quarta-feira, 22 de julho de 2009

Conselho de Ética? Mas que ética? Alguma vez o Conselho se aventurou em avançar com qualquer projecto, ou mesmo ideia que fosse, sobre o Testamento Vital? Claro que não. Imbuído de pensamentos alicerçados num catolicismo retrógrado e bacoco sempre serviram mais de entrave que propriamente de avanço para o que quer que fosse. Agora vêm, do alto do seu púlpito exclamar aos quatro ventos que apoiam a ideia, mas não a lei. Souberam tão só impregnar o seu parecer de adjectivos arrasadores (confuso, insuficiente, contraditório, incompreensível), mas não tiveram capacidade ou discernimento para dizerem: a vossa proposta não serve, eis a nossa. Preferem continuar na amálgama, num género de nem é carne nem é peixe e continua tudo como está. Parabéns, porque do alto da vossa cátedra ditaram que homens e mulheres deste país continuem impedidos de poderem optar livremente por serem ou não sujeitos a tratamentos absurdos que só lhe provocam o aumento de dor e, tantas vezes a incompreensão de uns quantos.

O caso do aluno do 8.º ano que com nove negativas transitou para o 9.º ano, ameaça tornar-se num caso nacional, com repercussões negativas quer para o aluno, quer para a família, quer para a Escola. Tem sido de bradar os comentários que se vão escrevendo nos muitos blogues que versam a temática da educação, ou tão só destilam veneno contra o ministério. Alguns, acrescente-se, de uma pesporrência tal, que deixam a quilómetros o Manifesto Anti-Dantas do Almada Negreiros. Só não dizem, morra o ministério, morra! Pim porque sabem que muitos deles, se não estivessem sobre a sua alçada, nada fariam… Eu não acredito que os professores que se sentaram naquele Conselho de Turma sejam perfeitos idiotas. Penso que ponderaram muito bem nos prós e nos contras da atitude que assumiram. Se me disserem que custa ver um caso destes, claro que custa. Mas também é um facto que houve sempre meninos e meninas neste país que só completaram os estudos porque os paizinhos eram os sr. e a sra. Fulana Tal e nada mais. Aos professores e políticos que decidiram usar este caso como arma de arremesso que metam a mão na consciência e respeitem os intervenientes.

Israel voltou a fazer orelhas moucas à comunidade internacional e continuou a implantar duas dezenas de casas em Jerusalém Oriental. Dizem que o objectivo é judaizar. O objectivo também pode acabar em ar mas não é judaizar, antes sim espezinhar. Depois digam que os Palestinianos são maus…

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