quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Não podia passar em claro. É uma situação tão caricata que merece ser aqui transcrita, não por piada, mas porque deve ser analisada por cada um de nós.
Aqui vai:

"PSP interveio para "matar a sede"
Se em tempos as manifestações estudantis eram marcadas por confrontos com as autoridades, ontem a polícia interveio no protesto dos alunos do Secundário em Lisboa, mas apenas para garantir que a pastelaria da zona vendia cerveja aos estudantes.
O protesto frente ao Ministério da Educação (ME) contra as aulas de substituição foi vigiada de perto por duas dezenas de agentes da PSP e duas carrinhas do corpo de intervenção, que se limitaram a assistir à iniciativa.
Sem quaisquer confrontos, nada haveria a registar da actuação das autoridades se um grupo de cinco alunos não tivesse recorrido aos agentes para fazer cumprir a lei numa pastelaria próxima do ME, que se recusou a vender-lhes cerveja, apesar de terem mais de 16 anos.
"Viemos falar com os agentes das autoridades porque sabemos que é ilegal recusarem-se a vender-nos imperiais. Já temos idade e não estamos embriagados. Temos direito a beber", explicou à agência Lusa André Mendonça, de 17 anos.
Perante a queixa, a Polícia aconselhou os estudantes a regressarem ao café e apresentarem os respectivos bilhetes de identidade para comprovar que a sua idade os habilitava legalmente a beber, mas o argumento não foi suficiente para convencer o empregado da pastelaria.
Para resolver a situação, um agente da PSP teve mesmo de dirigir-se ao estabelecimento, explicando ao dono que, de acordo com a lei, nada impedia os estudantes de "matar a sede" com uma cerveja." JN de hoje

Comentários? Para quê


No mínimo é estranho. Manuel Alegre foi ontem o orador na sessão de lançamento do livro D. Duarte e a Democracia - Uma Biografia Portuguesa, de Mendo Castro Henriques.
Mais estranho se torna se tomarmos atenção à troca de elogios entre aquele que há dez meses se quis sentar no Palácio de Belém e o herdeiro do trono português. "Manuel Alegre é uma pessoa que muito admiro pela defesa intransigente dos valores da portugalidade", declarou D. Duarte aos jornalistas mesmo antes de entrar no anfiteatro. Já na sala, Alegre considerou que "a Pátria está acima da República ou da Monarquia". Recordou o avô materno, carbonário, e o paterno, que "costumava atirar aos pombos com D. Carlos". Elogiou as "causas" do duque, defensor dos "grandes temas da cidadania moderna e de um renovado conceito de patriotismo". E disse ainda "Eu, que sou republicano, partilho muitos dos valores defendidos por D. Duarte." Porque é necessário "erguer Portugal acima dos interesses financeiros obscuros, contra o conformismo e o poder do dinheiro."
Alegre ouviu muitos "muito bem" e recebe da plateia de monárquicos a maior ovação da noite.
E foi este candidato que na campanha se arrogou no direito de trazer para a praça pública nomes como Fernando Vale e Miguel Torga. Tenha lá pacência e decência...

A terminar gostaria de dizer que espero que Carmona Rodrigues tenha na sua conta pessoal um valor superior a 60 milhões de euros para indemnizar a Lismarvila. Sim que a culpa do empreendimento avançar é dele e só dele, pelo que será lógico que seja ele a pagar do seu bolso a asneira. Esperemos pelos novos capítulos da novela.

Sem comentários:

a isto chama-se comprar votos e ter a felicidade de imprimir papel moeda sempre que é necessário. sabia-se que a carreira de Fernando Araúj...