segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Coube ao nosso país organizar a XIX Cimeira Ibero-Americana. Até aqui, nada de mais e embora estejamos conscientes de que as nossas finanças não estão para faustosidades, percebemos que há eventos a que não podemos fugir. Assim sendo, e parafraseando o nosso povo, "tudo como dantes, quartel em Abrantes".
Ora esta mesma Cimeira ocorre em Cascais no Hotel Cascais Miragem.
Assim sendo, o Governo decidiu reservar o Hotel por inteiro. Também aqui continua o tal "quartel" de que falei antes.
Agora é que as coisas alteram.
A delegação da Presidência da República à referida Cimeira achou por bem pernoitar as duas noites no referido hotel, ou seja: reservaram para esse "staf" 22 quartos ao preço módico de 200 euros por noite. Possivelmente que este preço só deve abranger pequeno almoço.
Agora imaginem qual a razão para esta estadia?! Questões de funcionalidade!!!!???
Dir-me-ão que como o hotel já estava reservado, não existe dispêndio.
Não será bem assim, já que, ao que parece, os lugares podiam ser ocupados por outras delegações que elas mesmas pagariam a estadia.
Não sei porquê, mas este episódio faz-me lembrar que a realeza portuguesa, a partir dos finais do séc. XIX, começou a passar férias em Cascais, atraída pelas águas terapêuticas do mar...
ler aqui

Gosto da analogia que foi feita.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Foi sem surpresa que assisti ao comunicado da Associação Sindical dos Juízes Portugueses. Já estava à espera disto. Lamentavelmente não assisti a comunicados aquando do conhecimento público de que uma decisão da Relação chegou em primeiro ao empresário. Não vi comunicados quando os juízes entraram no mundo do futebol.
Este processo Face Oculta, é complicado. Estou consciente que muito de verdade existe, mas muito de inverdade também perpassa por aquelas linhas.
É importante que as decisões da magistratura sejam fundamentadas na legislação, nas provas e na convicção, mas sempre.
Não podem existir derivações conforme os casos, para que não fique a ideia de que aqui e ali poderão existir alguns resquícios de uma qualquer "vendetta".


Se é verdade, como é que isto foi possível?

O Governo foi hoje "derrotado" na AR relativamente ao novo Código Contributivo. Devo salientar que, neste momento, me fazia alguma impressão a entrada deste novo Código em vigor. Percebo e apoio a sua criação, mas o problema é que desde esse momento até hoje, o Mundo sofreu profundas alterações que inviabilizavam essa entrada em vigor.
A oposição não se remeteu somente ao Código Contributivo, foi mais longe. E esse mais longe implica que só existe um caminho: aumentar a dívida e o nosso país não pode de maneira nenhuma entrar por essa solução.
Esperemos agora por soluções reais por parte de quem arranjou o imbróglio.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Hoje li um artigo no DE que me deixou a pensar seriamente no que andaram e andam a fazer a este pobre país.
Não basta falar do avanço tecnológico, da queda nas vendas, na crise, etc., e etc.
É preciso ter a coragem de falar de como nasceram essas mesmas oficinas, sendo certo de que o que falamos para as oficinas, podemos falar para as tipografias, as empresas de construção e mais algumas categorias profissionais.
A partir dos anos oitenta, instalou-se em Portugal a ideia de que todos poderiam ser patrões. Um género de capitalismo popular, com mania de poderoso empresário.
O simples tipógrafo decidiu ter uma empresa, o aprendiz de mecânico fez a sua oficina e o trolha constituiu a sua empresa de construção.
Alguém percebia alguma coisa de empresas?
Ninguém.
E alguém se importou com isso?
Ninguém.
Os bancos batiam as palmas de contentes com as oportunidades de negócios que daí decorriam. O Estado andava maravilhado: aumentava o tecido empresarial e aumentava a receita de impostos. As associações dos diversos sectores não cabiam em si de contentes, já que isso significava para elas um aumento de associados, logo de poder.
Para além destes todos existia o novo empresário que, de repente, se via alcandorado a um lugar mais elevado no patamar social (pensava ele), ficava mal o antigo patrão, já que o novo empresário arrastava consigo alguns clientes e ficava mal a concorrência, ao contrário do que muitos possam pensar.
E foi assim que este imbérbere país, num repente, se viu pejado de pequenos empresários. Claro que as empresas nasceram tortas quer na parte humana, quer financeira, quer mesmo estratégica. Claro que estas empresas só podiam competir através dos preços baixos, e foi isso que fizeram.
Com fraco poder económico estas empresas sempre dependeram de pequenos incentivos que o Estado, na sua infinita bondade e misericórdia, fez questão de ir distribuindo.
Só que isso não foi suficiente e hoje essas empresas estão de rastos.
A culpa dever ser redistribuída. O Estado e as associações sectoriais são as grandes culpadas. Agora vamos pagar com língua de palmo, este pseudo-capitalismo, e claro quem paga nunca são os culpados.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vítor Constâncio, digníssimo governador do BdP, diz que para se controlar o défice até 2013 será preciso implementar novas medidas, que podem passar pelo aumento dos impostos.
Por mim, o aumento pode ser já amanhã, desde que o aumento saia do ordenado princepesco de sua excelência.


Estranhei ter visto como um dos convidados para as jornadas do PSD, o bispo do Porto D. Manuel Clemente, depois li o artigo de hoje do CM e percebi logo: tanta trapalhada só mesmo com a benção de um bispo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Acho o máximo o novo Governador Civil de Lisboa. Para isto, mais vale extinguir o lugar e rapidamente.

O arquitecto que dirige o "Sol" deu uma entrevista ao "CM", onde diz que esteve quase a falir por causa do primeiro ministro.
Que curioso, talvez devesse dizer que o seu desejo de derrotar o "Expresso" gorou-se e que afinal, contrariamente ao que gostava de afirmar, ele não era o "Expresso" e a prova está bem à vista.

Todos os males da justiça, têm sido assacados à alteração das leis penais, só falta saber se este caso é ao penal ou ao processo penal.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Gostei do artigo de Pedro Marques Lopes hoje, no DN.

A propósito do artigo que referi anteriormente (e devo dizer que é um excelente artigo) apetece-me dizer que não gosto desta onda! Os jornais são agora os Juízes, os jornalistas passaram a ser os acusadores públicos e os Portugueses os jurados!
Eu, como quase toda a gente sabe que Sócrates também tem defeitos tal como todos nós. Mas, que diabo, as eleições foram em Setembro e o Povo elegeu quem quis.
Depois de 35 anos de Democracia será este o exercício da Liberdade!
Sou um defensor nato da Livre Informação mas, não posso deixar de colocar algumas interrogações: Isto é jornalismo? Isto é informação? Isto é Liberdade?
Ou estamos tão só perante um simples acto de coscuvilhice pejada de vergonha e invejosa que se alberga à sombra da Democracia?
Não posso dizer que tudo isto é fado, mas sem dúvida nenhuma posso dizer que tudo isto é triste!
Iguamente triste é a nomeação de Filipe Boa Batista, ex-secretário de Estado adjunto do primeiro ministro para o conselho de administração da ANACOM.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ferreira Leite queria que Sócrates falasse, pois bem aí está e estou certo que Ferreira Leite já está arrependida.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Estou preocupado seriamente com o caso "Face Oculta", não que nele esteja implicado, mas porque de repente tudo se está a esboroar, como se de uma arriba se tratasse.
Posso estar deveras equivocado, mas quase que me apetece fazer uma analogia com o mundo do futebol, e não é pelas frutas e demais acepipes, trata-se de Sócrates.
Como não o derrubaram no terreno tentam agora na secretaria.
A agulha está virada para ele e dalí não sai.
Importa saber se isto não é o reverso da melhada do posicionamento face a algumas corporações adoptado na anterior legislatura.
Eu espero que não, mas perante tudo isto assalta-nos a dúvida.
Mas este caso vai mais longe.
As fugas são demasiado cirúrgicas e dão a ideia de que são destinadas a fazer guerras entre os vários poderes.
Porquê? Não sei.
Isto mina a confiança de todos nós.
Se acrescentarmos a notícia de hoje do "Público" e sabendo como todos sabemos que existe uma luta fratricida entre o Ministério Público e a Magistratura, então devemos ficar muito mas muito preocupados.
Se pensarmos nas palavras de Noronha do Nascimento ontem na RTP, percebe-se essa luta, nomeadamente quando diz que as investigações devem passar para um juíz e sair das mãos do Procurador do Ministério Público.
Talvez a referida notícia do "Público" seja a resposta.
Será que a nossa democracia resiste a toda esta parafenália, a esta luta desenfreada, a esta falta de ética e educação que vai grassando na nossa sociedade?
Espero bem que sim...

Mas a ética, meus senhores, a ética. Jaime Gama teve de fazer reajustamentos nas viagens dos deputados. Será preciso impor por escrito aquilo que deveria ser a prática corrente...
A história que tirou Gama do sério é digna de figurar nos anais, só não sei quais...

Que raio de regulamentos são estes! Será que é necessário ir buscar os atletas à Alfredo da Costa?!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Estou a ficar cansado desta história do casamento entre pessoas do mesmo sexo. E estou a ficar cansado porque a cada dia que passa vejo a Igreja a meter-se num assunto que não lhe diz respeito.
Admirados?!
É a minha opinião.
O que é o casamento civil para a Igreja?
O casamento civil não existe para a Igreja. Esta só reconhece validade ao casamento religioso e nada mais.
Assim sendo porquê estes senhores andarem aí a debitar sentenças e a aconselhar caminhos se eles pura e simplesmente não aceitam.
Estou farto destes pseudo-moralistas.


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Só agora tive oportunidade de ler a entrevista de José Manuel Pureza, líder da bancada do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, ao Rádio Clube e ao "Correio da Manhã" de ontem.
Acreditem que gostava de levar o BE a sério, mas a cada dia que passa, tal vai-se tornando verdadeiramente impossível.
Vejam estes dois fragmentos da entrevista:

.....
ND – Voltando ao programa do Governo. Acha que devia ter sido diferente do programa eleitoral do PS?
- Devia ter sido diferente.
ND – Mas o PS foi eleito com aquele programa.
- Claro que foi, mas também foi com aquele programa que o PS foi punido eleitoralmente. Perdeu maioria absoluta e deputados. É necessário que o PS perceba que a circunstância política mudou e que a velha circunstância social se manteve. Nós estamos a abrir uma legislatura num tempo em que o cenário político mudou mas em que o cenário económico e social se manteve. Há um apodrecimento da situação social em Portugal.


e

ARF – O BE não tem medo de eleições antecipadas? Não se vai deixar chantagear pelo Governo?
- Absolutamente. Isso não é questão que se coloque. Nós seremos fiéis ao nosso programa.

.....

Por favor não se incomodem, mesmo que sejam a incoerência levada ao extremo.
Conclusão: o PS que venceu as eleições deveria apresentar um programa de Governo diferente do programa eleitoral. O Bloco, que perdeu as eleições será sempre fiel ao programa.
Ora abóbora meus senhores, os programas são são para serem cumpridos, caso sejam do BE, porque se forem dos outros, devem ser modificados.

domingo, 8 de novembro de 2009

Hoje quero falar do "Face Oculta". Primeiro estamos somente perante arguidos e não culpados e isto é deveras importante.
Depois, porque existem pormenores que gostaria de ver esclarecidos e isto não é de tão somenos importância como possam pensar.
Segundo, porque mais uma vez pasmei porque vi imagens da peça processual, auto de busca (seja lá o que for) nos telejornais da RTP, quando ainda estavam as diligências a decorrer.
Terceiro porque houve arguidos que o foram na praça pública, mesmo antes de o serem judicialmente.
Agora importa avançar para a ética.
Ser ético é procurar sempre e sempre o bem, combater vícios e fraquezas, cultivar virtudes.
Mas a ética também abrange toda reflexão que fazemos sobre o nosso agir e sobre o sentido ou a nossa missão, bem como sobre os valores e princípios que inspiram e orientam a nossa conduta, procurando a verdade, a prática de virtudes e a felicidade.
Não podemos, nem devemos confundir ética e moral, a ética não cria a moral nem estabelece os seus princípios, normas ou regras. Ela já encontra, numa dada sociedade ou grupo, a realidade moral vigente e parte dessa realidade para entender as suas origens, a sua essência, as condições objectivas e subjectivas dos actos morais e os critérios ou parâmetros que justificam os juízos e os princípios que regem as mudanças e a sucessão de diferentes sistemas morais.
A ética também estuda e trata a responsabilidade do comportamento moral, a decisão de agir numa dada situação concreta é um problema prático moral; investigar se a pessoa pôde ou não escolher e agir de acordo com a decisão que tomou é um problema teórico-ético, pois verifica a liberdade ou o determinismo aos quais os nossos actos estão sujeitos. Se o determinismo é total e vem de fora para dentro não há qualquer espaço para a liberdade, para a autodeterminação e, portanto para a ética.
Poderão perguntar porquê este texto?
Mas este texto é fundamental.
É preciso varrer de uma vez por todas de uma série de tainhas (um peixe que anda sempre na costa à "babugem") que poluem a nossa sociedade.
Mas isto não passa só por correr com essas "tainhas", é preciso que o Estado esteja disposto a colaborar seriamente nesta questão.
A minha ideia será que forçosamente o Estado tem de ser uma pessoa de bem e honrar os seus compromissos, ou seja, o Estado deverá liquidar as suas dívidas no período de 30 dias ou, no máximo, 45 dias.
Posto isto, e porque hoje as soluções tecnológicas são vastas, colocar em rede todas as empresas devedoras ao fisco, ou que tenham sido alvo de coimas ou de processos fiscais, ambientais ou outros e essas empresas têm de ser afastadas dos concursos com o Estado.
Os concursos deverão ser sempre revistos pelos gabinetes jurídicos das empresas e aí será feita a selecção dos concorrentes. Aqueles que estejam na lista negra serão de imediato excluídos.
Mas atenção que mesmo que o empresá possua vinte ou trinta empresas, basta que uma esteja em condições não aceitáveis e todas as outras serão de imediato excluídas, bem como todas as que o empresário detenha participação maioritária ou não.
Poderão dizer que isto não será suficiente.
Pode não ser, mas será um ponto de partida.
Importa salientar que o grande problema são os negócios com o Estado ou com as grandes empresas públicas.
A partir daí, e se ficar provado que existiu corrupção, o corrompido deverá ver os seus bens arrestados a favor da empresa e no valor do prejuízo causado.
Chamem-me utópico se quiserem, mas eu preocupo-me com o que grassa ao meu redor e não estou disposto a deixar que o eu dinheiro sirva para alimentar negociatas, negociatas essas que não só más para os directamente prejudicados, são igualmente para os outros empresários que assim se vêem afastados de forma indecorosa do direito à livre concorrência.
As sanguessugas, sejam elas de onde forem enojam-me.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Rir faz bem, por isso aqui fica esta para o fim-de-semana.

Com tanta coisa para fazer por essas autarquias fora. Marcelo é um manobrador nato.

Fiquei ontem a saber que o jogador do Sporting, Anderson Polga, deve 180 mil euros ao fisco. Espectáculo.
Estou tentado a lançar uma colecta para ajudar o sr. a pagar. Com ordenados daqueles como é possível agora pagar tal quantia.
Fosse eu e já tinha ficado sem casa, mesmo que fosse dormir debaixo da ponte.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo apraz-me registar o seguinte comentário, e atenção que não está em causa a aprovação na Assembleia, com referendo, ou até mesmo a matéria em apreço.
Este comentário tem origem em declarações do deputado do PP, Ribeiro e Castro.
Diz o referido senhor que o PS, por não ter maioria absoluta, não tem "legitimidade para avançar com questões que não estão debatidas na sociedade portuguesa".
Vamos lá ver se percebo: as maiorias absolutas são más, isto sempre afirmou o PP, mas matérias há que só podem ser resolvidas com maioria absoluta.
Nenhuma questão está debatida na sociedade. O Orçamento não está, a Lei de Defesa Nacional não está, a compra de submarinos não foi debatida, isto são só alguns exemplos...
As carambolas de Ribeiro e Castro já me tinham deixado agastado, mas agora fiquei mesmo perplexo.
Que mais nos faltará ouvir...

falta ouvir isto... será possível?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Parece que o programa de Governo é igual ao programa apresentado na campanha e sufragado em acto eleitoral. Como é igual, os partidos da oposição gritaram aqui d'el Rei.
Claro que se não fosse igual, os mesmos partidos da oposição gritariam d'el Rei aqui.


O "Lobo" partiu. António Sérgio permanecerá... Obrigado

domingo, 1 de novembro de 2009

A revista do "Correio da Manhã" de hoje veio dar-me razão relativamente ao caso de Ermelo que publiquei aqui anteriormente.
Não fico feliz por ter razão, frico antes, preocupado.

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...