Este fim-de-semana ocorreu o congresso do PSD. Na génese desta convocação esteve o trabalho laborioso de Santana Lopes que pretendia colocar a política de novo no centro de actividade do partido.
Primeiro tenho de contestar a escolha do local. Com a Ericeira ali tão perto escolheram as paredes sombrias de um convento ao invés de uma praia de areias limpas e de sol doirado.
Mas de repente eis que o conclave que se destinava a discutir política, passa a ter um daqueles casos de politiquice de pé-de-chinelo: o congresso tem um ou dois dias?
Depois de estar resolvido esse imbróglio, entrou-se na normalidade.
Marcelo perdeu a última oportunidade, mesmo para ser candidato a PR, encerrou aqui a sua hipótese.
Mas desta reunião magna ressalta o seguinte: o partido está bipolarizado: Passos Coelho e Rangel.
Rangel tem a vantagem de ter vencido as europeias, mas tem um handicap muito grande, veio do CDS.
Passos Coelho tem a vantagem de ter estado afastado da política e não ter participado nos últimos desvarios do PSD, mas tem um handicap muito pesado, é uma criação de Ângelo Correia e este ainda tem mais handicaps.
Afinal o congresso resumiu-se à aprovação de uma regra deveras importante: alterar o artigo 2, sobre "normas sancionatórias", de forma a que quem violar a norma sobre lealdade ao programa e estatutos do partido, "especialmente quando a mesma se consubstanciar na oposição às directrizes do partido do período de sessenta dias anterior à realização de actos eleitorais nos quais o PSD se apresente ou apoie candidatura".
Para quem tanto critica a falta de liberdade de expressão que diz existir, estamos falados.
Não gosto do PEC. Estou farto de ser um dos que tem pago sempre as aventuras deste país.
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