quinta-feira, 13 de abril de 2006

Concluam vocês. Desde ontem que um tema tem corrido de boca em boca por este país. Trata-se do Acórdão do Supremo tribunal de Justiça sobre um caso em que eram intervenientes crianças com deficiências mentais e uma senhora que era a encarregada do lar onde as mesmas crianças permaneciam.
Deixo-vos o link do acordão para que o possam ler e sobre ele ajuizar vocês próprios.
Quanto à minha opinião ela é crítica não só do acórdão mas igualmente de quem nomeou a referida senhora como encarregada do lar. Quer a uns, quer a outros recomendo algumas leituras, como por exemplo:
BECCHI, Egle. Retórica da infância, In: Revista Perspectiva. Florianópolis: Editora da UFSC, ano 12, nº22, 1994.
BELOTTI, Elena Gianini. As instituições escolares: a escola infantil, elementar e média, In: _______. Educar para a submissão: o descondicionamento da mulher. Rio de Janeiro: Vozes, 1979.
COMISSIONNE MINISTERIALE (C.M.).
As novas orientações para uma escola da infância, In: FARIA, Ana Lúcia Goulart de (org.). Cadernos Cedes. São Paulo: Papirus, nº37, 1995.
FABIETTI, Ugo.
Sulla comprensione della differenza culturale: il punto di vista dell’ antropologia, In: POLETTI, Fulvio (org.). L’Educazione Interculturale. Florença: Nova Itália, 1992 [tradução para fins didáticos por Carla Alfonsina D’Auria - UNICAMP/ mimeo].
FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Direito à infância: Mário de Andrade e os Parques Infantis para as crianças de família operária da cidade de São Paulo (1935-1938), Tese de Doutoramento. USP: Faculdade de Educação, 19936.
FRABBONI, Franco. A escola infantil entre a cultura da infância e a ciência pedagógica e didática, In: ZABALZA, Miguel (org.). Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
GALLARDINI, Anna Lia. Avaliação da qualidade no atendimento à infância - texto apresentado no IV Simpósio Latino Americano de atenção à criança de 0 a 6 anos/ II Simpósio Nacional de Educação Infantil. Brasília, 1996a.

PANCERA, Carlo. Semânticas de Infância, In: Revista Perspectiva. Florianópolis: Editora da UFSC, ano 12, nº22, 1994.
PASOLINI, Pier Paolo. Gennariello: a linguagem pedagógica das coisas, In: _______. Jovens infelizes – antologia de ensaios corsários. São Paulo: Brasiliense, 1990.
RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. São Paulo: Summus, 1982.

Se estes ainda não forem suficientes, podem sempre avançar para Piaget,
Vygotsky e tantos outros.

A gazeta dos deputados. Quarenta por cento da maioria socialista, 49 dos 121 deputados, e dois terços da bancada do PSD, 50 num total de 75, faltaram às votações de ontem à tarde no Parlamento, que não se realizaram por falta de quórum.
Para cúmulo da coisa pode constatar-se que assinaram o livro de presenças quase todos os deputados do PS, 114 em 121, a maioria dos social-democratas, 52 em 75, 10 dos 12 deputados comunistas, 9 dos 12 do CDS-PP, 7 dos 8 parlamentares do BE e os dois deputados de «Os Verdes», disse à agência Lusa o secretário da mesa. Contudo, no final da sessão estavam presentes apenas 66 socialistas, 21 deputados do PSD, 8 do PCP, 6 do CDS-PP, 7 do BE e dois de «Os Verdes», estando em missão parlamentar ao estrangeiro 6 socialistas, 4 social-democratas, dois deputados comunistas e um democrata-cristão.

Será que sou eu que estou doido? Passar demasiado tempo a ler jornais, a ver televisão ou a navegar na Internet são alguns dos «novos pecados» anunciados pela Igreja Católica, conforme noticiou a Agência Ecclesia. O anúncio de que estas actividades passaram a ser pecadoras foi feito na terça-feira passada no Vaticano pelo Cardeal James Francis Stafford, Penitenciário-Mor, ao presidir ao Rito da Reconciliação, celebração que era tradicional em Roma até ao Renascimento.
O delegado do Papa para esta cerimónia apresentou um longo elenco de perguntas para responder, em exame de consciência, antes de aproximar-se ao sacramento da penitência. Entre essas perguntas estava uma relativa ao uso do tempo, comparando o investimento nos media com o que se faz para «meditar e ler a Sagrada Escritura».

Sem comentários:

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade