sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Começo a ficar deveras desconfiado desta espécie de guerrilha que se montou acerca dos subsídios, de Cavaco, do diz, do toma a resposta. E começo porque me parece que estamos todos a ser "comidos" por trouxas.
Se não vejamos bem as coisas: à três, quatro meses atrás não era necessário cortar subsídio nenhum, agora são dois. A TSU era para alterar, mas afinal era uma medida experimentalista, é melhor manter tudo na mesma. O IVA ia ser alterado porque se ia mexer na TSU e agora, não se mexe na Taxa, mas altera-se na mesma o imposto. Ainda não foram capazes de dizer onde está o buraco nas contas. Temos um ministro da Economia (mas será que temos) a quem ainda não escutei uma medida válida para o arranque da economia e temos um ministro das Finanças que sabia tudo e afinal ainda não garantiu uma única medida para a reforma do Estado, sendo que o que fez foi cortar salários e isso é tão só tapar a ferida e não sará-la.
Depois tenho escudado uns quantos senhores que referem que os cortes de subsídios só penalizam os funcionários públicos e que deveria haver equidade...
Sem querer parecer que estou de acordo com a medida, porque não estou, acho-a mesmo desumana e a despropósito, gostaria de recordar que os privados pagam esta desumanidade com uma outra desumanidade ainda maior e que ninguém fala.
Diz o governo que o corte nos subsídios é para diminuir a despesa.
Por acaso alguém se lembra de que forma os privados diminuem a despesa? Pois bem me parecia que não.
Os privados não cortam subsídios: despedem.
Alguém pensou nisto.
Agora a desconfiança que tenho é que todo este cenário que se está a criar em torno das declarações do Presidente e as próprias declarações só têm um fim em vista: alargar a medida aos privados.
Por isso talvez seja bom estarmos de sobreaviso, até porque neste lado corta-se nos subsídios e despede-se na mesma.




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não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade