segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Combustíveis low-cost. De repente a GALP decidiu avançar para os combustíveis não aditivados (seja lá isso o que for) e montar uma bomba para distribuir esses combustíveis. Claro que toda esta movimentação nada tem a ver com o cliente. Tem somente a ver com o facto de os hipermercados já terem uma quota de 25% na venda de combustíveis.
Alguém se recorda da guerra entre a ANAREC (Associação Nacional de revendedores de Combustíveis) e a APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição)?
Dizia a ANAREC que os combustíveis de marca branca eram «um produto tecnologicamente desfasado dos tempos em que vivemos, a que acresce menor consumo, maior emissão de CO2, com elevados prejuízos para o ambiente e principalmente um maior custo de oficina».
Então e agora? Já não faz mal?
Mas se tudo isto já transmitia uma má imagem da GALP, pior fica quando se escutam as razões (vídeo aos 19:44 minutos) aduzidas para o menor custo destes combustíveis.
Dizem que não existem talões de desconto, cartões de fidelização, cartões de pontos, intervenção humana na ajuda ao abastecimento...
Mas isto será gozo? Será que temos cara de palhaços? Em quantas bombas da GALP existem pessoas para meterem combustível nos veículos?
Cartões de fidelização? Tomara a GALP que todos os portugueses que possuem veículo automóvel tivessem cartão de fidelização, era sinal que eram todos seus clientes.
Cartões de pontos?! Devemos ser uns autênticos imbecis, já que estamos à espera dos pontos da GALP para adquirirmos produtos. Será que pensam que não sabemos fazer compras, ou que não temos noção dos preços?
Deixo-vos só um exemplo: uma sanduicheira da Flama, modelo 496FL custa em pontos GALP 3.100.
Fazendo as contas, são precisos 3.100 litros de combustível. Escolha-se a 95 sem chumbo e teremos 3.100x1.394€ (GALP Oeiras Parque, hoje). Ou seja para termos direito à tal sanduicheira, gastámos 4.321,4€.
Para que conste, a tal sanduicheira na Worten custa 22,99€!!!!!!!!!!!!!
Mas toda esta problemática leva-nos a pensar numa outra coisa.
A petrolífera refere e é secundada pela Autoridade da Concorrência e pela própria ANAREC, que o preço elevado dos combustíveis se ficavam a dever ao preço do petróleo e da refinação (coisa que nunca percebi face ao que se extrai de um barril de petróleo).
Afinal é tudo falacioso, pelo menos no que respeita à GALP. O preço elevado é culpa dos cartões, talões.
Decência meus senhores, decência...

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