A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) pela voz de Mário Nogueira disse ontem que "50 a 60 mil" dos docentes não vão entregar objectivos individuais, e salientou que outras lutas, que passam pelos tribunais, pelo regresso à greve e à rua, se avizinham.
Depois 120 mil professores terem desfilado pelas ruas de Lisboa, Mário Nogueira vê-se agora confrontado com 50 a 60, sendo que no final vamos ficar pelos 20 mil.
Nogueira começa a ver esfumar-se a mol humana que lhe garantia a subida a número um da CGTP e numa altura crítica para o PCP que se confronta com a aproximação de Carvalho da Silva ao Bloco de Esquerda.
Mas a questão é mais pertinente e tem agora outras cambiantes.
Por muito que Mário Nogueira ameace é inquestionável que a avaliação do desempenho dos professores está a implantar-se nas escolas.
E se no início aventei que 20 mil podem ser os resistentes, fi-lo sem tomar em consideração o trabalho de persuasão que irá verificar-se por parte dos conselhos directivos.
Agora importa salientar que a vitória política vai por inteiro para a ministra e restante equipa ministerial, para o Governo que apoiou sempre a sua ministra.
A outra vitória vai direitinha para as escolas, para os alunos, para os pais e para os professores que teimosamente e contra tudo e todos persistiram a olhar seriamente para os alunos e não se serviram deles nem os instrumentalizaram.
Pode ser que um dia se faça a história deste movimento e aí possamos, de forma independente, ver as razões que motivaram todo este barulho.
O PSD disse cobra e lagartos da sondagem da empresa Eurosondagem de Rui Oliveira e Costa, tendo mesmo utilizado palavras de Manuel Alegre para o fazer (por acaso ainda não ouvi Alegre a insurgir-se contra esse aproveitamento, mas se tivesse vindo da parte do PS teria caído o Carmo e a Trindade).
Então e agora a sondagem da Aximage.
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