quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Qual independentes, qual quê!

Em todos os actos eleitorais - excepção feita áquele que elege o Presidente da República - somos confrontados com alguns elementos que, embora inseridos em listas partidárias, se auto-intitulam independentes.
Eu, cada vez que encontro uma situação dessas começo a rir. E porquê?
É fácil de explicar. Como é que alguém se auto-intitula independente e vai inserido numa lista partidária? O programa eleitoral que é apresentado é da responsabilidade do independentista ou foi elaborado pela concelhia partidária? Os elementos que com ele integram a lista foram designados por si, ou são imposição dos aparelhos partidários? E caso vençam, o que é que prevalece? Claro que é a vontade do partido.
Independentes são, por exemplo, Isaltino, Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro (embora não aceite a candidatura mor motivos expressos anteriormente). Os outros são meras figuras de retórica, autênticos paus-mandados, que por razões muito concretas emprestam a cara. Aliás eles não são independentes, são mas é subservientes.
Vem tudo isto a propósito do cabeça de lista à autarquia de Santarém pelo PSD. Trata-se, nada mais nada menos de Moita Flores, o criminalista, argumentista, colonista e, agora, também "independentista". Depois de o ver a falar numa reportagem no telejornal da SIC, percebi que ele protagoniza o maior erro de casting que alguma vez vislumbrei e é pena que tal aconteça.
Advogo mesmo que as listas em que tal se verifique sejam verdadeiramente penalizadas nas urnas, porquanto elas representam uma verdadeira fraude.

E por falar em campanhas eleitorais

Sobre esta mesma matéria, gostaria de deixar aqui exposto o seguinte: depois das eleições cada partido deveria ser obrigado a remover o seu material de campanha. E quando digo material, refiro-me a todo, incluindo os cartazes colados nas paredes.

Pouco dignificante

O último "Prós e Contras" da RTP1, brindou-nos com um espectáculo pouco dignificante. Com a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos, e do presidente da Associação Nacional de Farmácias, João Cordeiro, discutiu-se a política do medicamento, nem sempre de forma elevada, acrescente-se.
Quem assistiu ao debate só pelo debate, sem estar imbuído de sentimentos por este ou aquele lado, pode constatar que a ANF representa o mais poderoso lobby nacional. Ao pé dela, os médicos, os advogados e algumas outras classes são verdadeiros aprendizes de feiticeiro. Para além disso pode perceber-se que o grande problema da ANF foi a liberalização dos locais de venda dos medicamentos, ou seja atacaram-lhe o monopólio.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...