A ditadura europeia. Ficámos ontem a saber que a União Europeia se prepara para descongelar as ajudas ao povo palestiniano, ajudas essas que estão congeladas desde que o Hamas saiu vencedor das eleições ocorridas na Palestina.
Esta actuação não mereceria o meu comentário se as propostas em estudo não tivessem um senão. Trata-se de que o estudo que está a ser feito tem por motivo fazer chegar a ajuda sem passar pelo governo. Ou seja a União Europeia pretende fomentar a guerra civil na Palestina, pretende que o povo que votou Hamas, farto da corrupção, farto de ser carne para canhão, se revolte contra quem votou.
É no mínimo curioso que a União assuma foros de ditador e pretenda derrubar um governo livremente eleito, aliás estas foram as primeiras eleições livres na Palestina.
Claro que tudo isto é para não desgostarem os seus amigos americanos e israelitas, mas mesmo assim não deixa de ser curioso.
Quantos governos por este mundo fora são tão ou mais terroristas que o Hamas? Qual a reacção da UE para com esses países?
A UE teve ou não teve observadores nas eleições na Palestina? Detectou fraudes? Viu os palestinianos a serem coagidos a votar no Hamas? Então porquê tudo isto?!
Afinal não estamos numa Europa unida, estamos si numa Europa subserviente.
Derrota. Os sindicatos dos professores conseguiram um facto inédito: inflingir uma derrota a si mesmos.
A manifestação teve cerca de sete a dez mil participantes, o que no universo do número de professores é manifestamente pouco.
Nunca se saberá efectivamente quantos fizeram greve (uns descontam o dia nas férias, outros metem artigo, outros atestado médico, etc., etc., tal como qualquer greve da função pública).
Se a isto adicionarmos o comentário proferido por uma mãe a um canal de televisão "a escola da minha filha faz ponte sexta-feira", então estamos devidamente esclarecidos.
Começo a questionar se o que está a mais neste processo todo não são não os sindicatos, mas estes dirigentes sindicais.
E já que cito os dirigentes sindicais deixo aqui uma achega: é esquisito o imbróglio em torno da candidatura de Avelãs na FENPROF, não é?
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