segunda-feira, 3 de abril de 2006

Voltemos à PJ. Decorre hoje à tarde uma reunião importantíssima para o futuro da Polícia Judiciária. Na última nota falei do quanto nos afecta a nós, comuns mortais, o irregular funcionamento desta polícia, hoje quero falar das quezílias.
Todos já percebemos que os diferendos que se estabeleceram entre o Governo e a Direcção-Geral da PJ são insanáveis. O porquê destes diferendos nós não sabemos, mas que tudo isto é estranho é.
Primeiro. Quando Santos Cabral foi nomeado Director-Geral da PJ constituiu uma determinada equipa da sua confiança. Hoje quantos elementos permanecem? Quantos se incompatibilizaram com o homem que os tinha chamado para percorrerem juntos um determinado caminho? Talvez valesse a pena verificar este ponto.
Quanto ao ministro. Valha a verdade que retirar a Europol e a Interpol da alçada da Judiciária não faz o menor sentido é, aliás, uma ideia estapafúrdia cujo recuo só ficou bem ao Governo. Para além disso, desculpem e corrijam-me se estou errado, no gabinete ministerial existe alguém que conhece muito bem a PJ por dentro, julgo por isso que o ministro não está a actuar às cegas relativamente à Direcção. Acredito mesmo que esta provocação da Interpol e Europol teve como finalidade a demissão de Santos Cabral.
Como o Director não se demitiu é altura de Alberto Costa tomar a decisão e demitir o Director. Se a decisão é boa ou má o futuro nos dirá, o que não pode continuar é o prestígio e o trabalho de toda uma polícia ser prejudicado por esta guerrilha surda que existe entre os dois.
Ser ministro também implica coragem política, por isso actue-se.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Se a decisão é boa ou má.... o futuro o dirá". Tens razão, o futuro o dirá e não estou muito certo se é bom ou mau. Apenas uma certeza,....era necessario.

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade