Seria incorrecto que eu, que falei do livro de Santana Lopes antes dele aparecer e até com algum cepticismo, não viesse agora tecer alguns comentários à obra.
Começo por afirmar que é um livro que vive muito do diz que disse, da teoria conspirativa e nada mais. Mas existem dois pontos que resultam da associação do livro com a entrevista na RTP.
Primeiro: ficamos a saber pelo livro que Durão Barroso já estava a preparar o seu caminho até à Comissão Europeia e andava a apoiar publicamente António Vitorino, convenhamos que estamos perante um gesto pouco edificante.
Segundo: ficámos a saber que o primeiro-ministro Santana Lopes e o ministro Rui Gomes da Silva mentiram descaradamente a propósito das observações feitas às crónicas de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. Santana Lopes disse na altura que nada tinha a ver com as declarações do seu ministro e o ministro disse que a intervenção era da sua autoria. Ficou agora provado que não foi assim e, portanto os dois mentiram.
Esta é a análise que se me apraz fazer sobre a obra e o seu autor e fica resolvida para sempre a questão.
Disse aqui na quarta-feira passada da minha inquetação e revolta por saber que as duas órfãs do acidente dos Olivais estavam separadas, indo desta forma contra tudo o que é pedagogicamente desejável em situações destas.
Pois bem, hoje posso aqui afirmar que as duas já se encontram juntas.
O interesse das crianças falou mais alto que tudo o resto e ainda bem.
Começo a ter pena de Marques Mendes. Está a ficar um líder acossado por todos os lados.
A coligação da Câmara de Lisboa foi à vida, Cavaco apoiou Sócrates na íntegra, a concelhia do PSD Porto anda em luta aberta e Menezes não lhe qualquer espaço livre. A vida está difícil.
Na última crónica falei do 12.º ano, hoje vou falar-vos da entrada para o ensino superior.
Até há pouco tempo uma das formas de entrar era através dos exames ad-hoc que consistiam na realização de uma prova de cultura geral a nível nacional e depois de duas provas específicas que mudariam conforme o curso que se desejasse. Este exame era destinado a quem tivesse mais de 25 anos e não tivesse o 12.º.
Hoje terminou o ad-hoc e passamos a ter um exame da responsabilidade da instituição a que se candidatam e idade superior a 23 anos.
Perante isto desafio as instituições a tornarem públicas essas mesmas provas.
Também isto premeia o facilitismo e é perfeitamente injusto para aqueles que se esforçaram para completar todas as etapas até à entrada para o ensino superior.
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