quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cá, funciona ao contrário. É comum ouvir que a liberalização tem como finalidade beneficiar o consumidor.
Não coloco em dúvida as intenções do legislador, só não sei o que se passa em Portugal que a liberalização é sinónimo de aumento.
Foi assim com os combustíveis, foi assim com os medicamentos de venda livre, vai ser assim com a electricidade e o mais que surja no futuro.
No caso dos combustíveis já aqui falei e mais que uma vez, por isso não me vou repetir, agora o caso dos medicamentos é interessante.
Os laboratórios aproveitaram a questão dos medicamentos de venda livre e aumentaram-lhes o preço. O porquê não sei, mas que aumentaram, aumentaram.
Vejamos o exemplo do Thrombocide (sendo que há outros). Em 2005 o seu valor era de 1,6 euros e agora custa 2,4 euros, ou seja teve um aumento de 45%.
Se a este aumento juntarmos a margem de lucro do vendedor - a farmácia ou a loja, constatamos de imediato que a liberalização foi um negócio chorudo mas para os laboratórios e para quem vende.
E digo para quem vende porquanto antes da liberalização, as margens estavam fixadas - a farmácia só podia ter um lucro até 20%, mas hoje cada estabelecimento cobra o que entende.
Mas e ainda relativamente aos medicamentos, não podemos ficar só por aqui.
Curiosamente a Deco fez um estudo onde sobressai o Antigripine como o medicamento que mais encareceu (42%). Mas na referida tabela da farmácia, a subida por unidade de toma é de 8% à saída da fábrica. O que não explica os 42% de aumento encontrado - produto das margens do grossista e do estabelecimento de venda.
Face a tudo isto só nos resta pedir para que não liberalizem mais nada, caso contrário...

Hoje 9 de Agosto Nagasaki tal como Hiroxima a 6



Nagasaki antes e depois

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