quarta-feira, 7 de junho de 2006

O deputado Manuel Alegre teima em não perceber que o seu resultado eleitoral como candidato à Presidência da República se ficou a dever não a si próprio, mas ao congregar de recusas face a Cavaco e a Soares. Relativamente ao primeiro foram votos de parte da direita, porquanto é sabido que existia uma parte do CDS/PP que nunca votaria Cavaco e que igualmente nuunca votaria Soares e muito menos Jerónimo ou Louçã. A estes votos teremos que adicionar outros provenientes de um sector do PSD que nunca engoliu Cavaco.
Já quanto ao segundo, e por vários anti-corpos, existe uma franja vasta que nunca votaria Soares e que fará sempre tudo para o derrotar, se a estes adicionarmos mais uns quantos que para além de nunca votarem Soares igualmente votam Cavaco, teremos o resultado obtido por Alegre.
Só que este resultado não tem pernas para andar, sendo que para tanto basta ver a dificuldade para a formação do MIC e a adesão que têm tido as suas reuniões (20 ou 30 pessoas) o que prova que os seus votantes estão enquistados em partidos e que não pretendem daí desvincular-se.
Isto tudo para dizer que quaisquer esperanças que Alegre possa ter tido em ser um D. Sebastião caiem por terra.
A ser assim perde toda e qualquer "autoridade" face ao sistema, até porque continua nele inserido. E se nele está inserido é porque o aceita e o apoia, sendo por isso caricato estar a atirar-se a ele. Faz-me lembrar as pessoas que batem na mão que lhes serve o prato.
Se tudo está mal só tem uma solução desvincula-se dos seus cargos e como cidadão livre e independente de quaisquer amarras clama aos quatro ventos os seus ideais.

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e ao fim de dezasseis dias Correio da Manhã 2 - Governo 0