vamos lá nós saber porquê, mas de repente apareceram alguns estudiosos como que a branquearem o Estado Novo.
nas palavras deles não era fascismo.
sirvo-me do exemplo do último livro sobre a matéria "Fascismos para além de Hitler e Mussolini" onde o autor refere que no caso de Franco, e de Salazar, "nenhum dos partidos ou regimes em questão" dever ser "incluído no universo do fascismo" e acrescenta que "não se pode classificar o Estado Novo como fascista. Não se tratava daquele projeto radical, que se dizia revolucionário, de criar um mundo novo, com ativismo, com métodos violentos de rua, o culto da força, com a mobilização de todas as classes sociais, o radicalismo de massas, o alterar os hábitos quotidianos da sociedade. O que tivemos foi um regime que era conservador, e que, numa época em que o conservadorismo se deixava influenciar pelo fascismo, adotou, integrou no seu seio elementos vincadamente fascistas que, não sendo suficientes para modificar o regime, lhe dão ali um cunho fascizante que não é o mesmo que ser fascista"
já um anterior politólogo e conhecido comentador disse que "o modelo do salazarismo foi utilizado pelas elites políticas locais, como o modelo mais palatável para congregar a direita autoritária do que o fascismo italiano".
isto quase que parece um concurso de detergentes para saber qual lava mais branco.
neste caso não há salvação possível, usem o detergente que usarem "a roupa" continuará suja.
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
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"Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia."
ResponderEliminarSe o Regime político, ditatorial e castrador, que se viveu no tempo do Estado Novo, liderado por Salazar, não se pode considerar fascista - no entender dessas sumidades opinativas - foi o quê?
Bom Dia de Todos os Santos, Zaratustra! :-)