sábado, 25 de abril de 2009

Hoje comemorou-se o 25 de Abril. Trinta e cinco anos depois devemos comemorar ainda com mais força o Abril de todos nós.
Daqueles que por ele morreram, daqueles que não chegaram a vivê-lo, daqueles que o fizeram, daqueles que o acompanharam minuto a minuto, daqueles que não o conhecendo já nasceram e continuarão a nascer na sua vigência.
Mas hoje e mais uma vez o 25 de Abril ficou manchado. O discurso de Paulo Rangel ficará para sempre nos anais de uma asneira qualquer...
Olhar para Paulo Rangel traz-me à memória de imediato as figuras políticas que fazem a nossa delícia nos romances de um Camilo, de um Eça ou de um Ramalho Ortigão.
Não sei se é pretenciosismo meu, mas aquela figura pequena e anafada com aqueles fatos às riscas, julgando-se com dotes de grande orador, faz-me lembrar o Calisto Elói de Silas Benevides de Barbuda que Camilo imortalizou na sua "A queda de um anjo".
Se quisermos ir mais longe olhem para a figura, deem-lhe um charuto e recordem Chicago dos anos 30.

Hoje apetece-me recordar que o CCB foi uma obra faraónica e que teve uma derrapagem de cerca 600%. É só para que conste.

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