sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Golpe palaciano. O presidente da Câmara Municipal de Setúbal foi demitido das suas funções, mas não foi demitido pelos munícipes que o elegeram, nem pela Assembleia, muito menos pelo IGAT ou até mesmo pela CDU coligação por onde concorreu. Pois é: foi demitido pelo PCP sem apelo nem agravo.
E, pessoalmente, não acredito que tenha sido resultado da auditoria da IGAT, que apontavam para a possibilidade de perda de mandato do presidente da Câmara de Setúbal e a dissolução do executivo camarário, que levou o PCP a afastar Carlos Sousa e isto porque desde Outubro de 2005, pelo menos, que se sabe que a Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) detectou graves irregularidades na autarquia.
Esta situação vem levantar uma questão de fundo: nas eleições, votamos em partidos ou nos cabeças-de-lista?
Para além desta questão ficamos já avisados que (se é que dúvidas havia!) os autarcas do PCP estão ao serviço do partido e não ao serviço das populações, que o partido interfere na gestão do município, sendo que esta interferência tem de ser analisada ao pormenor e deve ser do conhecimento público o que se está a passar com outros municípios CDU e de que forma esta a ser feita essa interferência.
Talvez Carlos Sousa, sem o desejar, tenha sido o coveiro do PCP/CDU nas eleições autárquicas.

Ao que parece António José Saraiva, ex-director do "Expresso" e director do "Sol" tem na forja uma nova edição (aumentada, melhorada, o que quiserem) de "Confissões de um director de jornal".
Se a primeira já é engraçada (é um livro a que facilmente recorro) estou a imaginar esta nova edição. Por certo que o Tio Balsemão não vai escapar, bem como as tricas que ocorreram com a saída de Sarraiva do "Expresso". Ao que consta nem a Maçonaria escapa.
Dizem também que a única coisa que escapa é a Opus Dei e é evidente que eu percebo, bastando olhar para um velho ditado "não se morde a mão que nos dá de comer" e que neste caso poderá ser atenção que o capital do "Sol" é do BCP.

1 comentário:

Anónimo disse...

vou gostar de ler. AH

não sei porquê (ou até sei) mas parece que é preciso ajudar Marcelo a terminar o mandato com dignidade