sexta-feira, 16 de setembro de 2005

a lista aumenta

Apareceu hoje um novo candidato à corrida a Belém. Trata-se do advogado de Carlos Silvino (o Bibi da Casa Pia), José Maria Martins.
O desejo de protagonismo tolda a mente das pessoas.
A propósito deste candidato, gostaria de saber como é que ficou o processo que decorria contra ele, movido por uma ex-estagiária sua.

e já que abordo este tema

Desde sempre tive para mim que a ocupação de cargos públicos, quer de eleição quer de nomeação, não se compadecem com situações menos claras com a justiça.
Quero com isto dizer que é minha convicção que ninguém deve ocupar cargos públicos se o seu nome fizer parte, mesmo como suspeito que seja, de algum processo, ou mesmo faça parte de algum rol elaborado pelas forças de segurança ou pelo Ministério Público.
Bem sei que todos são inocentes até o processo transitar em julgado e tiver havido decisão judicial condenatória, mas também sei que à mulher de César não basta ser séria... como diz o ditado.
Como é que é possível que se apresentem como candidatos às eleições autárquicas pessoas que fazem parte de listas elaboradas pela PJ. Estou a lembrar-me de Valentim Loureiro em Gondomar, Ferreira Torres em Amarante, Isaltino em Oeiras, Isabel Damasceno em Leiria, Raposo na Amadora, o candidato da CDU à mesma Amadora. Estes os mais sonantes, porque deverá haver mais.
É o descredibilizar total da função.
Vou até mais longe. Por uma questão de ética, todo aquele cujo nome fosse nomeado em processos deveria, de imediato suspender as suas funções até que tudo estivesse esclarecido.
É claro que a moral e a ética não se vendem nas esquinas. É algo que se aprende e se cultiva ao longo da vida.
Ainda a propósito de eleições autárquicas devo dizer que me faz muita confusão aquelas personagens que suspendem os mandatos para se candidatarem a deputados e que depois, sendo eleitos, suspendem os mandatos para voltarem às Câmaras. Isto é porquê? Será que é para no caso de perderem o seu lugar de autarca poderem regressar ao "tacho" como deputados?
E os deputados que se candidatam às autárquicas é porquê?
Dá ideia que a vida política só gira em torno de uns quantos e que todos os outros que estejam fora desse círculo são perfeitos "mastronços" indignos e incapazes.
Estou convicto que por este país fora existe muito boa gente com tanta ou talvez mais capacidade para gerir uma autarquia mesmo sem possuirem canudos ou outros graus que tais.
Talvez seja por isto mesmo que se verifica a falência dos sistemas políticos e o descrédito dos seus apaniguados.

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