sábado, 5 de agosto de 2006

Arranjem uma pasta ao rapaz. Manuel Monteiro desde o dia em que Portas o cumprimentou e "apunhalou" em Coimbra nunca mais foi o mesmo.
E acreditem que ele fez de tudo.
Ele fundou um partido, o PND, ele concorre a todas as eleições (ainda havemos de vê-lo candidato à presidência do Clube de Futebol do Catrapiz de Baixo), mas nada. Não é eleito para coisa nenhuma. Propõe alterações à Constituição e ninguém lhe liga patavina, reúne com um partido da Galiza e nada.
Confesso que se estivesse no lugar dele (o que é de todo impossível) também me sentia mal.
Estava pois o rapaz a meditar profundamente quando escuta o seu inimigo figadal (Paulo Portas) dizer que não tirava férias da política.
Vai daí que telefona a Ribeiro e Castro (o tal que é líder a prazo) e diz que quer almoçar para combinar estratégias para enviar o outro (o Portas) de férias.
Claro que foi logo um burburinho dentro do CDS que é mais PP que CDS.
A "banda" (o nome foi-lhes dado pelo Ribeiro e Castro) saiu logo em defesa do seu regente e atacando o maestro. Ali o regente não é o maestro.
Voltando a Monteiro. Pois bem o rapaz, sentindo-se só e triste, achou por bem anunciar mais uma iniciativa (ou será um desejo?).
Disse ele: "É necessário que toda a Direita (CDS, PND e independentes) faça um congresso para avaliar, em primeiro lugar, pontos de comunhão em termos de pensamento e, num segundo momento, pensar numa plataforma eleitoral alargada se ela for possível".
O desejo de poder é uma coisa tramada e este é um caso perfeitamente visível de alguém que faz tudo por uma pastita.
Acreditem que se morasse perto dele já o tinha ajudado: tinha-lhe oferecido mesmo uma da Colgate.

A secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice teima em querer ser o bobo da corte, como se já não bastasse o chefe dela a desempenhar optimamente o papel.
Para quem não saiba, o bobo era uma figura que tentava fazer rir os reis, as rainhas e restante comitiva, sendo que nem sempre conseguia.
Pois bem a senhora Rice dirigiu, este sábado, uma mensagem de apoio à população cubana, garantindo a ajuda dos Estados Unidos na sua luta por um país livre e apelando para que não abandonem Cuba. E foi mesmo mais longe pediu a libertação dos presos políticos.
Sobre estta matéria ficou-me uma dúvida: a que presos se referia ela? Aos do regime de Fidel ou aos que estão na base de Guantanamo a ser alvo de todas as atrocidades por parte dos norte-americanos?
Por certo que esta senhora deve conhecer a história (e daí nem sei, as suas declarações sobre o Médio Oriente deixam-me desconfiado). E conhecendo a história saberá que foi o bloqueio absurdo que os EUA mantêm a Cuba a origem do caminho que Fidel Cstro decidiu trilhar.
Todos nós sabemos que a democracia cubana é um mito, mas se o país decidiu manter o seu alinhamento à esquerda ortodoxa foi porque os EUA assim o quiseram e obrigaram.
Desde quando é que um governante se dirige ao povo de uma outra nação livre e independente?
Robert Zemeckis realizou, em 1992, uma comédia com o nome de "Death Becomes Her" que entre nós recebeu o nome de "A Morte Fica-vos Tão Bem".
É evidente que não desejo a morte de ninguém, mas que um pouco mais de ética e de decência lhe ficava bem, disso não há a menor dúvida.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto da pasta Colgate...fica-lhe tão bem. Ahahaha. Na realidade, quem teve cargo politico, tem de ser mais comedido na forma como tenta voltar a ter importancia, a esse nivel. Mas reconheço, que deve começar a ser desesperante.
Quanto ao segundo artigo, gosto mesmo daquela parte em que se fala da libertação de presos politicos. SEM COMENTARIOS. Abraço

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