sábado, 22 de julho de 2006

Uma das grandes conquistas adquiridas em Abril de 74 foi a liberdade de expressão.
A liberdade de expressão é um direito fundamental, mas não é absoluto, e não pode ser usado para justificar a violência, a difamação, a calúnia, a subversão, a obscenidade ou a falta de respeito.
Vem tudo isto a propósito da aposentação compulsiva dos dois elementos do sindicato da PSP.
Dois dirigentes do Sindicato Profissional da Polícia foram reformados compulsivamente, por terem proferido declarações que o Governo considerou infractoras da lei.
Os dois visados alegaram que o processo se encontra "cheio de ilegalidades, pois não houve acareações, não foram ouvidas testemunhas e não há actas". "É uma perseguição que o Governo faz ao movimento sindical da Polícia", sublinhou o presidente, desafiando o PS a não ficar calado sobre este assunto. Várias vezes foi dito tratar-se de um processo político. Por o SPP ter um bom relacionamento com o CDS-PP.
"São dois processos políticos, porque de disciplinares só têm o rótulo", referiu, por sua vez, António Cartaxo. "Nem no tempo do Salazar isto acontecia", adiantou António Ramos, antes de realçar que nunca um Executivo depois do 25 de Abril o tinha feito. "Nenhum Governo em 30 anos teve a coragem de ir tão longe".
António Ramos, 50 anos, 28 de serviço, em Lisboa, foi aposentado por causa das declarações na vigília na Praça do Comércio, em Setembro de 2005, contra o aumento da idade da reforma das forças de segurança e o fim do sistema de saúde para todos os familiares dos polícias. Nessa altura, este dirigente sindical criticou José Sócrates por ter criado na opinião pública a ideia de que os polícias tinham muitas regalias e disse que se "enviámos o anterior primeiro-ministro para Bruxelas, mais depressa enviamos este para o Quénia" - onde o primeiro-ministro passou as férias nesse Verão.
No que respeita a António Cartaxo, 43 anos, 20 de serviço, em Faro, o caso deve-se ao facto de ter dito sobre o responsável máximo da instituição, Mário Morgado "O director nacional não serve nem para mandar nos escuteiros quanto mais na PSP".
Como é fácil de constatar estas declarações não podem ser inseridas nas suas funções de sindicalistas, nem têm nada a ver com tal.
A liberdade de expressão e a expressão responsável são duas coisas distintas, sobre as quais não se legisla mas sim ensina e aprende e uma sociedade livre precisa das duas.

O Médio Oriente está de novo em guerra, se é que alguma vez deixou de estar. Mais uma vez o Estado de Israel, com o beneplácito de certos países ocidentais, nomeadamente e novamente a América, faz o que quer aos palestinianos.
E não digam que isto tudo se resume à aniquilação do Hezbollah. Isto nasceu após o Hamas ter vencido as primeiras eleições livres da Palestina.
Israel fez de tudo. "Sequestrou" os fundos (nisto contou com o apoio da Europa), deixou de transferir os impostos a que estava obrigado, bombardeou e ocupou o Parlamento Palestiniano, sequestrou ministros, enfim fez o que quiz e lhe apeteceu (como sempre). Agora avançou para o Líbano e destruiu o que tanto tinha custado a erigir.
Quando acabar a guerra lá vai de novo o Mundo contribuir para a reconstrução do Líbano, ou seja Israel destrói e nós pagamos.
Para além da parte material existe um factor primordial que se chama vida humana.
Se fosse outro país já tinha sido invadido pela América.
Já não sei quem é mais terrorista, se os membros do Hamas ou do Hezbollah, se os israelistas e os seus aliados

1 comentário:

Domingos Neto disse...

completamente de acordo com a sua opinião sobre Israel

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade