No penúltimo post fiz um reparo à Igreja Católica. Um amigo que muito prezo fez questão de ter uma conversa aberta comigo no sentido de me demover daquela crítica.
Pois bem a minha resposta tem como base uma frase do senador americano Barry Goldwater, proferida em 1981, onde ele apoiava a tradição secular da fundação da república.
Dizia o referido senador que:
"Não existe posição em que as pessoas sejam tão inamovíveis como no que toca às suas crenças religiosas. Não há nenhum aliado mais poderoso a que se possa apelar numa discussão que não seja Jesus Cristo, ou Deus, ou Alá, ou o que se queira chamar a esse ser supremo. Mas como acontece com qualquer arma poderosa, a utilização do nome de Deus eu nome próprio deveria ser feita com moderação. As facções religiosas em crescimento por todo o país não estão a usar a sua influência religiosa com sabedoria, antes estão a tentar forçar os governantes a apoiarem as suas posições a 100 por cento. Se discordamos destes grupos religiosos em alguma questão moral concreta, eles queixam-se, fazendo ameaças de perda de dinheiro, de votos, ou de ambos. Estou sinceramente farto dos pregadores políticos que, de todos os lados me dizem que se eu, enquanto cidadão, pretender ser uma pessoa moral, então devo acreditar em A, B, C e D. Mas quem pensam eles que são? E donde presumem que falam, quando reivindicam o direito de me ditarem as suas crenças morais? E mais furioso fico enquanto legislador que tem de suportar as ameaças de todos os grupos religiosos que julgam que Deus lhes concedeu poder para controlarem o meu voto sempre que fazem a chamada no Senado. Hoje dirijo-lhes este aviso: vou enfrentá-los em toda a linha se, em nome do conservadorismo, tentarem ditar as suas convicções morais a todos os Americanos." Congressional Recorde, 16 de Setembro de 1981.
Talvez fosse conveniente que a Conferência Episcopal lesse e analisasse bem este texto. Se tal acontecesse certamente que os nossos ouvidos ficariam eternamente gratos-
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