sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O DN de hoje agarra para a primeira página um assunto que se vai estender ainda por muito tempo: a questão das escutas.
Esta questão nasceu em Agosto através de uma fonte anónima da Casa Civil da Presidência.
O Primeiro Ministro desvalorizou e o Presidente nem comentou, a meu ver erradamente.
Isto é um caso demasiado grave para se seguir a comédia protagonizada por Cavaco Silva e a fatia de bolo rei.
Logo em Agosto o Presidente tinha de ter tomado uma atitude: ou demitia o seu assessor ou apresentava queixa do Primeiro Ministro e do Governo na Procuradoria e demitia o Governo.
Agora perante o que sai a público a questão entra em bola de neve e não se vislumbra a maneira como acabará.
O que eu sei é que Fernando Lima, que curiosamente já tinha sido apontado como a tal fonte anónima por Louçã na semana passada no debate, tem de ser posto a andar, isto se o pPresidente quiser salvar a face.
Sim porque o Presidente perde toda a credibilidade ao vir citado como sendo o mandante desta história. E talvez até não seja um grande exagero referir que o Presidente deixou de ter capacidade de exercer o mandato.
A última palavra vai para o "Público". O Provedor do jornal, Joaquim Vieira, já falou sobre o caso no domingo com um texto com o título "Subitamente neste verão".
O director do "Público" já veio dizer que foi a secreta que entrou nos computadores do jornal. Claro que pode dizer o que quiser, até pode dizer que prestou um mau serviço ao jornalismo.
E a ser verdade o teor do mail de Alvarez (e nada me demonstra o contrário) ficamos a saber que o PR só acredita no "Público" e desconfia de todos os outros e pior que isso ainda fez questão de empurrar este assunto para cima de Alberto João Jardim.
O carácter também se vê aqui.

Alguns textos relacionados:

Ainda a deontologia jornalística. O código deontológico dos jornalistas é algo de muito sério. Pode mesmo dizer-se que estamos perante a bíblia da profissão.
Vem isto a propósito de que o JN, um jornal respeitável, cometeu uma falha inadmissível.
Refiro-me como é evidente à capa da edição de 17 de Setembro de 2009, que mostra os corpos das raparigas dentro do carro após o acidente que lhes provocou a morte.






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