quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ontem lá ocorreu a tomada de posse do novo governo. Falar sobre os seus elementos não me parece curial de todo já que as principais pastas têm à frente ilustres desconhecidos políticos mas autênticos “reis” na formação técnica.
Pois bem devo referir que um excelente técnico não significa um excelente operacional e o contrário também é igual.
Aguardemos pois, sendo certo que as políticas implícitas não me deixam nada descansado.

Ainda sobre a tomada de posse devo salientar os discursos de Cavaco Silva e de Passos Coelho. Quem os escutar com atenção será levado a pensar que tinham sido preparados em conjunto, tal foi a similitude dos mesmos. Apraz-me ainda registar que a cooperação estratégica evoluiu “cooperação activa”. Registo
Mas esta semana, que ainda vai a meio, foi palco, logo na segunda-feira, de um episódio caricato e lamentável. A tentativa de eleger Fernando Nobre como presidente da AR.
A Assembleia e todos nós merecíamos ter sido poupados áquele triste espectáculo. Foram precisos dois chumbos para que Passos Coelho percebesse que tinha de mudar de candidato. E como se tudo isto não chegasse ainda fomos sujeitos a duas conferências de imprensa verdadeiramente bacocas, tentando atirar-nos areia para os olhos.
Aliás, se o PSD se tivesse dado ao cuidado de analisar a sessão de abertura do parlamento, facilmente teria percebido que Nobre era um homem só e errante num espaço que não era o seu. Se a isto tivessem adicionado os seus fracos dotes oratórios e a sua inexperiência parlamentar, obteriam a equação perfeita, cujo resultado eliminava esta candidatura.
Resta saber o que fez correr Nobre.

Mas este episódio serviu para eleger um vitorioso e três derrotados. Derrotados o PSD, Fernando Nobre e Passos Coelho (para quem se queixou tanto da teimosia de Sócrates vai lá vai...). Vitorioso, Paulo Portas.
Paulo Portas mostrou a sua força e avisou Passos Coelho que o PP é o seguro de vida do governo e portanto, se Passos Coelho não tiver “juizinho” ficará a falar sozinho.

Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade