tornou-se moda pedir escusa de responsabilidades.
várias classes trabalhadoras, até aqui mais ligadas à saúde, entregaram nas suas ordens profissionais documentos assinados onde pedem escusa de responsabilidade.
agora, ao que consta, poderão ser os chefes dos guardas prisionais.
de que serve juridicamente um ato destes?
imaginemos um médico que pediu escusa de responsabilidade e que por um acaso fortuito lhe morre um paciente durante uma intervenção cirúrgica?
o que pode acontecer?
o médico diz que tinha pedido escusa de responsabilidade por uma qualquer razão plausível, mas o código profissional diz que ele tem de tratar a pessoa.
mas mais, poderá a família do doente dizer que o clínico, como tinha pedido escusa de responsabilidade, não efetuou tudo o que era possível?
falo num profissional de saúde, mas o mesmo se aplica a outras profissões.
o que prevalece? a lei de trabalho e o código deontológico da profissão ou a escusa de responsabilidade?
atravessamos realmente tempos paradigmáticos e preocupantes...

ainda na senda dos tempos paradigmáticos e preocupantes refiro aqui que já não são só os livros que vão ser alterados, também que as letras de "Kiss the Girl" e "Poor Unfortunate Souls", do filme "A Pequena Sereia", vão ser alteradas para incluir o consentimento e evitar ofender os espectadores mais sensíveis, segundo avança o compositor Alan Menken, em entrevista à revista Vanity Fair.
gostava de saber o que aconteceria se a Pocahontas deixasse de ser índia...
mas porquê esta gente não se dedica à caça dos gambozinos?

os bombeiros decidiram criar um comando nacional próprio, que irá funcionar em regime de voluntariado e terá atividades de "índole operacional".
diz o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, que esta é uma "estrutura reconhecida pelos bombeiros", mas que não está dependente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. embora não comente a forma como os bombeiros se organizam, fonte oficial diz que o Governo discorda desta decisão, "que não encontra cabimento na legislação nacional".
então estamos perante uma organização que não se integra no sistema de proteção civil vigente e à sua estrutura de comando, definidos pelo Estado...
assim sendo a quem obedecerão os bombeiros portugueses, ao seu comando nacional próprio ou ao comando de proteção civil definido pelo Estado