terça-feira, 28 de novembro de 2006

Não há volta a dar. Portugal não tem emenda. Embrenha-se na teia burocrática, gasta dinheiro estupidamente e continua tudo na mesma.
Isto é o que me apraz dizer relativamente à decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra que decidiu dar provimento à acção da Câmara que exigia uma avaliação de impacte ambiental para a co-incineração.
Quantos estudos, quantas comissões, quantas sessões a esclarecer a matéria foram realizadas desde que Sócrates tinha a pasta do ambiente? Alguem já contabilizou os custos? As posições alteraram-se?

Tem piada. O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, diz-se disposto a negociar com a Autoridade Nacional Palestiniana a declaração de um Estado palestiniano com soberania absoluta, fronteiras definitivas e continuidade territorial, bem como a libertar prisioneiros. Tudo em troca do soldado israelita Gilad Shalit.
Ou seja o primeiro -ministro de um país que recebeu das mãos dos aliados e da Sociedade das Nações terrenos usurpados aos palestinianos e que, não contente ainda e com o beneplácito do Ocidente, a posteriori ocupou ainda mais terra dos palestinianos, diz agora que está disposto a aceitar um Estado palestiniano na Palestina, ou seja aceita que se funde um Estado na terra que sempre foi dos palestinianos.
Digam lá que isto não tem piada?!
Vejam lá se ele declara que vai deixar de atacar populações indefesas na Faixa de Gaza, ou que vai deitar abaixo o muro vergonhoso, ou que vai devolver os impostos dos palestinianos ou que vai retirar da terra que roubaram. É o declaras...

Prós e Contras. O programa da RTP serviu ontem para o sr. ministro do Ensino Superior e Tecnologia dar uma aula não só política, mas também de gestão aos reitores das Universidades e Institutos Politécnicos.
Quem assistitiu ao programa percebeu bem o problema. E quem está um pouco mais por dentro destas matérias, sabe onde e como é gasta uma boa parte da verba afecta ao ensino superior.
Só faltou ao sr. ministro exigir que os estabelecimentos de ensino superior divulgassem ao público as provas de acesso que realizaram áqueles que não têm o 12.º ano e têm mais de 23 anos.
Mas claro que essa divulgação não interessa a ninguém, porque quantos mais entrarem mais dinheiro também entra e isso é óptimo para as instituições e maravilhoso para o governo.

Agora deixo-vos um excelente artigo publicado hoje no DN: http://dn.sapo.pt/2006/11/28/economia/o_assusta_sindicatos.html

Sem comentários:

parabéns à televisão flamenca.