E o inevitável lá aconteceu: a Irlanda recorreu à ajuda externa. Quase 100 mil milhões. Quanto nos vai caber em sorte na contribuição não sei, mas a solidariedade é assim mesmo e aí não levanto objecções. Preocupa-me mais o Banco Português de Negócios, sim porque ele já nos comeu mais (fala-se em dois mil e quinhentos milhões) do que emprestamos à Grécia, dentro do mesmo espírito de solidariedade). Já disse isto e volto a repetir: Madoff foi julgado e condenado num abrir e fechar de olhos por motivos idênticos, só que nos EUA.
Mas este texto não é sobre o BPN.
Voltando ao início, a Irlanda necessitou de ir pedir dinheiro porque o seu sistema bancário está falido e originou um défice de 32%.
Ironia ou não das coisas, estamos perante uma pescadinha de cauda nos beiços.
A banca que o Estado vai salvar, é a mesma que pede emprestado ao BCE a 1% e empresta ao Estado a 5 e a 6%. Mais, foi esta mesma banca que esteve na génese de todo este problema que atravessa diametralmente os Estados.
Podem dizer-me que é preciso salvar a banca para não permitir um descalabro ainda maior. Estou inteiramente de acordo.
Agora também penso ser esta a altura ideal para impor regras a um sector que perdeu à muito o sentido de ética e da decência.
No último post falei do tal pastor americano que "investiu" contra o Facebook porque ele fomenta o adultério.
Corre agora a informação que esse mesmo pastor é um devoto praticante de... swing. Tenham dó.
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