quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Fiquei hoje a saber que os enfermeiros estão em greve. Pelos números dados pelo sindicato, desconfio que nem os serviços mínimos estão assegurados.
Pelo que pude escutar o problema reside nos valores salariais, no extenso horário laboral e na questão das carreiras.
Eu percebo que toda a gente queira melhores salários, só não sei se é viável.
Percebo que queiram trabalhar menos, só que aqui não sei se é para descansar, se é para terem mais tempo para estarem nos outros empregos(clínicas particulares, companhias de seguros, hospitais particulares, casas de repouso, etc e etc.

Ontem lá foi entregue o Orçamento de Estado. Se é o que todos desejávamos, é evidente que não. Mas este é o orçamento que se impunha para os tempos que vivemos, para podermos continuar a manter os apoios à economia e os apoios sociais e ainda para mostrarmos ao exterior que desejamos inverter o caminho que trilhamos.

Gostava mesmo de entender, mas... O tribunal de Contas criou, para funcionar no seu âmbito, um Conselho de Prevenção da Corrupção.
Nesse sentido, este Conselho solicitou que lhe fosse remetido um plano anti-corrupção, plano esse que deveria ser feito até ao final de 2009 por todos os «órgãos dirigentes máximos das entidades gestoras de dinheiros, valores ou patrimónios públicos, seja qual for a sua natureza». O próprio Tribunal de Contas realizou um plano interno para Prevenção de Riscos de Corrupção.
Curiosamente a Procuradoria Geral da República achou que não estava integrada nesse conjunto de entidades, pelo que não remeteu plano nenhum.
Agora, e embora continue a pensar da mesma maneira decidiu elaborar o plano.
Nun caso deste e face a uma entidade como é a PGR, julgo que nem se põe em causa o envio, quer ele seja ou não obrigatório. O que está em causa é que se trata de uma entidade com especiais responsabilidades no combate à corrupção, assim sendo toda a união de esforços é pouca, talvez por isso estou com uma elevada dificuldade de entendimento face a estes jogos palacianos.
Todos juntos somos poucos, na luta pela derrota desse cancro social que é a corrupção.

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