quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A montanha pariu um rato. Ultimamente tem sido tema de conversa o caso dos deputados faltosos, problema esse que se desencadeou na sexta-feira, quando um projecto de resolução do CDS-PP que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação dos professores poderia ter sido aprovado (sete deputados socialistas quebraram a disciplina de voto deixando o PS em minoria) mas o diploma acabou por ser chumbado devido às ausências de 35 deputados da oposição, dos quais 30 do PSD.
Claro que isto foi um escândalo.
Como é que o PSD resolveu a questão? Simples.
O líder do grupo parlamentar social-democrata, Paulo Rangel, anunciou esta quinta-feira que o PSD vai apresentar um projecto de lei para suspender a avaliação dos professores, como forma de reparar a «falha» nas votações de sexta-feira.
Mas será que pensam que somos parvos.
Paulo Rangel e o PSD não sabem o que andam a fazer. Realmente isto só acontece porque o PSD não tem líderes. É tão só um conjunto de pessoas onde cada um caminha para onde quer.
Então Paulo Rangel, os próprios deputados e Manuela Ferreira Leite acham que o problema foi a votação?
Se assim pensam, só me resta questionar por onde andavam estas cabecinhas quando foi distribuída a inteligência? Não estavam na fila certamente.
Estes senhores têm que perceber que o chafurdo desta questão está no facto de se terem baldado ao seu trabalho.
O nojento da questão foi terem assinado o livro de ponto e terem bazado, o que determina só por si um não cumprimento de um dever, mas um não cumprimento consciente.
Se os deputados querem um mandato em nome próprio, devem estar conscientes dos seus deveres e não exibir só os seus direitos.

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