quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Eu bem gostava de me alhear de tudo e ir para férias, mas quê, Marques Mendes teima em ser meu carrasco e obriga-me a regressar às lides bloguistas, deixando de lado as férias.
O discurso do Pontal é tão mau que não pode passar em claro.
Primeiro, e que me desculpem os militantes social-democratas, acho perfeitamente a despropósito a intervenção de Marques Mendes.
Se o PSD queria fazer "reentré política" no Pontal e porque o partido atravessa uma momento de campanha interna em que Mendes é um dos intervenientes, deveria ter sido incumbido dos discursos Mendes Bota, líder do PSD/Algarve.
Assim, com esta atitude, Marques Mendes acabou por ter um comportamento ético pouco digno e de pouco respeito pelos outros candidatos.
E caso não bastasse o que anteriormente fica dito, Mendes avançou para caminhos pantanosos, onde em casa frase só se enterra.
Por exemplo, quando disse «Só há uma solução: unir esforços para derrotar este Governo e este primeiro-ministro em 2009. Para dar um novo rumo a Portugal. Para dar uma nova esperança aos portugueses. Não é preciso mudar os portugueses. O que é preciso é mudar o Governo de Portugal. Conto convosco. Não é o interesse partidário. É pelos jovens, pelos pais, pelas famílias», esqueceu-se de referir que foi também ministro durante três anos antes de Sócrates, três anos que representaram a desbunda nua e crua e o pior que se conhece em matéria de dirigir este país.
Por certo que Mendes não está a falar deste país quando refere que «[Sócrates] o maior cobrador de impostos do nosso País, é o primeiro-ministro que mais prometeu e menos cumpriu». Claro que é o maior cobrador de impostos, há que tapar a desbunda anterior, na qual ele participou.
Mendes referiu que o PSD vai lançar em Setembro a criação de um programa especial de redução das listas de espera nas doenças de cancro. Marques Mendes afirmou-se «chocado» que um doente oncológico chegue a esperar um ano por «uma consulta, tratamento ou operação».
Sobre estta matéria recomendo-vos uma leitura do Comunicado do Conselho de Ministros de 26 de Abril de 2002, sendo que nessa altura governava o país o XV Governo Constitucional.
Sobre a matéria estamos conversados.
Mais haveria a dizer, mas será suficiente dizer que afinal o discurso do Pontal, foi um pedido de socorro. A frase «Só há uma solução: unir esforços para derrotar este Governo e este primeiro-ministro em 2009» só tem uma leitura: acudam-me que eu não sou capaz de derrotar o homem sozinho.
É ridículo e confirma na íntegra a falta de capacidade para chegar algum dia a primeiro-ministro e já nem é preciso salientar que esta personagem foi à Madeira defender com unhas e dentes um indivíduo que já há muito devia estar erradiado da política portuguesa.

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