segunda-feira, 19 de maio de 2025

agora que já passaram algumas horas da hecatombe eleitoral da esquerda, importa fazer uma análise séria da questão.
preocupa-me o quase desaparecimento do BE, mas julgo que ele fica a dever-se ao desejo indómito de Francisco Louçã querer as manas Mortágua à frente do Bloco, sem que elas estivem preparadas para tal.
o desejo de afastar a Marisa Matias para segundo plano e promover Catarina Martins foi o ponto de partida para esta hecatombe.
a CDU foi o que mais me admirou.
descobrimos nesta campanha um Paulo Raimundo mais ativo e com outra postura, tendo mesmo saído bem dos debates e provocado alguma "frescura". 
o resultado de 3 deputados foi mesmo uma surpresa.
depois o PS
aqui o caso é mais complexo...
primeiro o Ministério Público e Amadeu Guerra (tudo muito curioso, e a outra investigação preventiva?)
segundo a questão que vinha do anteriormente: a emigração
terceiro, o mais complexo: quer o PS, quer o PSD tinham uma franja vasta de eleitorado do centro que uma vez pendia para o PS outras vezes para o PSD garantindo a vitória a um ou a outro, sendo que nesta altura o partido à direita era o CDS.
hoje o CDS já não é o tampão da direita e é sim o centro
a direita hoje é outra. é a IL, é o Chega e mais uns quantos partidos.
assim sendo o eleitorado flutuante do centro nunca caminhará para o PS, mas sim para o PSD e para o CDS e a direita envergonhada que se alojava no CDS caminha para outras vias.
está explicado o desaire do PS.
o resultado do Chega explica-se na vitimização de Ventura no caso dos ciganos e da sua doença que se cura com um omeoprazol, ou um pantoprazol, para não falar de um gaviscon que nem precisa de receita.


5 comentários:

  1. Afinal, o último grande refluxo esofágico nestas eleições estava reservado para Pedro Nuno Santos e o PS‼️

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  2. Resta-nos lutar, o mundo não é estático, algo acontecerá depois de um período de escuridão.

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  3. PCP vai apresentar moção de rejeição do programa do Governo. Ainda não aprendeu a lição que o povo português lhe deu no Alentejo. O povo português quer estabilidade e não as habituais rejeições sem sentido, quando se tem apenas três candidatos na próxima Assembleia Nacional.
    A capacidade crítica, a humildade e a lucidez serão agora fundamentais.

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    1. O PCP não se rege por oportunismos eleitoralistas, tem uma personalidade e um compromisso de luta, não pode normalizar uma situação negativa legítimada por um povo que está a ser mantido na ignorância que o leva a escolher contra os seus interesses de classe. O PCP votará contra as malfeitorias e contra a política de direita.

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    2. Acrescento:
      vozes anunciam que o PS deixará passar o programa de governo da direita que satisfaça também o CHEGA. Se assim for será a morte do PS por conivência com a direita, e facilitará a vida ao CHEGA que se afirmará como oposição não tendo que salvar o governo. O PS está a cumprir a sua missão, foi este o desígnio que levou à criação dos partidos socialistas, travar o avanço da verdadeira esquerda, agora a maldição vai cair-lhes em cima.

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