Em 2004 (não foi há tanto tempo assim) o agora Papa declarou que a Turquia era, em matéria de religiosidade, a face de um outro continente, pelo que a sua integração na união Europeia era para esquecer porquanto não fazia o menor sentido.
Agora, e numa reviravolta de 360.º Bento XVI vai à Turquia apoiar a integração deste país na União Europeia.
Já se sabia que a incoerência era uma das fortes prerrogativas de Bento XVI, só não se sabia que era tão forte assim.
Tudo isto é interessante de analisar, e é-o não só o que anteriormente fica dito, mas também o facto de este Papa defender a inclusão de referências à herança judaico-cristã na Constituição Europeia (embora não entenda porquê, mas isso são outros quinhentos).
Se assim é como é que defende agora a inclusão de um país de maioria muçulmana?
Os rapazes estão mesmo aborrecidos. "Se o senhor Presidente da República tiver dúvidas sobre o que pensam os madeirenses e porto-santenses sobre esta lei, há uma solução prevista na Constituição, que é a dissolução dos órgãos de governo próprio e consequentes eleições regionais antecipadas".
Estas são as palavras do vice-presidente do PSD-Madeira, José António Couto Pita a propósito da nova Lei de Finanças das Regiões Autónomas.
Como até aqui a coisa tem sido à grande e à francesa Alberto João e Jaime Ramos só se têm entretido a chamar nomes a jornalistas e aos políticos do continente. Agora como a coisa começou a apertar já vêm os de segunda linha pedir eleições, já que a bandeira independentista não serviu.
A isto chama-se desespero.
E por falar em aborrecidos. Os autarcas do Grande Porto estão indignados com o Tribunal de Contas devido ao relatório por este publicado sobre a empresa Metro do Porto.
Claro que eu percebo a indignação e tudo o mais, o que eu não percebo é:
Valentim Loureiro - vencimento base: 3250€; prémios de gestão e viatura: não tem; plafond de cartão de crédito anual: 14936.94€
Manuel de Oliveira Marques, presidente da comissão executiva - vencimento base: 10723€; prémio de gestão: 95947€; viatura: 50877,39€; cartão de crédito: 14936,94
José M. D. Vieira, vogal da comissão executiva - vb: 9748€; pg: 87225; viat.: 53456,89€; cartão c.: 14936,94€
Alberto A. Pereira, vogal da comissão executiva até 09/03/04 - vb: 9748€; pg: 87225€; viatura: 51903,02; cartão c.: 14936,94
Juvenal Silva Peneda, vogal da com. executiva após 10/03/04 - vb: 9748€; pg e viatura: não; cartão c. 14936,94€
Rui Rio - só vencimento base de 3250€
Mário de Almeida - só vencimento base de 3250€, porque abdicou do cartão de crédito
Narciso Miranda - vencimento base: 3250€ e cartão de crédito: 14936,94€.
(saliente-se que estes são dados dos serviços do MP e que Valentim Loureiro, Rui Rio, Mário de Almeida e Narciso Miranda, são administradores não executivos),
contrastando com o facto de nos quadros contabilísticos elaborados pelos peritos do TC se ter verificado, de 2002 a 2004, um aumento de 81,8% do passivo da empresa, que, em 2002, se situava nos 675 milhões de euros e, dois anos depois, nos 1,2 mil milhões de euros.
Ora, e apesar dos resultados negativos, a empresa foi premiando os seus administradores, possivelmente pelo excelente desempenho na subida do passivo.
Possivelmente não estamos perante uma situação virgem e nem única, mas seja de que forma for é urgente colocar um fim a casos destes.
Menos desperdício, maior riqueza.
E a terminar, vejam aos pontos que isto chegou
Vejam o custo total e a comparticipação. A diferença vai para onde?
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