domingo, 8 de março de 2009

Lá vai a companhia de bandeira. Já aqui referi várias vezes que é necessário de uma vez por todas definir o que queremos para a TAP (assim como para a CP): ou é uma companhia de bandeira e o Estado assume os lucros e os prejuízos, ou então de uma vez por todas vende-a a privados e acabou a comédia.
Numa altura de crise profunda, onde todas as companhias ou estão na falência total, ou estã a ser fechadas, ou simplesmente a ser fundidas.
Numa altura em que o número de passageiros e o volume de carga diminuiram drasticamente, numa altura em que o prejuízo ascende a 280 milhões, virem os pilotos e o pessoal de cabine ameaçar com uma greve para exigirem aumento de ordenado, não me parece coisa justa.
Espero que o Governo e a Administração não cedam e não depejem nem um cêntimo que seja do erário público para satisfacer a gula de uns quantos.
Pode ser que um dia deixe de haver aumentos, deixe de haver emprego, deixe mesmo de haver TAP. Pronto aí ficam todos satisfeitos...

Por falar em ameaça de greve. Os trabalhadores da EDP também ameaçam com greve caso a empresa não lhes dê aumento de 6%.
Os trabalhadores julgam ser este o patamar correcto já que a empresa apresentou em 2008 lucros ímpares e que o lucro não pode ser somente distribuído entre os accionistas e os administradores.
Partilho da mesma opinião, só julgo que falta uma parcela para a distribuição: os consumidores.
São eles a origem do tal lucro e convém não esquecer que estes consumidores pagam a energia mais cara da Europa.

Gostei do editorial de hoje do DN. Impõe-se a análise concreta e sem demagogias.

Viva a demagogia e a fuga para a frente. Ontem os professores formaram um cordão humano que contou com cerca de 10 mil pessoas. Muito longe dos 120 mil da primeira manifestação.
Mas o que importa para este comentário, é que os referidos professores caminharam até à Assembleia da República, onde foram recebidos por todos os partidos com assento na AR menos o PS.
Curiosamente o que ouvi por parte da oposição foi uma fuga para a frente, ou seja, disseram que acabam com a avaliação, mas não tiveram coragem de dizer que vão antes fazer desta ou daquela maneira e que tivessem paciência porque em Outubro caía o governo e a maioria e então depois já se resolvia.
Ou seja votem em nós que depois em Outubro a gente logo vê.
Impressionante quanta demagogia, quanta desonestidade política...

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...