terça-feira, 29 de agosto de 2006

Expliquem-me de mansinho senão os meus chips não aguentam. Alguns bens essenciais como o açúcar, o arroz, o trigo e o café estão a sofrer aumentos significativos nos mercados internacionais, o que faz prever subidas nos preços de venda ao consumidor.
Vamos lá por partes.
Quanto ao açúcar e ao café, paciência, são culturas que estão para os nossos terrenos, como eu estou para a profissão de padre, ou seja de costas voltadas, embora que no caso da cana sacarina seja possível produção nos terrenos continentais, para além de existir igualmente a beterraba sacarina. Acresce a isto tudo que a Madeira é um produtor privilegiado de cana-de-açúcar, sendo que talvez seja tempo de os movimentos entre o continente e a ilha não se resumirem ao envio de verbas para satisfazer os dislates de Alberto João.
Já no que concerne ao trigo e ao arroz outro galo canta.
Vejamos: O trigo é uma mercadoria cujo preço está a subir, devido às más colheitas provocadas pelo mau tempo que tem assolado a Europa.
Mas é ou não verdade que o Alentejo possui capacidade de produção de trigo? Então porquê esta
problemática. Em vez de criarmos campos de golf e montes de luxo produzimos trigo. Cria-se riqueza, postos de trabalho e nem é preciso esperar pelos subsídios.
No arroz continuamos para bingo.
Os especialistas apontam para uma duplicação dos preços do arroz em dois anos, até 2008, devido à redução das áreas de produção na China, onde os arrozais têm vindo a ser substituídos por fábricas e estradas.
Mas para que raio é que eu hei-de estar dependente do arroz da China? Eu nem gosto de arroz chau-chau.
É engano meu ou a região do Baixo Mondego é uma zona de produção de arroz por excelência.
Assim nem o país cresce, nem a gente melhora.

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