domingo, 6 de novembro de 2011

Lembram-se de um livro que propunha umas ideias para Portugal. O título é "Voltar a crescer" e o autor chama-se Pedro Reis.
Fiquei a saber pelo Expresso deste fim-de-semana que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal já tem presidente. Tem sido um caso estranho as voltas e mais voltas deste AICEP.
Passos Coelho empurrou o AICEP para as mãos de Paulo Portas, mas porque não tem confiança no seu companheiro de coligação, pediu um estudo ao arqui-inimigoo de Portas, o famoso Braga de Macedo.
Feito o estudo, Passos Coelho resolveu a questão de uma forma pouco saudável - penso eu - aliás é minha convicção de que a coisa vai borbulhar.
Reparem só na constituição, Portas fica com a tutela, Braga de Macedo fica na equipa que vai ser presidida por Pedro Reis, o tal que escreveu o livro das ideias. 
Quer isto dizer que Coelho dá a tutela a Portas, mas para que este não se estique forma a equipa directiva da sua confiança.
Ahhhh e para que conste Pedro Passos Coelho assina o prefácio do dito livro... estamos conversados, sim que esta coisa de boys tem que se lhe diga.

A JSD quer investigar políticos. Por mim estão à vontade, mas espero que este súbito desejo não seja só mera vingançazinha e se estenda a todos os políticos independentemente da sua cor, porque meus amigos isto vai de um extremo a outro.

sábado, 22 de outubro de 2011

Ao ler o Expresso de hoje deparei-me com dois artigos deveras interessantes. O primeiro assinado por A.F e P.P., refere que quando Francisco Van Zeller (presidente do Conselho para a Promoção da Internacionalização - coisa pomposa a julgar pelo nome) diz a norte-americanos ou a britânicos que empresas portuguesas pagam dois salários em agosto sem que haja produção, os interlocutores desatam à gargalhada e acham "fantástico".
O segundo artigo é um artigo de opinião assinado por Mário Crespo que igualmente refere que "há uns tempos teve imensas dificuldades dificuldades em explicar a um casal amigo em Washington que em Portugal havia um mês por ano em que não trabalhávamos e  em que recebíamos o dobro" e o artigo continua, fértil em  arremedos contra este e o subsídio de Natal.
Pois bem gostaria de deixar aqui o meu modesto contributo para a grande dissertação destes dois senhores.
Permitam-me que vos sugira o seguinte: em vez de dizerem aos americanos e aos ingleses que os trabalhadores recebem dois ordenados sem trabalharem digam tão só que o nível salarial em Portugal é tão mau que foi decidido pagar dois meses a mais durante o ano na tentativa de compensar esse tão baixo nível salarial.
E se eles tiverem dúvidas deixo-vos aqui um link para consultarem e tomem atenção que no caso dos americanos e dos ingleses o valor apresentado foi calculado com 14 meses, sendo que quer na Inglaterra, quer na América isso não existe, logo o valor apresentado é inferior ao real já que nestes dois países só têm 12 meses.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Começo a ficar deveras desconfiado desta espécie de guerrilha que se montou acerca dos subsídios, de Cavaco, do diz, do toma a resposta. E começo porque me parece que estamos todos a ser "comidos" por trouxas.
Se não vejamos bem as coisas: à três, quatro meses atrás não era necessário cortar subsídio nenhum, agora são dois. A TSU era para alterar, mas afinal era uma medida experimentalista, é melhor manter tudo na mesma. O IVA ia ser alterado porque se ia mexer na TSU e agora, não se mexe na Taxa, mas altera-se na mesma o imposto. Ainda não foram capazes de dizer onde está o buraco nas contas. Temos um ministro da Economia (mas será que temos) a quem ainda não escutei uma medida válida para o arranque da economia e temos um ministro das Finanças que sabia tudo e afinal ainda não garantiu uma única medida para a reforma do Estado, sendo que o que fez foi cortar salários e isso é tão só tapar a ferida e não sará-la.
Depois tenho escudado uns quantos senhores que referem que os cortes de subsídios só penalizam os funcionários públicos e que deveria haver equidade...
Sem querer parecer que estou de acordo com a medida, porque não estou, acho-a mesmo desumana e a despropósito, gostaria de recordar que os privados pagam esta desumanidade com uma outra desumanidade ainda maior e que ninguém fala.
Diz o governo que o corte nos subsídios é para diminuir a despesa.
Por acaso alguém se lembra de que forma os privados diminuem a despesa? Pois bem me parecia que não.
Os privados não cortam subsídios: despedem.
Alguém pensou nisto.
Agora a desconfiança que tenho é que todo este cenário que se está a criar em torno das declarações do Presidente e as próprias declarações só têm um fim em vista: alargar a medida aos privados.
Por isso talvez seja bom estarmos de sobreaviso, até porque neste lado corta-se nos subsídios e despede-se na mesma.




sábado, 15 de outubro de 2011

O "Expresso" de hoje desvenda a história do "agachamento" referido por Marques Mendes. Parece que alguém quer bater com a porta lá pelas bandas do executivo. Trata-se do secretário de Estado da Energia que encontrou uma solução para diminuir o déficit tarifário e ainda de dar um jeito na nossa factura energética. Só que o presidente da EDP meteu-se ao barulho. Passos Coelho deverá dar ouvidos às federações do seu partido que estão fartas de o avisar sobre o "Álvaro" (é assim que o sr. ministro da Economia gosta de ser tratado), deixar de lado os lobbies (Compromisso Portugal, Mais Sociedade e outros) e pensar que mais vale promover um bom secretário de Estado a ministro do que aguentar a todo o custo um mau ministro.

sábado, 8 de outubro de 2011

Gosto do novo porta-voz do super-ministro da Economia. Vê-se que sabe decorar os textos que lhe dão. Claro que me estou a referir a Marques Mendes.
Este senhor foi à TVI mostrar o plano para os transportes na quinta-feira à noite. 
Na sexta-feira o senhor ministro da Economia fez o favor de ir apresentar o plano (em powerpoint como diz o Ricardo Costa no Expresso) à respectiva comissão no parlamento.
Pouco me importa o fusuê que o plano gerou, sendo que é opinião unânime que o sr. ministro foi o grande culpado, o que motiva estas palavras é que o plano deveria ter sido apresentado (com um exemplar a cada deputado) no parlamento e depois difundido.
Caso não se recordem estes mesmos senhores fizeram burburinhos ensurdecedores quando no passado aconteceu, clamando que era uma falta de respeito para com o Parlamento.
Agora é o quê? Uma necessidade estratégica?
Aliás este senhor é melhor que se cuide, já que as baterias das várias distritais do PSD estão a começar a preparar a mira e todos sabemos que na política entre o ajuste da mira e o premir do gatilho vai só "um tirinho".

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A falta de honestidade política consome-me o espírito. Digo isto a propósito da entrevista do ministro da Defesa ao Expresso deste sábado passado.
Diz o sr. ministro que "o próximo Orçamento não é do Governo, é do PS". 
Que curioso, o primeiro-ministro e alguns outros ministros dizem que o próximo Orçamento é o imposto pelo Memorando da troika, este diz que é do PS.
Talvez seja importante lembrar ao sr. ministro que o partido a que pertence e que actualmente dirige os destinos do país, subscreveu esse mesmo Memorando e, aliás, uma das grandes acusações que fazem ao anterior primeiro-ministro, é de que o acordo com a dita troika pecou por tardio. Assim sendo, não consigo perceber como é que o próximo Orçamento é do PS. Mas mais, tenho escutado o PSD e os seus ministros, os seus deputados e os seus militantes a dizerem que o que teria sido se o país não tivesse mudado de Governo, e que agora é que estamos no bom caminho e que o próximo orçamento vai ser o ponto de viragem no cortar das despesas e que um trabalho destes só pode ser feito pelo PSD e etc. e tal... e agora vem o sr. ministro desmentir os seus companheiros?
Fica-lhe mal sr. ministro.


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Há momentos em que julgamos estar parvinhos porque não entendemos o porquê do que estamos a ver, mas depois e após alguns momentos de reflexão, constatamos que afinal não somos nós.
Vem tudo isto a propósito de uma certa ideia para rever a legislação laboral e aumentar a competitividade que o governo transmitiu aos parceiros sociais para debate. Refiro-me concretamente ao não envio à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT)  dos mapas com os horários de trabalho.
Que eu saiba, os mapas de horário de trabalho são essenciais para determinar as horas extraordinárias trabalhadas e eventualmente por pagar, embora seja voz corrente de que muitas empresas têm um mapa oficial e outro oficioso.
Seja de que forma for, a existência do referido mapa, acaba por vincular a empresa.
Agora o Governo vem apresentar a justificação de que: "o envio do mapa do horário de trabalho para a ACT não assegura a integridade do documento nem o escrupuloso cumprimento do mesmo, facto que apenas uma acção inspectiva pode acautelar".
Pois se com envio é como é, sem envio vai ser um must, mas claro que isso ao Governo pouco ou nada importa.
Assim fazem o horário que querem e lhes der mais jeito diariamente, com ou sem as pausas de descanso que estão regulamentados, enfim vai ser um salve-se quem puder, sendo que o único que não se consegue salvar será sempre o trabalhador.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pois é a coisa promete. As vozes críticas internas adensam-se e com naturalidade Passos Coelho vai trilhar o caminho das pedras que ele próprio arranjou.
Julgava ele que o simples facto de chamar uns ilustres académicos seria tão só suficiente para resolver a questão.
Engano puro e duro. A crise não se resolve só com teorias fabricadas em salas de aula.
Mas o problema não foi só este.
O grande problema é que estes senhores "atacaram" o poder após propalarem aos quatro ventos de sabiam quais os problemas e já tinham as soluções que mais se impunham para resolver as questões.
Constata-se que afinal era tudo mentira. Não há soluções novas. São sempre as mesmas: aumenta-se os impostos sobre o trabalho e sobre os produtos.
Para soluções destas era necessários ir buscar os tais senhores catedráticos??????

Mas um outro problema se acentua. Paulo Portas, parceiro de coligação deste Governo, não vê com bons olhos para a sua estratégia de futuro, este aumento desmesurado de impostos. Assim sendo, Portas encontra-se numa encruzilhada: apoia em pleno este Governo de que faz parte e fica "queimado" para o futuro face a esta política de aumento desmesurado de impostos ou rompe em definitivo e provoca uma hecatombe repentina e vê gorada a hipótese de chegar à liderança da direita e centro-direita, o que não lhe interessa de maneira alguma.
Assim sendo, opta por ir zurzindo de "mansinho" e em surdina as políticas económicas de aumento de impostos através dos seus deputados e por bater forte e feio na Madeira por forma a captar os dividendos do descalabro de Alberto João Jardim.
É uma posição inteligente. O único problema é que os dividendos do caso madeirense poderão não ser suficientes para contrabalançar a desgraça que é a política de economia e finanças que o governo a que pertence vai aplicando a uma classe média já deveras estrangulada.

Por fim resta-me prestar um agradecimento a Menina Marota, seguidora deste Blog por me recordar do aniversário. Pois é, foi a 6 de Setembro de 2005 que nasceu o por muito que...
Obrigado pela recordação.
Um agradecimento muito grande para todos quantos me lêem e comentam. OBRIGADO



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Aí está o motivo do tal 2.º Orçamento Rectificativo: a alteração do IVA para compensar a descida da TSU. Não deixa de ser deveras curioso que mais uma vez somos nós todos que vamos suportar as medidas de apoio às empresas.
O tal estudo pode ser visto aqui. Agora uma coisa o Governo tem de pensar: esta medida pode colocar em causa a sustentabilidade da segurança social.
Mas se a questão da segurança social motiva preocupação, não deixa de igualmente preocupar a questão do corte na TSU. A quem se destina? Como vai ser feita? Quem beneficiar terá obrigações de empregabilidade? Os empresários com dívidas à Segurança Social estão abrangidos pela medida?
Sobre o IVA e as alterações da taxa falaremos proximamente.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ontem foi apresentado o Orçamento Rectificativo na Assembleia da República. O motivo dete prende-se, diz o Governo, com o acomodar no limite global de endividamento do Estado, o valor do empréstimo internacional que é destinado à banca e respectivas garantias bancárias.
Isto é mesmo surreal...
A Banca responsável por este Orçamento, é a mesma que obrigou à feitura do acordo com a troika e que lhe teceu os melhores elogios e é a mesma que agora vem dizer que afinal o acordo tem de ser melhorado.
Tenham lá paciência, mas tudo isto é demasiado, é muita hipocrisia para a minha condição de humano

Ontem foi o primeiro dia do aumento brutal e descabido dos transportes. Mais do que cinco vezes a inflacção. Assombroso.
Pagamos a inépcia da gestão, os desmandos de uns senhores gestores, e a hipocrisia de um Estado que gosta de ficar pelas meias tintas: não assumem os transportes como serviço público, mas também não são privados... ficam ali num nimbo.
Mas o mais engraçado, se é que ainda existe alguma graça, é que o Estado olha para nós como sendo a galinha dos ovos de ouro.
Só que, vamos lá nós perceber, o Estado em vez de proteger a galinha, quer acabar com ela...
Fica com os ovos todos de uma vez, fica com o poleiro, com o ninho e ainda está disposto a fazer uma canja com a dita cuja...
Mas atenção que ficam sem galinha...

Os americanos parece que chegaram a acordo para não terem problemas de incumprimento...
Não sei se já passou um mês da célebre frase proclamada por Obama, de que os EUA não eram a Grécia, nem eram Portugal...
Obama tem toda a razão, mas em dívida soberana e questões de incumprimento, não sei quem estará pior...
Pela boca morre o peixe...

E lá foi o BPN... nós pagámos ao BIC (aquele que é dirigido pelo carregador de pianos do cavaquismo) e eles  lá aceitaram.
Por 40  milhões e com o Estado a pagar as indmnizações, até eu teria sido banqueiro...
os brasileiros têm uma frase muito engraçada: me engana que eu gosto, mas eu digo: pensam que eu sou parvo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A história vinda a público sobre a vice-presidência da Caixa Geral de Depósitos espelha bem qual a postura face à gestão do bem público. Aliás a lista é um perfeito paradigma de coisa estranha.
Ver esta actuação e lembrar o que sempre disseram sobre boys e outros que tais, é mais que razão para nos preocuparmos.

O abandono de direitos especiais (golden shares) na PT, Galp e EDP foi hoje publicado em Diário da República e entra em vigor já amanhã para respeitar compromisso assumido com a troika.
É fantástico. Somos uns pacóvios do melhor. 
Primeiro porque vamos oferecer estas participações numa bandeja aos já accionistas ou possivelmente a novos accionistas.
E como se já não bastasse esta oferta a troco de "meia dúzia de cêntimos", ainda somo confrontados com o facto de a nós é proibida essa participação, mas a Alemanha, Bélgica, Itália e a Inglaterra (só para citar alguns) não abdicam das suas golden shares.
Que Europa é esta...

sábado, 16 de julho de 2011

O "Expresso" desta semana é um manancial. Desde a história de Bairrão até à Oigoing é um fartar.
A primeira que destaco é a história de Bernardo Bairrão e os serviços secretos. Tivesse esta história ocorrido durante o  governo de Sócrates e já teria caído o Carmo e a Trindade.
Onde é que está a dignidade desta gente. E a ser verdade a questão do telefonema de Moura Guedes a Passos Coelho, então a coisa piora ainda mais.
Caia quem cair, mas sejam dignos do lugar que ocupam.

E depois até parece que as coisas estão interligadas. Bairrão é contra a privatização da RTP e a Ongoing, onde Moniz é vice presidente - Moniz que é marido de Moura Guedes -, quer a RTP. O Expresso diz que a Ongoing entra em África com a ex-empresa de Passos. A ser assim, está tudo truncado e voltamos à dignidade.

Também esta semana a educação voltou a estar na ordem do dia. Primeiro porque o sr. ministro mandou às malvas algumas das suas ideias e afirmações e salientou que 266 escolas irão encerrar de imediato. 
Mas nem só por isso foi a educação destaque.
Os resultados dos exames mostraram um agudizar nos resultados quer em português quer em matemática. E eis que o sr. ministro decidiu de imediato mandar às urtigas quer a área de projecto quer o estudo acompanhado e privilegiar o português e a matemática em termos de carga horária.
Penso que o sr. ministro leu os indicadores e deu conta de que o grave problema se situa na escrita e na interpretação.
Assim importa reforçar as competências de interpretação. De que importa ter mais tempo em matemática se os alunos não souberem fazer interpretação do que está escrito?
Para quem vinha decidido a acabar com experimentalismo e a fazer mil e uma coisas logo nos primeiros dias, estou esclarecido... ou não


Ainda no Expresso desta semana saliento o excelente artigo de Pedro Adão e Silva "Um pouco mais de política" 


A terminar. Como é que querem que lá fora nos levem a sério se apresentamos como medidas para cortar nas gorduras do Estado o fim da utilização das gravatas para não ligar os ar condicionados... tenham dó



domingo, 3 de julho de 2011

Mais uma semana repleta. Vou servir-me das palavras de Paulo Portas no discurso de encerramento do debate do programa de Governo. Disse pois o actual ministro dos Negócios estrangeiros que: “precisamos como de pão para a boca não apenas de uma cultura de acordo político, mas de uma cultura de acordo social e de negociação” e ainda “os portugueses não terão demasiado indulgência para com aqueles que queiram ignorar o voto popular e cansar o país com recurso a greves sistemáticas”.
Temos de concordar que são palavras lindas.
Mas mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Paulo Portas clama agora por aquilo que nunca ofereceu: diálogo, empenho e não descansou enquanto o Governo do PS, eleito pelo voto popular, não caiu...
Mas não ficamos só por aqui.
Nuno Crato, o novo ministro da Educação, fez questão de dizer que afinal não quer implodir o ministério, mas fez questão de afirmar que “o Ministério da Educação é uma máquina gigantesca que, em muitos aspectos, se sente dona da educação em Portugal. Eu quero acabar com isso.”
Então qual é o futuro da educação? É entregue a alguma comissão saída do “Compromisso Portugal”? Ou será do “Mais sociedade”?
Mas isto ainda não é a cereja no topo do bolo.
A cereja foi dada pelo Primeiro-Ministro. Passos Coelho lançou um novo e arrepiante imposto, isto apesar de ter criticado os anteriores aumentos de impostos. Mas não só. Passos Coelho sempre afirmou que iria orientar a sua acção no corte das “gorduras” do Estado...
Tretas, o primeiro ataque foi ao “osso do contribuinte”.
De uma penada foram 800 milhões no subsídio de Natal.
Mas para nos tentar dizer que os esforços são de todos, acabou por referir que vai cortar mil milhões na despesa do Estado.
Que curioso, para aumentar a receita sabia logo onde ir buscar, mas para cortar na despesa não sabe...
Então não estavam todos bem preparados e cheios de sabedoria sobre o governo deste país?!
O senhor da “pentelhice” falou tantas vezes em “gorduras” que tinha obrigação de saber onde estava o tecido adiposo.
Afinal o que se depreende é que estes senhores estão todos “às apalpadelas” e a única certeza que têm é utilizar a medida que sempre criticaram aos outros: aumentar impostos.
Em jeito de conclusão sobre o programa de Governo, apraz-me salientar que ele é muito mais duro que o PEC IV e que eu me lembre esse PEC foi chumbado por ser um ataque aos portugueses.
Pois é, quanto a ataques estamos conversados: este foi tão só um massacre.

Mas nem só de Governo viveu a semana, o senhor Presidente também deu uma ajudinha. Decidiu pedir aos portugueses para se agarrarem à solução que escolheram.
Pois bem, tenho a ligeira impressão de que se se agarrarem estão bem tramados.
Esta é a cooperação activa????????

Estou à espera que a história que hoje é contada na página 10 do Expresso de ontem “Como as guerras com Moniz e Moura Guedes tramaram Bairrão” seja investigada a sério, porque a ser verdade ela comporta factos que demonstram submissão a poderes extra-governo, falta de ética, o que por si consubstancia uma falta de credibilidade para o exercício de funções governativas.
Acresce o facto de Balsemão ter “tirado” o programa a Moura Guedes.
Importa também não esquecer que durante o governo anterior foi criada uma comissão de inquérito sobre o caso TVI...

Para finalizar importa dizer que o secretário de Estado da Cultura ainda não se demitiu.
Se tomarmos em consideração que é voz corrente que Passos Coelho impôs que não podiam entrar para o Governo quem tivesse eventuais “casos” jornalísticos ou judiciais... então estamos conversados.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ontem lá ocorreu a tomada de posse do novo governo. Falar sobre os seus elementos não me parece curial de todo já que as principais pastas têm à frente ilustres desconhecidos políticos mas autênticos “reis” na formação técnica.
Pois bem devo referir que um excelente técnico não significa um excelente operacional e o contrário também é igual.
Aguardemos pois, sendo certo que as políticas implícitas não me deixam nada descansado.

Ainda sobre a tomada de posse devo salientar os discursos de Cavaco Silva e de Passos Coelho. Quem os escutar com atenção será levado a pensar que tinham sido preparados em conjunto, tal foi a similitude dos mesmos. Apraz-me ainda registar que a cooperação estratégica evoluiu “cooperação activa”. Registo
Mas esta semana, que ainda vai a meio, foi palco, logo na segunda-feira, de um episódio caricato e lamentável. A tentativa de eleger Fernando Nobre como presidente da AR.
A Assembleia e todos nós merecíamos ter sido poupados áquele triste espectáculo. Foram precisos dois chumbos para que Passos Coelho percebesse que tinha de mudar de candidato. E como se tudo isto não chegasse ainda fomos sujeitos a duas conferências de imprensa verdadeiramente bacocas, tentando atirar-nos areia para os olhos.
Aliás, se o PSD se tivesse dado ao cuidado de analisar a sessão de abertura do parlamento, facilmente teria percebido que Nobre era um homem só e errante num espaço que não era o seu. Se a isto tivessem adicionado os seus fracos dotes oratórios e a sua inexperiência parlamentar, obteriam a equação perfeita, cujo resultado eliminava esta candidatura.
Resta saber o que fez correr Nobre.

Mas este episódio serviu para eleger um vitorioso e três derrotados. Derrotados o PSD, Fernando Nobre e Passos Coelho (para quem se queixou tanto da teimosia de Sócrates vai lá vai...). Vitorioso, Paulo Portas.
Paulo Portas mostrou a sua força e avisou Passos Coelho que o PP é o seguro de vida do governo e portanto, se Passos Coelho não tiver “juizinho” ficará a falar sozinho.

domingo, 12 de junho de 2011

Regressando às palavras. De tempos a tempos fico ausente deste espaço. Não porque não exista matéria, existe e até em demasia, mas porque se falamos num primeiro impulso vamos acabar por dizer um conjunto de coisas menos respeitosas.
Pois bem hoje é altura de falar das eleições. Uma semana é tempo suficiente para que a razão se sobreponha ao coração.
E sobre eleições não vale a pena escamotear: o Partido Socialista perdeu as eleições, mas não esteve sozinho. Foi acompanhado pelo BE.
Sócrates remeteu-se a militante de base e fez um excelente discurso (e atenção que o discurso da derrota é muito mais difícil).
Contrastando com esta atitude temos Louçã que apesar de ter tido uma derrota notória, se mantém agarrado ao poder como se de uma lapa se tratasse. Curiosamente, ele que gosta tanto de “pedir a cabeça” dos outros esqueceu-se de pedir a dele...
A direita consegue chegar ao poder com maioria, sendo que o PP não tem a vitória que tinha em mente. E por muito que Portas embandeire em arco, convém não esquecer que a confiança era tanta que ele afirmou-se como candidato a primeiro-ministro.
A CDU consegue aguentar-se e passar de novo para frente do BE.
O grande vencedor foi o PSD. Resta agora perceber, e perante um esquema governativo bem delimitado pela “troika”, como vai ser este PSD...
Depois existe um vasto conjunto de pequenos partidos.
Sobre estes, e com excepção do PAN que foi formado recentemente, importa referir que nunca vislumbrei qualquer actividade significativa fora da época eleitoral, mas...

Na passada sexta-feira foi Dia de Portugal. Parada militar, discursos, condecorações...  e tudo, e tudo, e tudo.
António Barreto fez o discurso de presidente da Comissão de Comemoração e foi um must. Portas acenava afirmativamente.
E lá veio aquela lenga-lenga dos políticos sacanas, que se fartam de pedir sacríficios a povo e não fazem eles esse mesmos sacríficos. É aquele discurso que facilmente recebe palmas. Bater nos políticos é sucesso garantido.
Curiosamente António Barreto e sem colocar em causa a sua capacidade científica, deve compreender que se hoje está à frente desta Comissão e de várias outras circunstâncias é porque um dia passou pelos corredores do poder e não haja a menor dúvida sobre isso. Quantos e quantos brilhantes académicos permanecem na “escuridão” só porque nunca tiveram 5 minutos de exposição no mundo do poder...
Já agora gostaria de saber quais são alterações que Barreto pretende introduzir na Constituição “anacrónica”.
O discurso de do Presidente da República foi outro must.
Agora o que é preciso é voltar à agricultura, mas se não estou em erro, foi no tempo em que o actual Presidente foi primeiro-ministro que muitos agricultores receberam para não produzir.
Foi também com Cavaco Silva como primeiro-ministro que a frota pesqueira levou um rombo grande, por isso quando hoje nos recomenda que nos voltemos para o mar, podemos fazê-lo, mas só se for com canas de pesca.

domingo, 22 de maio de 2011

Numa entrevista à Lusa, Passos Coelho fez saber que quanto à idade de reforma, que Angela Merkel defendeu que deve subir em países como Portugal, a solução passa por "adoptar políticas de envelhecimento activo – não de modo a prolongar a idade da reforma para os 67 anos, mas incentivando aqueles que têm condições para poder trabalhar até mais tarde a poderem fazê-lo".
Sim, e depois digam-me como pretender promover o emprego?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Daniel Bessa deu uma entrevista ao DE. Até aqui nada de mais, é tão só mais um economista a prestar declarações.
O curioso são as próprias declarações.
Diz Daniel Bessa que “Em onze anos, endividamo-nos 2 milhões por hora” e ainda que “Portugal está numa trajectória de insustentabilidade desde os anos 90".
Possivelmente terá sido a presença no grupo "Mais sociedade" que promoveu esta maneira de pensar.
Mas persiste em mim uma dúvida!
Daniel Bessa foi ministro da Economia entre 1995 e 1996, ou seja nos tais anos 90.
Quando é assim, estamos conversados.

sábado, 14 de maio de 2011

Hoje escutei Passos Coelho dizer que a razão estava do lado de Manuel Ferreira Leite. Confesso que não prestei atenção se as palavras foram proferidas hoje, se ontem. A reportagem passou no Primeiro Jornal da SIC.
Só não me ri porque a situação não está para risadas, antes pelo contrário.
Passos Coelho estava a falar de quê?
Da venda de créditos fiscais do Estado ao Citigroup?
Do fundo de pensões dos CTT?
Da venda da CREL à Brisa por trinta anos?
Pois se estava a falar disto, aceito.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

E um pouco mais de respeito pelos eleitores?! É verdade, ontem foi alardeado com toda a pompa e circunstância que a Taxa Social Única (TSU)ia descer para as empresas. Questionado o PSD sobre se esta descida não iria trazer um outro agravamento de impostos para contrabalançar, foi respondido que o economista de serviço, Carlos Moedas, já tinha explicado tudo e que não era preciso explicar mais nada.
Afinal a montanha pariu um rato, melhor dizendo um ratito. Escutem aqui as explicações de Catroga e já ficarão a perceber.

Ontem assisti a uma cena curiosa. O CDS/PP foi fazer campanha para a Feira de S. Pedro de Sintra. Patrão-mor da coluna era Pedro Mota Soares, que igualmente seguia à frente e que ia distribuinda panfletos, utilizando as seguintes palavras: "É o CDS, o do Paulo Portas".
Claro que eu não estava à espera que Mota Soares soubesse que um partido não é do líder mas sim dos militantes e simpatizantes, mas pelo menoes esperava que o ex-líder de bancada não se depreciasse tanto a ele mesmo e dissesse alto e bom som: reepresentamos o CDS.
Mas claro, isso era pedir muito.

sábado, 7 de maio de 2011

Pedro Passos Coelho foi, na quinta feira, à "city". É chique ir à "city", dá status.
Curiosamente foi no dia em que a "troika" ia apresentar o plano de resgate para o país. Dá para perceber? Talvez, quem sabe?!
Depois, porque também é muito mais chique, foi até à Embaixada de Portugal em Londres para comentar o memorando.
Fosse outro qualquer a viajar até ao estrangeiro e "botar lá faladura" sobre questões internas e de imediato seria imolado num qualquer altar de comentadores, jornalistas, políticos e mais uns quantos que tais. Mas seguindo...
Achei deveras caricato tudo isto.
Passos Coelho foi à "city" para se encontrar com um grupo de investidores enquanto o país levava com as medidas da "troika". Mas mais foi falar com investidores em nome de quem e investido em que funções?
Não sei porquê, lembrei-me de imediato do Futre.
Não vêm aí três "charters" carregadinhos de chineses, mas a ideia está aí, só que a "city" está-se marimbando como sempre tem feito desdo o Tratado de Methuen

sábado, 30 de abril de 2011

Eduardo Catroga, o sr. negociação de Passos Coelho, disse ao Expresso que "o fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional" e que "as gerações mais jovens deviam pôr este Governo em tribunal".
Não podia estar mais de acordo com Catroga.
O Governo de Sócrates deveria ir a tribunal por ter amparado o BPN, o banco do PSD, e ter lá metido 4,6 mil milhões (14-12-2010).
O Governo de Sócrates devia ir a tribunal porque não congelou o dinheiro de todos os accionistas, directores, presidentes e outros que tais do BPN e da SLN.
Quanto ao tribunal estamos conversados, ou não.
E digo ou não, porque Catroga fala muito bem, mas esqueceu-se de outra coisa.
Está documentado (O estado a que o Estado chegou, DN/Gradiva, Fevereiro de 2011, pág. 29), que a despesa pública teve o seu maior crescimento (10,6%) cerca de 4,6 pontos percentuais, entre os anos de 1985 e 1995.
Curiosamente, ou não, estes dez anos pertencem ao consulado de Cavaco Silva.
E para aumentar a curiosidade disto tudo importa dizer que Eduardo Catroga foi ministro do XII Governo Constitucional (1991-1995).
Estamos conversados sobre tribunais, governos e outros que tais.
E agora talvez seja importante dizer que se as gerações mais novas de 1985/95 tivessem colocado o governo de Cavaco em tribunal, poderíamos ter evitado o crescimento da dívida pública e o nascimento do BPN (Oliveira Costa foi secretário de Estado nos X e XI Governos Constitucionais, 1985-1991)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A coisa promete. O movimento "Mais Sociedade", o tal onde pontua João Duque que teve aquela ideia fabulástica da reforma versus subsídio de desemprego, teve outra "excelente" ideia: «o salário dos magistrados dependa do número de processos despachados e da qualidade das decisões». O que é isso de qualidade das decisões? Essa qualidade é medida como? Ao quilo?
Mas isto não fica por aqui.
Este tal grupo que funciona sob a égide de Passos Coelho e do PSD, aliás este grupo é como que a "guarda avançada" na publicitação do programa de governo do PSD, vai mais longe. 
Propõe que a carreira de juiz seja aberta a advogados, professores de direito e a juristas de reconhecido mérito.
Aos poucos vamos conhecendo os desejos do PSD e tenho de dizer que não vislumbro nada de bom.


Alguém me explica o porquê, o para quê e de onde sai esta verba? Não sou capaz de entender isto! Comprar estádios? Será que é para fazer hortas sociais?

terça-feira, 26 de abril de 2011

Existe gente que adora falar do que não sabe. Vem isto a propósito das declarações de João Duque. Diz o referido senhor que "a redução das pensões em caso de desemprego pretende evitar desequilíbrios, criar alguma justiça e obrigar à procura rápida de um emprego". 
Será possível que Duque pensa que quem está desempregado, o está por sua vontade?
Um pouco mais de respeito por quem se encontra nessa situação não faria mal nenhum.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Afinal já corre dentro do PSD a ideia de que a maioria só poderá acontecer com o CDS/PP. Marcelo atirou isso ontem e sabendo-se, como se sabe, que não gosta de Portas, admitir isto deve-lhe provocar bastante azia.


As novas indemnizações compensatórias para os transportes já foram publicadas no DR. A Refer, a CP e o Metro de Lisboa vão receber 1225,8 milhões de euros até 2019. Cada vez que penso que no mês de Março as pessoas ficaram sem transportes quase metade do mês, fica-nos uma revolta imensa.
Talvez seja interessante que os utentes comecem a estudar, elas próprias, formas de luta para fazer face às greves intempestivas dos funcionários destas empresas. 

Afinal já corre dentro do PSD a ideia de que a maioria só poderá acontecer com o CDS/PP. Marcelo atirou isso ontem e sabendo-se, como se sabe, que não gosta de Portas, admitir isto deve-lhe provocar bastante azia.


As novas indemnizações compensatórias para os transportes já foram publicadas no DR. A Refer, a CP e o Metro de Lisboa vão receber 1225,8 milhões de euros até 2019. Cada vez que penso que no mês de Março as pessoas ficaram sem transportes quase metade do mês, fica-nos uma revolta imensa.
Talvez seja interessante que os utentes comecem a estudar, elas próprias, formas de luta para fazer face às greves intempestivas dos funcionários destas empresas. 







domingo, 17 de abril de 2011

De repente assistimos a uma catadupa de gente a ter preocupações sociais. Apetece-me dizer que esta atitude de preocupação social deve representar agora o supra sumo das novas tendências do marketing.
Ontem ouvíamos o presidente da Jerónimo Martins e ficávamos de olhos rasos de água, tamanha era a "preocupação social" se não estivéssemos recordados de que este mesmo senhor fez uma distribuição de dividendos em Dezembro para assim evitar pagar impostos. Mais, foi condenado em tribunal por fuga ao IRC.
Isto é que é preocupação social.
Mas não nos ficamos por aqui. Agora veio o presidente da APIFARMA dizer que a comparticipação de medicamentos deve ter com base os rendimentos.
Porque é que esta ideia me cheira a esturro? 
E os rendimentos são determinados pelo IRS? Se forem estamos conversados, já que ainda estou recordado de um ex-presidente de um clube de futebol que tinha um vencimento igual ao salário mínimo, pelo menos a fazer fé no IRS, mas os filhos andavam em  colégio particular e tinha uma casa com piscina e tudo.
Como eu adorava ter um salário mínimo destes.
Mas este senhor disse uma coisa pior. Referiu que os medicamentos são exportados para países que pagam mais e que no interior os medicamentos podem faltar devido a esta exportação.
É esta a preocupação social.
Tenham decência é só o que se vos pede.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Miguel Relvas, em entrevista à TSF/DN, falou, entre outras coisas, em cinismo e hipocrisia.
Realmente Relvas tem razão e como a tem depois de Passos Coelho arranjar aquela embrulhada do telefonema e visita a S. Bento para lhe ser apresentado o PECIV.
Sim Relvas tem razão para falar em cinismo e hipocrisia, e mais agora após Pacheco Pereira ter revelado que recebeu, ele e todos os deputados, um sms para não falar do PECIV  por forma a não prejudicar as negociações que estavam a decorrer na Europa para aprovação do PECIV.
Esta coisa do cinismo e da hipocrisia devia ser banida da política. Relvas tem razão.
Mas não ficou por aqui. Falou em clientelismo, amiguismo.
Volta a ter razão. Basta olhar para a história do BPN, história essa que uns amigos criaram e que nós agora pagamos, para percebermos do que fala Relvas.
E para não estender muito isto, importa salientar as últimas palavras. Disse Miguel Relvas que o treinador já tinha chegado, era Passos Coelho e era bom.
Pois não tenho essa ideia. Acho-o um péssimo treinador e pelos vistos não só eu. Capucho Marques Mendes, Ferreira Leite e Menezes também devem ter a mesma convicção já que recusaram estar às ordens do treinador.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ora aqui está um excelente artigo que nos deve fazer pensar seriamente no poder global arbitrário de uns quantos senhores.
Um artigo que contrasta com o artigo de Passos Coelho.

terça-feira, 12 de abril de 2011


Eu bem disse que não queria falar do sr. Nobre, mas realmente ele não para de surpreender pela negativa. Então não é que disse  estar já a preparar um programa que submeterá aos futuros líderes parlamentares, "para gerar mais consensos, para reforçar o regime e a Democracia, para abrir novas oportunidades de auscultação e diálogo com os cidadãos".
Um programa? O presidente da AR tem um programa?
O que vale é que não acredito que ele seja eleito para tal cargo, mas de qualquer forma talvez fosse interessante darem-lhe umas aulinhas para não parecer tão mal...

domingo, 10 de abril de 2011

Não pretendo falar muitas vezes sobre esta matéria, primeiro porque não tem tanta importância e depois porque o que os protagonistas querem é que se fale e eu como sou do contra não pretendo dar-lhe esse gostinho.
Claro que estou a falar do Passos Coelho e do Fernando Nobre.
Realmente é uma matéria que não tem assim tanta importância. Fernando Nobre teve meio milhão de votos nas presidenciais e achou que era o must desta coisa toda. Está redondamente enganado e vai ter a prova disso mesmo e só não terá maior prova porque se trata de uma eleição colectiva. Depois porque a sua votação veio da área socialista. Era uma votação anti-Alegre. Agora a coisa muda de figura.
Depois porque enquanto andamos a discutir esta questão menor não temos tempo para verificar que as ideias do PSD para Portugal se reduzem a entregar tudo e todos aos privados.
Mas o facto inegável é Fernando Nobre ter mandado as suas convicções às malvas. Curioso era ver se Nobre fosse Presidente da AR, era ver um monárquico a dirigir um dos mais importantes organismos da República.
Muito mais haveria a dizer sobre este "casamento". Poderia dizer que é a vingança de Passos Coelho com Cavaco, enfim poderíamos dizer muitas coisas, mas quero tão só chamar a atenção para a coerência, ou melhor a falta dela, de Fernando Nobre.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Que coisa engraçada, ou tão só a expressão máxima da desfaçatez. Ao que parece os  banqueiros portugueses reuniram-se ontem no Banco de Portugal e decidiram cortar o crédito ao Estado.
Bem que poderíamos transpor esta decisão para o anedotário nacional, não fosse ela tão triste e tão reveladora. Assim mais nada nos resta senão colocar esta decisão numa grande tragicomédia.
Claro que uma decisão desta monta não se toma de ânimo leve. Os prós e os contras certamente que foram bem pesados.
Uma coisa é certa, sem conseguir dinheiro emprestado e com os mercados financeiros a exigirem juros já acima dos 10%, as saídas são muito limitadas.
Assistimos pois, a que a pressão já não é só exterior, é também interior.
Se é legal, claro que é. Mas será legítimo? Ou será que estamos perante o maior exercício de desfaçatez de que há memória?
Estou inclinado para este último.
Quem são os grandes motores das parcerias público-privadas?
Quem é que andou a vender crédito às empresas e aos particulares cheio de facilidades?
Quem é que financiou uma vasta série de obras públicas, nas quais se incluem os estádios de futebol - que hoje são perfeitos "elefantes brancos" - que vamos andar a pagar durante muitos anos?
Quem é que financiou a compra dos submarinos?
Quem é que financiou o aeroporto de Beja? Quando é que esta estrutura será rentável?
Por outro lado convém não esquecer que quando se deu a bronca da bolha imobiliária, quem é que serviu de avalista?
Mais, os bancos tem estado a financiar-se no BCE, certo? Com que juro? 1.% creio.
Mas quando compram dívida pública é a que valores? E com que juro?
Podem tentar lavar as mãos como fez Pilatos, mas vão continuar com elas sujas, eu diria mesmo, demasiado encardidas.  

sábado, 2 de abril de 2011

Ontem assistimos a declarações de Pedro Passos Coelho que são, pelo menos para mim, verdadeiramente intrigantes.
Disse Passos Coelho, entre outras coisas, que o "PSD respeitará compromissos se Governo pedir ajuda".
Ora isto significa o quê?
Significa que o PSD não se incomoda de assinar de cruz um acordo entre o Governo e o FMI.
Significa que o PSD está disposto a governar de acordo com um acordo celebrado pelo governo do PS, que por certo irá ter repercussões durante uma legislatura inteira.
Significa que Passos Coelho não se importa que o seu programa eleitoral seja condicionado pelo governo socialista.
Assim sendo, alguém me explica como é que não esteve disponível para negociar modificações no PEC IV e aprová-lo na Assembleia da República?
Tal atitude teria dado uma outra credibilidade ao país e teria evitado que os juros subissem em flecha e que as agências de rating tivessem feito o que fizeram.
Percebeu-se desde à muito que Passos Coelho queria eleições, pois bem, que assim fosse. Aprovado o PEC então poderíamos caminhar para a consulta à população.
Mas O PSD sucumbiu aos interesses partidários e o próprio Presidente da República viu aqui a sua oportunidade para acelerar a sua vingançazinha sobre o Primeiro-Ministro
A demagogia e a indecência assentou definitivamente arraiais por estas bandas.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Hoje ao ler o Correio da Manhã deixei de ficar preocupado com a dívida portuguesa. A Igreja quer saber quanto deve o país, por isso estou certo que este desejo se destina a preparar a verba para liquidar a referida dívida. O retorno do IVA ao longo destes anos todos deve ser suficiente para para tal gesto.

sábado, 19 de março de 2011

Fico pasmo. A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) manifestou-se hoje indisponível para celebrar com o Governo o protocolo relativo ao apoio destes órgãos do poder local aos contribuintes na entrega electrónica da declaração do IRS.
E não está disponível porque ao que parece e nas palavras do presidente do conselho diretivo da ANAFRE, Armando Vieira «já é tarde e não haverá tempo para negociar as condições e celebrar o protocolo. Pedimos uma audiência ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais em dezembro, temos insistido e a resposta foi o silêncio. É condenável».
Exige-se que este senhor esclareça o que quis dizer com "negociar condições" e "celebrar o protocolo". É que este tipo de paleio cheira-me a compensações monetárias.
Se tal for realmente é condenável não o secretário de Estado, mas as Juntas de Freguesia.
Só apoiam as populações a troco de dinheiro? 
O artigo 235 da CRP diz, no seu n.º 2 que  "As autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.", mas claro que interesse tem isso...





quinta-feira, 17 de março de 2011



O Barhein está em pé de guerra. Mais uma dinastia do Médio Oriente em maus lençóis. Mas curiosamente com uma nuance muito interessante. 
O Bahrein é uma monarquia absolutista com um primeiro-ministro e um gabinete integralmente apontados pelo Monarca. O actual primeiro-ministro (que é o mesmo desde 1971), bem como a totalidade do gabinete são da família real. Curiosamente este poder pertence aos sunitas que são os minoritários no país. A maioria são xiitas.
Ora se analisarmos, esta ditadura não difere da que caiu no Egipto, da que domina a Líbia, isto para citarmos apenas dois exemplos.
Pois bem o poder do Barhein recebeu a ajuda dos militares da Arábia Saudita e dos Emiratos Árabes Unidos para colocar fim à revolta popular. É o Conselho de Cooperação do Golfo a funcionar.
Fiquei à espera de ouvir o grande paladino das liberdades - os EUA - mas nada, não escutei nada e depois lembrei-me que o Barhein dá abrigo à 5.ª Frota Naval dos Estados Unidos e é um dos grandes aliados dos americanos no Golfo e percebi o porquê do silêncio, aliás deve ser pelo mesmo motivo que a Europa ficou sem dizer um piu que fosse.
Mas continuei a escutar grandes parangonas contra o regime líbio. Alguns países decidiram mesmo passar a dialogar com um Conselho qualquer.
A hipocrisia é nojenta.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ontem foram colocados os pontos nos iis e os traços nos tts. Sócrates disse que ou PEC ou eleições. Curiosamente muitos comentadores, redes sociais, blogues e outras formas de intervenção caminharam de imediato para a imagem de duelo entre Passos Coelho e Sócrates (aliás, a capa do JN, DE, Jornal i, etc.).
Não sei se é a imagem correcta, muito sinceramente.
Todos nós sabemos que o que corre (com grande impulso do Bloco de Esquerda que precisa deste papão para poder sobreviver) é que PS e PSD são iguais, numa expressão mais popular(e usada por Passos) "farinha do mesmo saco". Ora se tal fosse estaríamos perante um erro nesta questão de eleições.
Mas nem tudo é tão linear assim.
Primeiro o PS não é igual ao PSD e logo isso deita por terra muitos textos que esgotam rios de tinta e megas de memória.
Depois porque a situação do PSD é, neste momento, uma situação sui generis.
A situação do país é igualmente um problema de grande dimensão para caminharmos para eleições.
Mas vamos por partes.
Existem questões de fracturas que logo fazem a separação das águas relativamente ao PS e ao PSD. Estou  a falar do Estado Social e do neoliberalismo económico completamente sem restrições.
E para quem tenha dúvidas disto mesmo dê uma leitura ao livro ontem apresentado que se chama "Voltar a crescer" e que tem o prefácio escrito por Passos Coelho para logo entender do que falamos. É o neoliberalismo puro e duro.
Mas a questão mais premente que se deve colocar é o próprio PSD em si mesmo e este será um aspecto que importa estudar mais em pormenor.
Todos sabemos que o actual PSD gira em torno de Passos Coelho e Miguel Relvas. Os rostos que no início se aproximaram desta liderança estão hoje completamente afastados. Onde está Diogo Leite de Campos? Onde está António Nogueira Leite? São só dois nomes entre outros como é evidente.
Este desaparecimento não é inocente. Todos perceberam que Passos é um líder a prazo e não lhe está destinada a missão de chegar ao poder em nome do PSD.
Desenganem-se todos quantos pensaram que o acordo que o PSD fez para viabilizar o PEC e o Orçamento teve algo a ver com o país. Passos Coelho quis a todo o custo impor-se dentro do partido. Quis dar a imagem de que era ele agora que mandava. Mas continuava a existia o problema que era tão só as condições do país.
Passos Coelho percebeu que não podia avançar para crise porque poderia ficar com um país carregado de nuvens e não tinha forma de fazer brilhar um raio de sol que fosse. Assim foi dizendo sim ao poder e criticando para consumo interno.
Mas de repente todos perceberam que Passos não era o líder desejado. Dentro do PSD foram-se formando correntes que apontavam noutra direcção (não devemos deixar passar em claro as críticas de Nogueira Leite e o desejo de alterar profundamente o regime político manifestado por Marques Mendes e Rui Rio).
E Passos percebeu que a agulha estava feita para outra direcção. O discurso de Cavaco na tomada de posse foi a pedra de toque.
A partir daqui assiste-se ao líder do PSD a esticar a corda. É a única forma de tentar provocar eleições para chegar ao poder, porque se não for agora, o próximo líder do PSD a ir a votos será Rui Rio (um desejo secreto de Cavaco).
José Sócrates percebeu isso mesmo e decidiu também esticar a corda (a entrevista de ontem foi prova disso mesmo). Mas Sócrates também sabe que o actual PSD não tem visão para o país e muito menos capacidade governativa.
No meio desta turbulência estamos nós todos de cinto no último furo e sem hipótese de fazer mais um (furo) que seja.
Assim não sei se o ir a votos será o ponto fundamental neste momento.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Um caminho sem retornoOntem Cavaco Silva, no seu discurso de tomada de posse, iniciou um “caminho sem regresso”.
Já todos tínhamos percebido, as suas atitudes, o discurso de vitória, que este segundo mandato iria ser diferente do primeiro.
A este facto também não é alheio um ligeiro “levantamento de rancho” que se está a instalar no PSD.
Todos já percebemos que o caminho de Passos Coelho está a chegar ao fim. O sector cavaquista, que agrupa os “mendistas”, o grupo do norte e alguns “barões” – neste caso por interesse destes e nada mais – cada vez mais quer estar na linha da frente quando chegarem as eleições, e aqui Passos Coelho é um estorvo e deve ser afastado.
Voltando ao essencial, Cavaco utilizou o discurso da tomada de posse como arma de arremesso contra o Governo, no sentido de ir preparando o terreno para o que vai fazer a seguir.
Mas Cavaco tem de pensar que não é detentor de toda a sabedoria e que os portugueses que o elegeram podem numa primeira fase aplaudir este mesmo discurso, até porque estão no momento em que sentem mais na “pele” as medidas de austeridade do próprio governo, mas a prazo intermédio vão perceber as incongruências do discurso e aí o que agora pode ter sido uma excelente táctica, pode vir a revelar-se um pesado erro de comando.
Passemos então aos factos, sendo que devo ressalvar que as citações do discurso e que vão a bold, foram retidadas da publicação feita pelo jornal Público.
Disse cavaco que “Nos últimos dez anos, a economia portuguesa cresceu a uma taxa média anual de apenas 0,7%, afastando-se dos nossos parceiros da União Europeia. Esta divergência foi ainda mais evidente no caso do Rendimento Nacional Bruto, que constitui uma medida aproximada do rendimento efectivamente retido pelos Portugueses. O Rendimento Nacional Bruto per capita, em termos reais, cresceu apenas 0,1% ao ano, reflectindo na prática uma década perdida em termos de ganhos de nível de vida. De acordo com as últimas estimativas do Banco de Portugal, “o crescimento potencial da economia portuguesa, o qual determina a capacidade futura de reembolso do endividamento presente”, é actualmente inferior a 1% e, em 2010, o valor real do investimento ficou cerca de 25% abaixo do nível atingido em 2001.”
Cavaco poderia e deveria ter ido mais longe. Deveria ter dito que durante o seu consolado como primeiro ministro o volume de dinheiro que se recebeu, não foi usado para revitalizar e recuperar a nossa economia, no sentido de ela seguir uma trajectória que hoje lhe permitisse estar a salvo desta hecatombe. Possivelmente esta não lembrança terá sido uma questão de pormenor.
E continua “A resolução dos problemas exige plena consciencialização da situação em que estamos. É urgente encontrar soluções, retomar o caminho certo e preparar o futuro. Esta é uma tarefa que exigirá um esforço colectivo, para o qual todos somos chamados a contribuir.”
Mas que caminho é esse’ O que o Governo legitimamente alicerçado em consulta eleitoral, ou será que o Presidente quer outra gente que percorra o caminho dele, mesmo que essa gente não seja aprovada por uma qualquer consulta eleitoral. E aqui recordo as palavras de Luís Marques Mendes na entrevista ao Correio da Manhã que fala de um PR mais interventivo (e será bom não esquecer Rui Rio que também diz "[Portugal]está a viver o fim do regime que nasceu com o 25 de Abril de 1974". Olhando para isto talvez não seja disparatado dizer que os desejos de um sistema presidencialista estão aí instalados e talvez mereça uma atenção redobrada este ponto: “Neste contexto difícil, impõe se ao Presidente da República que contribua para a definição de linhas de orientação e de rumos para a economia nacional que permitam responder às dificuldades do presente e encarar com esperança os desafios do futuro.
Mas continuando: “Foi especialmente a pensar nos jovens que decidi recandidatar-me à Presidência da República. A eles dediquei a vitória que os Portugueses me deram. Agora, no momento em que tomo posse como Presidente da República, faço um vibrante apelo aos jovens de Portugal: ajudem o vosso País!
Façam ouvir a vossa voz. Este é o vosso tempo. Mostrem a todos que é possível viver num País mais justo e mais desenvolvido, com uma cultura cívica e política mais sadia, mais limpa, mais digna. Mostrem às outras gerações que não se acomodam nem se resignam
.”
Espero que Cavaco Silva esteja consciente de que se algo correr mal no próximo dia sábado (dia 12) ele não estará isento de culpas e deverá tirar daí as devidas ilacções.
E o que significa viver num País “com uma cultura cívica e política mais sadia, mais limpa, mais digna”?
Eu precisava que alguém me explicasse isto. Não sou capaz de perceber! O País tem uma cultura cívica suja? Mas qual cultura cívica? A que promove o Banco Alimentar Contra a Fome? A cultura cívica que se desloca de noite no acompanhamento dos sem abrigo?
É a cultura política que é suja? E o que é a cultura política? Será que é aquela que criou, usou e abusou do BPN? Ou é a cultura daqueles que sendo políticos, se recusam a enfileirar a coluna? Ou são tão só aqueles que enquanto governantes assim os contratos com empresas que no imediato à sua saída do poder, vão administrar?
Resta agora a última citação. Diz Cavaco “Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos”.
Cavaco sabe que vão ser precisos mais sacrifícios e assim sendo o que fará Cavaco?
Mais haveria para dissecar no discurso da tomada de posse, mas basta de citações.
Importa referir que Cavaco escolheu um caminho do qual não pode fugir. Mas curiosamente agora gosta de referir que ninguém o escutou. Mas será que ele se escutou a si próprio?
Se ele julgava que aquele não era o caminho certo porque não teve a coragem de intervir? Precisava do 2.º mandato? Para quê? É necessário que esclareça.
Assim sendo espero para ver qual a posição de Cavaco Silva se os transportadores decidirem adoptar medidas de força para obter benefícios pelos combustíveis.
Aguardo as próximas semanas, sabendo desde já que o lume está aceso e a panela já tem água. Resta saber se o Governo está disposto a ser cozido. Eu por mim não estava.

domingo, 6 de março de 2011

E assim se destrói um movimento de cidadãos. O PCP não perde uma hipótese de cavalgar a onda, seja ela qual for.  Fico perplexo. Afinal o que teme o PC? Que estes movimentos lhe retirem a primazia.
Penso que é um fenómeno que merece ser acompanhado e estudado.



sexta-feira, 4 de março de 2011

Esta foi uma semana aziaga para Pedro Passos Coelho. A sra. Merkl não lhe fez a vontade. As sondagens do Expresso não lhe são nada favoráveis.
Sim, não venham com a história de que estar à frente, nesta situação, é uma vitória. Só se for de Pirro. Cresceu menos que o PS e não consegue maioria nenhuma.
Isto tem um significado: os portugueses não acreditam em Passos Coelho nem no PSD para melhorar o país.
Esta é que é a verdade.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tem muita piada. O director geral das prisões está debaixo de fogo por causa dos acontecimentos ocorridos na cadeia de Paços de Ferreira. E se as coisas continuarem assim, acredito que mais hora menos hora, dia menos dia, ele será substituído.
Mas atenção, ele poderá ser substituído porque alguém que se recusa a viver segundo as normas de sociedade, e atenção que são as normas mais elementares as normas de higiene, teve de ser chamado à razão.
O mundo está louco.
Eu teria percebido a sua demissão (aliás esperava que o referido senhor tivesse pedido a demissão) se ela tivesse acontecido no minuto a seguir a se saber que os dois presidiários tinham tido a ajuda para a fuga por parte de elementos do interior do sistema.
Sim não nos devemos esquecer que este senhor teve o desplante de dizer, após a fuga, que as algemas eram fáceis de abrir. E não foi só ele. Todos quantos tiveram esse comportamento deveriam ter tido a dignidade de pedir a demissão.
Agora neste caso........
E pouco me importa se estou a ser politicamente incorrecto, ou o que o BE ou a AI vão dizer disto que escrevi.
É o que eu penso. Até porque é também aqui que podemos verificar a autoridade do Estado. E o burburinho dos partidos à direita do governo é pura hipocrisia.
E carnaval de um lado e hipocrisia do outro, bom...

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...