domingo, 12 de junho de 2011

Regressando às palavras. De tempos a tempos fico ausente deste espaço. Não porque não exista matéria, existe e até em demasia, mas porque se falamos num primeiro impulso vamos acabar por dizer um conjunto de coisas menos respeitosas.
Pois bem hoje é altura de falar das eleições. Uma semana é tempo suficiente para que a razão se sobreponha ao coração.
E sobre eleições não vale a pena escamotear: o Partido Socialista perdeu as eleições, mas não esteve sozinho. Foi acompanhado pelo BE.
Sócrates remeteu-se a militante de base e fez um excelente discurso (e atenção que o discurso da derrota é muito mais difícil).
Contrastando com esta atitude temos Louçã que apesar de ter tido uma derrota notória, se mantém agarrado ao poder como se de uma lapa se tratasse. Curiosamente, ele que gosta tanto de “pedir a cabeça” dos outros esqueceu-se de pedir a dele...
A direita consegue chegar ao poder com maioria, sendo que o PP não tem a vitória que tinha em mente. E por muito que Portas embandeire em arco, convém não esquecer que a confiança era tanta que ele afirmou-se como candidato a primeiro-ministro.
A CDU consegue aguentar-se e passar de novo para frente do BE.
O grande vencedor foi o PSD. Resta agora perceber, e perante um esquema governativo bem delimitado pela “troika”, como vai ser este PSD...
Depois existe um vasto conjunto de pequenos partidos.
Sobre estes, e com excepção do PAN que foi formado recentemente, importa referir que nunca vislumbrei qualquer actividade significativa fora da época eleitoral, mas...

Na passada sexta-feira foi Dia de Portugal. Parada militar, discursos, condecorações...  e tudo, e tudo, e tudo.
António Barreto fez o discurso de presidente da Comissão de Comemoração e foi um must. Portas acenava afirmativamente.
E lá veio aquela lenga-lenga dos políticos sacanas, que se fartam de pedir sacríficios a povo e não fazem eles esse mesmos sacríficos. É aquele discurso que facilmente recebe palmas. Bater nos políticos é sucesso garantido.
Curiosamente António Barreto e sem colocar em causa a sua capacidade científica, deve compreender que se hoje está à frente desta Comissão e de várias outras circunstâncias é porque um dia passou pelos corredores do poder e não haja a menor dúvida sobre isso. Quantos e quantos brilhantes académicos permanecem na “escuridão” só porque nunca tiveram 5 minutos de exposição no mundo do poder...
Já agora gostaria de saber quais são alterações que Barreto pretende introduzir na Constituição “anacrónica”.
O discurso de do Presidente da República foi outro must.
Agora o que é preciso é voltar à agricultura, mas se não estou em erro, foi no tempo em que o actual Presidente foi primeiro-ministro que muitos agricultores receberam para não produzir.
Foi também com Cavaco Silva como primeiro-ministro que a frota pesqueira levou um rombo grande, por isso quando hoje nos recomenda que nos voltemos para o mar, podemos fazê-lo, mas só se for com canas de pesca.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...