quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Mas é só por isto

A contestação às medidas governamentais feitas pelas Forças Armadas tem subido de tom quer pelos próprios, quer por interpostas pessoas.
O que se segue é um resumo dessas medidas publicadas no DN de hoje:
"Saúde
A saúde continua a ser inteiramente gratuita para os militares - tal decorre do estatuto da condição militar -, mas termina o tradicional conceito de "família militar" que abrangia nesta regalia os cônjuges (actuais e ex) e os filhos. As famílias dos militares passam agora a ter de pagar a taxa moderadora, quer seja para as consultas quer para os internamentos. Em relação aos medicamentos, continuam a existir os descontos nas farmácias militares.A ideia do Governo é a fusão dos três subsistemas de saúde dos três ramos das Forças Armadas no regime geral da ADSE.
Reformas
Aqui mantém-se a idade-limite dos 65 anos em que um militar pode estar no activo e a partir da qual é forçado a reformar-se. Até agora, no entanto, os militares, mediante os cinco anos de reserva (que se mantêm e durante os quais um militar pode ter uma actividade privada) e um conjunto de bonificações, podiam em muitos casos começar a receber a sua reforma, caso o requeressem, quando ainda estavam nos 50 anos. A nova lei impõe que, em qualquer caso, um militar tenha de ter 60 anos completados para poder ter direito, requerendo-a, à reforma - não precisando de ter os 36 anos de efectividade no serviço para ter acesso. Os militares mantêm o direito aos 15 por cento de bonificação de tempo para a contagem de tempo de serviço para a passagem à reserva e à reforma. E o tempo de formação académica (quatro ou cinco anos) é contado como tempo efectivo para efeitos da passagem à reserva e à reforma.
Suplementos
Continua a existir um conjunto de subsídios e suplementos para os militares, como os subsídios de condição militar (30 euros mais 15 por cento do vencimento), o suplemento de residência (para quem está deslocado) ou o suplemento de desgaste ou exigência especial (contabilizado em tempo para a reforma e percentagem sobre o vencimento-base). No caso, por exemplo, dos pilotos, esse valor é 40 por cento de bonificação do tempo e 66 por cento do vencimento-base de capitão.
Carreiras
O grupo para a reestruturação das carreiras militares, com responsáveis dos três ramos das Forças Armadas e que funciona na dependência do secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar, Lobo Antunes, tem até 30 de Novembro para apresentar propostas para a reestruturação das carreiras dos militares, com o objectivo de corrigir assimetrias e distorções nas carreiras e sistema retributivo."

Não acredito que seja só isto que está em causa. Mas se for só isto, é muito barulho por nada.
Para complementar sugiro a leitura do editorial do mesmo DN em http://dn.sapo.pt/2005/09/21/editorial/a_luta_perdida_militares.html.

Simon Wiesenthal

O austríaco Simon Wiesenthal, também conhecido como o “caçador de nazis”, faleceu em Viena, aos 96 anos. Wiesenthal tornou-se conhecido por ter levado perante a justiça mais de mil criminosos de guerra nazis.
Wiesenthal nasceu a 31 de Dezembro de 1908 em Buczacz, no então Império Austro-Húngaro, e formou-se em arquitectura na Universidade de Praga. Detido pelos nazis após a invasão da Ucrânia, passou quatro anos e meio em vários campos de concentração, incluindo Buchenwald e Mauthausen, de onde foi libertado pelas tropas americanas em 1945. Pesava menos de 50 quilos, mas tinha guardados na memória os nomes de 91 soldados e comandantes nazis responsáveis pelas atrocidades que testemunhou. A seguir à guerra, trabalhou no gabinete aliado que investigou os crimes de guerra nazis e fundou o primeiro Centro de Documentação Judaica em 1947. Foi responsável pela prisão de mais de 1100 criminosos nazis, mas a sua maior frustração foi não ter conseguido capturar o ‘Anjo da Morte’, Josef Mengele, que morreu no Brasil.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...