sábado, 4 de agosto de 2007

No último comentário referi o que penso sobre o caso da não recondução da directora do Museu Nacional de Arte Antiga, sendo que recordei uma situação mais preversa e bastante mais onerosa para nós e julguei mesmo que a situação merecia ficar por ali.
Afinal enganei-me, pois ao que parece a matéria continua na ordem do dia e assume quase foros de escândalo nacional.
Fazem-se vigílias, agendam-se audições, transporta-se o tema para as primeiras páginas dos jornais e para a abertura dos noticiários e telejornais, clamam contra a estalinização (e eu a pensar que esta coisa de Estaline já tinha sido chão que deu uvas), etc., etc.
Mas afinal quando é que impera o bom senso?
Alguém é capaz de dizer que a não recondução é muito diferente de demissão?!
Era só o que faltava que agora o governo se visse impedido de reconduzir ou não elementos directivos.
Quanto à referida senhora apetece dizer que em matéria de vitimização já temos o Paulo Portas e chega.

Estava o meu espírito colocado em sossego quando deparei com a notícia que o número de assessores no novo executivo camarário de Lisboa vai ser reduzido em 62,4%. Significa isto que dos 178 assessores contratados pelo executivo liderado por Carmona Rodrigues, incluindo partidos de oposição, António Costa, impôs um número máximo de 67 assessores, contando já com os 17 vereadores. No imediato o meu espírito ficou em sobressalto.
Mais sobressaltado fiquei quando reparei que numa outra proposta, o autarca esclarece que a "remuneração anual dos assessores contratados tem como limite máximo o valor equivalente à remuneração anual de adjunto do gabinete de apoio pessoal", ou seja, 29400 líquidos (2450 euros por mês).
Apesar de sobressaltado delirei com o facto de e numa só penada a câmara vai gastar no máximo 1,9 milhões de euros anuais, ou seja, menos 1,1 milhões que Carmona Rodrigues - que dispendia três milhões/ano.
Mas claro que também pensei que era demasiada poupança numa só reunião, sendo que verifiquei que fora destas contas ficam os funcionários administrativos para todos os partidos, sendo que fui indagar sobre isto e verifiquei o seguinte:
- os vereadores com pelouros atribuídos têm direito a um máximo de cinco assessores;
- cada partido com pelouros terá atribuídos mais três assessores;
- aos vereadores sem pelouros serão atribuídos, no máximo, um assessor por vereador e quatro por partido ou agrupamento.
Significa isto que:
- o PS vai ter direito a cinco assessores por vereador, mais três para o grupo, mais sete funcionários administrativos;
- Helena Roseta e João Ramos têm direito a um assessor e um funcionário cada um e o movimento por onde concorreram pode contratar quatro acessores;
- Carmona, Gabriela Seara e Feist têm direito a um assessor, sendo que o movimento que patrocinou a sua candidatura será servido por mais quatro assessores e dois funcionários;
- Fernando Negrão terá direito a sete assessores (um para cada vereador, mais quatro para o partido) e cinco funcionários;
- na CDU são seis assessores (dois para os vereadores e quatro para o partido) e os respectivos funcionários;
- Sá Fernandes é o maior, oito assessores (cinco para ele pois tem pelouro e três para o BE) mais dois funcionários.
Desculpem lá qualquer coisinha, mas os assessores para os vereadores entendo, mas para os partidos e movimentos e mais sendo que os movimentos só existiram para as candidaturas, após as eleições, só estão no papel mais nada.
Nunca alinhei no miserabilismo, mas não sou a favor do novo riquismo, especialmente numa situação de falência pura e dura como é aquela que atravessa a autarquia lisboeta.

A sorte é que a estupidez não paga impostos... Tom Tancredo, congressista americano, republicano e conservador defendeu esta semana que a melhor forma de impedir ataques de extremistas muçulmanos aos EUA é ameaçar bombardear os mais importantes locais da fé islâmica.
Disse o referido personagem, perante uma audiência de trinta pessoas, que “mostraremos que um ataque terrorista à nossa nação vai ser seguido de um ataque aos locais sagrados de Meca e Medina”, sendo que “esta é a única coisa que me consigo lembrar para que se possa deter alguém de fazer o que de outra maneira fará”.
Claro que a inteligência é tão pouca que só podia lembrar-se de uma estupidez destas.

Para terminar é importante que não passem em claro os artigos de Bettencourt Resendes e de João Marcelino no DN e de Pacheco Pereira na Sábado e de Fernando Madrinha hoje no Expresso.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...