quinta-feira, 2 de agosto de 2007

As seguradoras estão a ponderar aumentar o valor das apólices a pagar pelos segurados, resultado da implementação da 5ª directiva comunitária para o ramo automóvel, que fará subir o valor mínimo segurado para efeitos de responsabilidade civil obrigatória, actualmente em 600 mil euros.
Com as novas normas, vai haver mínimos diferenciados para danos corporais e materiais, sendo que, já este ano, os valores serão de 1,2 milhões e 600 mil, respectivamente. Em Dezembro de 2009, o mínimo a segurar para danos corporais é de 2,5 milhões e para danos materiais ascende a 750 mil euros. Em 2012, sobem para cinco milhões e um milhão, respectivamente.
Mas importa não escamotear que as seguradoras obtiveram em 2006, os lucros mais altos de sempre. O ano encerrou com proveitos de 708 milhões de euros, ou seja um aumento de 55% face a 2005.
Sabemos que uma parte do resultado (176 milhões) deveu-se a operações extraordinárias (reestruturação do sector de seguros do Grupo Espírito Santo), só que, e não trabalhando com esta verba - embora ela seja lucro também -, os lucros atingiram 532 milhões.
É por isto que tenho alguma dificuldade em aceitar o aumento dos prémios, sendo que eles já estão demasiado altos.
Aliás e tomando em consideração o binómio custo/benefício somos forçados a concluir que em Portugal pagamos os seguros mais caros do Mundo, já que os prémios já pagam demasiado bem o desprezo com que somos tratados pelas companhias.

António Costa fez coligação com Sá Fernandes. Para vos ser sincero não é o meu ideal, penso mesmo que Costa deveria avançar sozinho para que possamos perceber durante estes dois anos quem é que se importa com Lisboa ou quem é que somente deseja poder.
Mas foi curioso ver o posicionamento dos restantes candidatos.
Helena Roseta e carmona devem ter esgotado os frascos de Eno tamanha foi a azia. Ruben, para não variar, repetiu a cassete e Negrão, vejam lá o artista, ficou preocupado com a inflexão do PS para a esquerda. Em vez de se preocupar com a Câmara preocupou-se com a deriva (segundo ele) de um partido que até nem é o seu.
Isto só mesmo por eu ter visto, se me contassem eu nem acreditava...

A ex-secretária de Estado das Artes e Espectáculo do Governo PSD/CDS-PP de Durão Barroso, Teresa Caeiro, veio referir, em declarações à Lusa e a propósito da saída da directora do Museu Nacional de Arte Antiga, que "qualquer voz, personalidade, que não alinhe no dirigismo, no pensamento único, é afastado. Não é o currículo, os resultados que contam" tendo acrescentado que se está "a assistir a uma purga de dirigentes da área da cultura", ao "estilo da prática estalinista".
Não vou aqui comentar se é um afastamento correcto ou errado, embora tenha para mim que uma directora de um Museu que discorda do actual modelo de gestão dos museus nacionais não deve permanecer no cargo.
Se discorda da política como é que vai segui-la? Isto para além de ter exigido condições para continuar no cargo, nomeadamente autonomia financeira e administrativa.
Mas não deixa de ser curioso que tenha sido a deputada do CDS/PP a contestar veemente este afastamento, sendo que é tão ou mais curioso que recentemente o Tribunal Administrativo deu razão aos dezoito administradores que o seu colega de governo e de partido, Bagão Félix, despediu arbitrariamente, sendo que neste caso é pior porque deu lugar a indemnizações e tudo.
Se estivesse caladinha...

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