O presidente do PSD, Luís Marques Mendes, defende, em entrevista publicada hoje na "Diário Económico" um programa de rescisões amigáveis na Função Pública como forma de reduzir o peso do Estado e diminuir a despesa pública. Para além das rescisões o líder social-democrata é também da opinião que deve flexibilizar-se a legislação laboral, nomeadamente no que diz respeito aos despedimentos e à mobilidade dos trabalhadores.
Na verdade ele tem razão, só penso é que se esqueceu de um pormenor, é que isto que ele agora defende deve começar por ser aplicado aos que entraram devido à cor do cartão e não pela sua maior ou menor capacidade de desempenho do cargo e o PSD, talvez mais que os outros, tem uma história profícua nesta matéria.
Se assim for o Estado irá poupar milhares, talvez milhões, de euros.
O discurso presidencial. Como não votei Cavaco, estava deveras curioso sobre o discurso que ele iria fazer nestas comemorações dos 32 anos de Abril.
Pois bem, o seu discurso desenquadrou-se do que estamos acostumados a escutar nesta comemoração.
Primeiro não trilhou os caminhos calcorreados por muitas das personalidades (e interesses) que o apoiaram, e em segundo não se tratou de um discurso movido pela agenda política e/ou mediática. Chamou à ribalta um tema de que não se estava à espera. Fez um discurso centrado no Portugal silencioso, remetido para as margens da exclusão social e da desertificação territorial, o Portugal que não tem defesas ou representação política e corporativa, o Portugal deixado ao abandono e "improdutivo", assente em critérios economicistas e tecnocráticos da competitividade e da rentabilidade e onde nós só existimos como números. É um discurso de "esquerda"? De solidariedade? De alerta? Não sei!
O que ei sei é que não foi um discurso voltado exclusivamente para a classe política. O que eu sei é que foi um discurso voltado para aqueles que queriam o 25 de Abril, que vibraram com o 25 de Abril, que precisavam e precisam do 25 de Abril e que nunca se "aproveitaram" do 25 de Abril, ou seja aqueles que estão do outro lado da parcimónia, o povo.
Se é uma casca de banana para escorregarmos, não sei! Se faz parte de alguma encenação, também não sei! Mas que foi um discurso importante disso não há dúvida.
quarta-feira, 26 de abril de 2006
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Importante, inesperado e reconfortante. Esperemos apenas que não esteja....."armadilhado".
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