quinta-feira, 17 de março de 2011



O Barhein está em pé de guerra. Mais uma dinastia do Médio Oriente em maus lençóis. Mas curiosamente com uma nuance muito interessante. 
O Bahrein é uma monarquia absolutista com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca. O actual primeiro-ministro (que é o mesmo desde 1971), bem como a totalidade do gabinete são da família real. Curiosamente este poder pertence aos sunitas que são os minoritários no país. A maioria são xiitas.
Ora se analisarmos, esta ditadura não difere da que caiu no Egipto, da que domina a Líbia, isto para citarmos apenas dois exemplos.
Pois bem o poder do Barhein recebeu a ajuda dos militares da Arábia Saudita e dos Emiratos Árabes Unidos para colocar fim à revolta popular. É o Conselho de Cooperação do Golfo a funcionar.
Fiquei à espera de ouvir o grande paladino das liberdades - os EUA - mas nada, não escutei nada e depois lembrei-me que o Barhein dá abrigo à 5.ª Frota Naval dos Estados Unidos e é um dos grandes aliados dos americanos no Golfo e percebi o porquê do silêncio, aliás deve ser pelo mesmo motivo que a Europa ficou sem dizer um piu que fosse.
Mas continuei a escutar grandes parangonas contra o regime líbio. Alguns países decidiram mesmo passar a dialogar com um Conselho qualquer.
A hipocrisia é nojenta.

Sem comentários:

e a vergonha perpetua-se hoje em Malmö na Suécia. a União Europeia de Radiodifusão, deu este ano uma facada séria no Festival da Eurovisão. ...