uma taxa de 1,15 g/l de álcool no sangue e ainda tentou agredir os elementos da GNR, mas o tribunal não o inibiu de conduzir.
Esta segunda vez, conduzia em contramão, a taxa era de 1,95 g/l de álcool no sangue e voltou a ameaçar os agentes, curiosamente o tribunal voltou a não o inibir de conduzir.
Estão à espera de quê? Que se verifique um acidente? Que alguém morra?
E que tal se o artista chocasse com os dois juízes que não o inibiram de conduzir, sem vítimas claro? Digam lá que não tinha a sua piada?!

E já que estamos numa de infracções, continuemos com o caso de Fernando Ruas, o autarca de Viseu e também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Então não é que o referido senhor foi caçado pelo radar da polícia a conduzir o carro da autarquia dentro da cidade de Viseu a 89km/h, sendo que o limite é de 50.
Ao que parece, uma confusão (um agente da PSP mandou-o parar devido à infracção, mas a presença do governador civil de Viseu que acompanhava a acção de fiscalização, deu origem a um pequeno desentendimento entre os polícias.O governador civil foi cumprimentar Fernando Ruas e informá-lo da operação, e um dos agentes “mandou seguir o autarca, pensando que também estava a acompanhar a acção ”, explicou um elemento da PSP) permitiu que o autarca abandonasse o local sem ser identificado e informado da transgressão.
O curioso é que ao ser confrontado pelo "Correio da Manhã" sobre este facto, Fernando Ruas apenas confirmou que foi mandado parar pelas autoridades. Quanto ao resto, manifestou-se intrigado: “Ninguém me perguntou nada, nem disse que eu ia em excesso de velocidade!”. O autarca adiantou que regressava de uma reunião, acompanhado de um vereador.
Tadinho. Ninguém lhe disse que ia em excesso de velocidade!
Ninguém lhe disse?! E ele não sabia que ia em excesso? Não é a mesma coisa conduzir a 50 e conduzir a 89, ou será? Possivelmente sou eu que estou errado.

A notícia aqui fica, nua e crua e sem comentários. A despesa prevista com as viagens e estadas dos deputados, em deslocações dentro e fora do País ao serviço da Assembleia da República, ascende, em 2008, a 3,4 milhões de euros, um aumento de 15,4 por cento face aos 2,9 milhões de euros orçamentados para este ano.

Nua e crua fica também esta. O ministério da Justiça adquiriu cinco automóveis topo de gama novos no valor global de 176 mil euros, contrariando as orientações de contenção de gastos previstas no Decreto de Execução Orçamental para 2007.

E para acabar. Um cão de raça Terra Nova, com o nome de ‘Óscar’ e cujo dono é José Castelo Branco, vai ser submetido a um "lifting" aos olhos.
Apesar de existir uma Convenção em Portugal desde 1993, que funciona como legislação e que proíbe todo o tipo de amputações, cirurgias estéticas, extracção de unhas ou cordas vocais, o animal vai ser sujeito a esta operação para, e no dizer de Castelo Branco, "para levantar a pálpebra inferior para as pestanas não estarem sempre a entrar para dentro e para prevenir a conjuntivite crónica".
Quando é alguém decide avançar com um "lifting" à inteligência da criatura? Talvez lhe subissem mais o cérebro e ele assim já não diria tanta bacorada.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

«Por que não te calas?». Esta expressão arrisca-se a ficar na história como se fosse o que de mais importante aconteceu na Cimeira Ibero-Americana que decorreu no Chile.
Sabemos que a monarquia espanhola foi importante e Juan Carlos decisivo na congregação dos espanhóis no pós-Franco e no caminhar para a democracia.
Sabemos que Morales, Chávez e Ortega têm uma visão limitada da democracia, uns mais do que outros, saliente-se.
Sabemos que Juan Carlos tentou dar por terminada a conversa entre Chávez e Zapatero, porquanto o primeiro atacava fortemente Aznar.
Mas mesmo sabendo isto tudo, importa referir o seguinte:
Primeiro - Chávez tem, na sua rectaguarda, a legitimação que lhe foi dada pelo sufrágio que disputou. Ora o monarca espanhol que eu saiba não foi legitimado por nada, a não ser por uma sucessão e nada mais.
Segundo - Importa não esquecer que esta nova leva de presidentes que tem chegado ao poder na América Latina e América do Sul são descendentes dos índios que os espanhóis em tempos idos mataram, violentaram, escravizaram, pilharam e exploraram e que em tempos mais recentes os americanos e alguns europeus se encarregaram de manter pressionados pelo domínio económico.
Terceiro - Quando Aznar deu o seu apoio ao golpe militar contra Chávez, sabia que estava a pisar "terreno minado".
O que teria dito o governo espanhol, ou mesmo Juan Carlos se um qualquer país da América Latina tivesse apoiado o golpe de Tejero Molina em Madrid.
É importante que se compreendam os novos poderes que vão emergindo na América do Sul e Latina e noutros pontos do globo onde os europeus séculos atrás e nos tempos mais recentes, acompanhados pelos americanos, impuseram, ou pelo menos tentaram impor, modelos da sua muito própria democracia e de sociedade.
Claro que esta compreensão não significa capitulação total quer de um lado, quer de outro. Significa antes aceitação dos erros e virtudes de cada uma das partes para que se possam seguir caminhos que tenham como meta somente o desenvolvimento dos povos.
Importa salientar e de forma veemente que a Cimeira Ibero-Americana foi muito mais do que esta troca de palavras em directo.

O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, sente-se triste e revoltado com a retirada do Orçamento do Estado para o próximo ano de qualquer verba de apoio aos alunos carenciados da Universidade Católica.
Eu sinto-me triste e revoltado pelo mega desperdício que foi a nova igreja de Fátima.
Fiquemos por aqui.

Que mistura é esta? Paulo Portas garantiu que digitalizou os seus documentos “de sete anos de presidente do CDS e de três à frente do ministério” da Defesa, mas negou que estivessem classificados de “reservados” ou “secretos”.
Mas que mistura é esta? Presidente do CDS e ministério da Defesa? E sessenta e tal mil páginas? E pagou do bolso dele?
E porque é que o Ministério Público nunca investigou isto? Porque é que Portas não leva os documentos ao Procurador para serem analisados?

Gabriel Drumond, deputado do PSD-M da Assembleia Regional da Madeira, defendeu que a Madeira deve avançar para o processo de independência, caso a revisão constitucional de 2009 não aumente as competências legislativas do parlamento regional.
O processo não pode começar já?
Ah?... e depois vivem à custa de quem?

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Há momentos em que devemos parar para pensar. Este artigo é por si só uma excelente razão para o fazer.

Menezes em maré de azar. Ninguem ligou patavina aos desejos dos pactos, viu Helena Lopes da Costa perder a distrital de Lisboa (embora aqui o verdadeiro perdedor seja Santana) e ainda teve que "engolir" os elogios de Cavaco ao Governo. É muito para 48 horas.

Nós, pais, só temos que nos congratular com o facto. O Governo aprovou, ontem, em Conselho de Ministros um decreto que define as regras da prova de acesso à carreira de professor, estabelecendo a realização de, pelo menos, dois exames para todos os candidatos a docentes.
De acordo com o documento, que regulamenta o Estatuto da Carreira Docente (ECD) no que diz respeito à entrada na profissão, a prova de ingresso inclui um exame comum a todos os candidatos, no qual são avaliados o domínio da língua portuguesa e a capacidade de raciocínio lógico. Já a segunda componente da prova, igualmente com duas horas de duração, irá avaliar os conhecimentos científicos e tecnológicos específicos da área ou áreas disciplinares associadas à formação académica dos candidatos e que estes querem vir a leccionar.
Além destes dois exames escritos, o acesso à profissão poderá ainda incluir uma oral ou uma prova prática nos domínios das línguas, ciências experimentais, tecnologias de informação e comunicação (TIC) e expressões.
Segundo o diploma, uma classificação inferior a 14 (numa escala de zero a 20) em qualquer uma das provas é automaticamente "eliminatória".
Não consigo perceber como é que os sindicatos contestam tão veemente esta proposta. Ou às tantas até percebo...
Os professores (atenção que eu digo professores e não quem dá aulas) devem agradecer este exame.
É que não dá aulas quem quer, dá aulas quem sabe.
E deixemos cá de coisas, a prova de língua portuguesa é fundamental.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Este orçamento arrisca-se a ficar na história por variadíssimas razões.
Primeira delas foi o KO imposto por Sócrates a Santana Lopes no primeiro "round" (Luís Delgado, pelas razões óbvias, acha que não).
A segunda tem a ver com o facto de ter motivado um almoço de desagravo, coisa aliás nunca vista. A prestação de Santana foi tão paupérrima, o e-mail colocado a circular pelos deputados do PSD era tão forte, que Menezes se viu obrigado a fazer um almoço de desagravo para com Santana.
Terceiro, assisti à preocupação de Menezes por Sócrates não demonstrar respeito pelo ex-primeiro ministro Santana e também aqui achei fantástico e isto porque de imediato me lembrei das eleições para líder do PSD. Sim não me querem convencer que Menezes respeitou Mendes? Sim, sim, aquela da ética é exemplo flagrante...
Quarto é que Santana inaugurou um novo posicionamento. Grita, esfola, sua as estopinhas, e tudo, e tudo, e tudo... e na altura de ouvir a resposta à sua intervenção... dá de frosques. Isto sim, isto é que é respeito
A propósito deste episódio diga-se que não gostei das palavras do ministro Santos Silva quando ele disse que Santana tinha ido para a tribuna e que aí berrou e depois fugiu.
Eu sei que foi precisamente isso que aconteceu e que tal atitude demonstra uma falta de respeito enorme, mas podia escolher melhor os vocábulos empregues.
Quinto e último, este orçamento provocou um episódio de disciplina de voto no PS, mas isto merece um texto separado.
E foi assim que o Orçamento foi aprovado na generalidade, com os votos do PS.

Vamos à disciplina de voto. A direcção do PS/Madeira pediu na quarta-feira à noite aos seus três deputados na Assembleia da República que se abstivessem na votação da proposta de Orçamento do Estado para 2008 na generalidade.
O que é certo é que no final, depois do aviso de Sócrates, os três deputados votaram favoravelmente o que motivou comentários do PS/Madeira no sentido de que esperava que os seus deputados seguissem as indicações da estrutura local pelo que oportunamente responsabilizara estes deputados.
Tudo isto é curioso, mas importa ir ao cerne da questão.
Esta história da abstenção dos deputados madeirenses nasce pelo facto de João Carlos Gouveia, líder do PS/Madeira, está a seguir a estratégia que Alberto João Jardim sempre seguiu quando o PSD esteve no governo, usando os deputados madeirenses que se sentam na bancada do PS na Assembleia da República como arma de arremesso político.
Esta nova estratégia socialista na Madeira nasce logo a seguir às eleições regionais de há quase seis meses, quando Alberto João Jardim obteve mais uma vitória esmagadora.
O facto de José Sócrates não ter ido à Madeira durante a campanha eleitoral acabou por se tornar motivo de grande polémica, com alguns socialistas locais a criticarem duramente essa ausência.
Logo a seguir a ser eleito, em Julho passado, João Carlos Gouveia veio criticar o governo da República. O líder regional do PS afirmou, na altura "Sem questionarmos a necessidade de algumas medidas impopulares, como a idade da reforma na função pública ou outras alterações na Segurança Social, o Governo da República tem vindo a manifestar insensibilidade em relação a cidadãos desfavorecidos". E acrescentou em seguida: "A economia tarda a absorver os milhares de desempregados, enquanto continuam a falir empresas, que empurram para o desespero cidadãos com nome próprio e não simples números para o trabalho estatístico. Os funcionários públicos são humilhados como se eles próprios fossem responsáveis pelo excesso de funcionários públicos ou pela criação do seu posto de trabalho". Por sua vez, em relação ao PS- Madeira, já por várias vezes, João Carlos Gouveia tinha defendido que estrutura regional do partido " tem de se fazer ouvir a propósito das questões regionais quando estas são discutidas nos órgãos nacionais do PS".
Pode ser que esta nova fórmula dê frutos no futuro. Aguardemos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Qualificação para isto. Dulce Pinheiro é coordenadora da delegação de Castelo Branco do Sindicato dos Professores da Região Centro e foi candidata pelo PCP-PEV à freguesia de Belmonte, distrito de Castelo Branco, em Outubro de 2005.
Pois bem, esta senhora veio agora dizer, e a propósito do acidente ocorrido na A23 e que provocou 15 vítimas mortais, que uma das causas poderia ser o cansaço de uma das intervenientes, a condutora do ligeiro, que é professora e tinha feito 10 horas de serviço e tinha enfrentado ainda uma viagem de cerca de trezentos quilómetros.
Que fique desde já bem explícito que estas minhas palavras não se destinam à professora em causa, destinam-se à sindicalista.
Esta conversa é para quê? Para de seguida dizer mal do ministério? Malandro que obriga as pessoas a ter reuniões e que as coloca a muitos quilómetros de casa?
A senhora sindicalista já pensou quantas pessoas trabalham 9, 10 ou 11 horas não uma vez ou duas por semana, mas diariamente, semana, após semana, mês após mês e muitas sem auferirem por isso mais dinheiro?
A senhora sindicalista já pensou em quantas pessoas fazem 100, 200 ou 300 quilómetros diariamente para trabalhar?
Que eu saiba não são elementos destes os que mais integram as listas negras das estradas.
Como é que a senhora sindicalista sabe que foi a professora a causadora do acidente?
Estamos perante declarações deveras deselegantes e que por si só revelam que há maneiras de fazer política (isto não é sindicalismo, é política) que não convencem, antes afastam pela sua pequenez.

Foram estes documentos:
Apresentação da Proposta de Orçamento do Estado para 2008,
Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2008
Relatório do Orçamento do Estado para 2008
Mapa I - Receitas dos Serviços Integrados, por classificação económica
Mapa II - Despesas dos Serviços Integrados, por classificação orgânica
Mapa III - Despesas dos Serviços Integrados, por classificação funcional
Mapa IV - Despesas dos Serviços Integrados, por classificação económica
Mapa V - Receitas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação orgânica - receitas globais
Mapa VI - Receitas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação económica
Mapa VII - Despesas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação orgânica - despesas globais
Mapa VIII - Despesas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação funcional
Mapa IX - Despesas dos Serviços e Fundos Autónomos, por classificação económica
Mapa X - Receitas da Segurança Social, por classificação económica
Mapa XI - Despesas da Segurança Social, por classificação funcional
Mapa XII - Despesas da Segurança Social, por classificação económica
Mapa XIII - Receitas dos Subsistemas, por classificação económica
Mapa XIV - Despesas dos Subsistemas, por classificação económica
Mapa XV - PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) - inclui, também, mapas com resumos: por ministérios; por programas e medidas; e por programas
Mapa XV-A - PIDDAC (Repartição regionalizada)
Mapa XVI - Despesas correspondentes a programas
Mapa XVII - Responsabilidades contratuais plurianuais dos Serviços Integrados e dos Serviços e Fundos Autónomos, agrupadas por ministérios
Mapa XVIII - Transferências para as Regiões Autónomas
Mapa XIX - Transferências para os municípios
Mapa XX - Transferências para as freguesias
Mapa XXI - Receitas tributárias cessantes dos Serviços Integrados, dos Serviços e Fundos Autónomos e da Segurança Social
os causadores da circulação do e-mail contra Santana ao final do dia.
Se ele no dia anterior não tivesse elevado a fasquia no seu programa na TSF, ainda se safava, mas como decidiu comparar a sua prestação na Assembleia com o início da marcha cavaquista, lixou-se. Foi para ir comprar lã, mas ... saiu de lá tosquiado. Boa Malha.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A montanha pariu um rato. Estava anunciado como o duelo do século, alguns disseram mesmo que tinha início hoje um novo ciclo político, Como se se tratasse de virar de página, um caminho para um Menezismo ou Santanismo.
Que grande flop.
Santana não só não repetiu as questões do líder, como caminhou em direcção ao guterrismo. Para quem não quer falar do passado, não está nada mal.
Portas enervou-se e foi uma triste figura.
Mas mais triste ainda foi Jerónimo de Sousa e o vermelho mascarado de verde Madeira Lopes. Nunca vi coisa mais fraca. Quem não esteve melhor foi o ajudante de campo de Jerónimo, o líder da bancada do PCP que somente sabia dizer muito bem, apoiado e outras que tais.
Afinal, sem grande esforço Sócrates derrubou os adversários no primeiro assalto.
Afinal as sondagens são como o algodão, não enganam. A oposição é mesmo fraquinha.
Leio e fico perplexo. Primeiro porque dizem que cresceu numa família com dificuldades económicas e o que eu vejo é uma criança de 10 anos com um telemóvel, e pouco me importa se é um modelo barato ou caro. É um telemóvel e tem de ser carregado, ponto final parágrafo.
Segundo, porque dizem que é uma criança brincalhona e hiperactiva, mas curiosamente o espírito brincalhão e a hiperactividade dão-lhe para dar pontapés numa professora com quase 60 anos, dão-lhe para retirar objectos que não lhe pertencem, ... podiam dar-lhe para praticar desporto por exemplo
Claro que a culpa é dos psicólogos e dos pedo-psiquiatras que são uns gajos lixados e que nunca lhe fizeram um diagnóstico correcto e nem o entenderam e muito menos o ensinaram a lidar com os sentimentos.
Coitadinho, é mais um incompreendido da sociedade, sociedade que ele vai continuar a lixar sempre, a menos que ela o lixe ou então lhe imponha regras.

A telenovela mexicana sobre o desaparecimento de Maddie, tem um novo episódio, que já não é muito novo, mas que volta ao podium: a recompensa.
Sempre que os dados se inclinam para o casal, aparece logo a contra-golpe uma nova tese ou algum movimento mais mediático no sentido de afastar as dúvidas que pairam sobre os progenitores.

Mais um caso chocante a envolver a Caixa Geral de Aposentações (CGA). E tão chocante foi que motivou que o ministro das Finanças, viesse determinar, ele próprio, o reapreciar do caso pela CGA e a determinar que a ADSE lhe prolongasse a baixa por doença.
Incompreensível que tivesse de ser o ministro a determinar isto. Qualquer elemento que fez parte da junta de avaliação percebeu que a senhora estava impossibilitada de trabalhar.
E mais, estou completamente borrifando para o que o senhor Bastonário da Ordem dos Médicos veio apregoar sobre um decreto-lei, porque isso é tentar passar-nos um atestado de estúpidos, coisa que não somos.
O que o senhor Bastonário deveria dizer é que quase sempre os clínicos que integram essas juntas se estão borrifando para os relatórios dos outros médicos que observam os doentes, mas isso o Bastonário não diz.
E por falar em Bastonário e médicos: alguém é capaz de explicar o pedido de demissão dos 19 chefes do serviço de Urgência do Hospital Distrital de Faro? Mas a explicação real e não a oficial.

domingo, 4 de novembro de 2007

Ao que parece, os tablóides britânicos andam com falta de material sobre o seu próprio país e sobre os seus concidadãos, pois bem aqui fica, de boa vontade, uma ajuda para as vossas páginas.

E aqui? A história aqui fica, não que me mova qualquer má vontade contra a acção em si ou mesmo contra os seus protagonistas. O que lamento é que aqui não seja assim. E mais (recorrendo ao humor negro), percebo o como e o porquê: lá são magros e mesmo que venham a falecer não contam para a estatística.

Uma fonte do Tribunal de Contas garantiu à Lusa que não divulgou qualquer relatório relativo às Estradas de Portugal, tendo mesmo salientado que o processo de auditoria não está terminado.
Então como é que o "Sol" diz o que diz. Quem lhe deu a informação?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

É voz corrente que os tribunais da Madeira aguardam a resposta a dezenas de pedidos de levantamento da imunidade parlamentar enviados à Assembleia Legislativa para ouvir deputados e membros do governo regional envolvidos em 36 processos. Alguns deles estão mesmo parados há mais de oito meses.
Tem piada, não tem!?
Mas mais piada tem o facto de Alberto João Jardim ter dado apenas ordem à assembleia regional para levantar imunidade aos deputados socialistas que processou por difamação.
Isto sim, e de morrer a rir.

Quem me explica os telefonemas de Pedro Namora ao Bibi e a Ferreira Diniz, noticiados pelo 24 horas de hoje?

E novamente Fernanda Câncio no seu melhor.

O novo riquismo num país de pelintras.

Politiquices à parte, isto é importante, embora as novas oportunidades deixem um pouco a desejar, não na sua essência, mas sim na sua concretização.

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...