terça-feira, 10 de junho de 2008

Com verruga e seria o emplastro-mor. Pois é verdade, a Paulo Portas só falta mesmo a verruga para ser um autêntico emplastro, já que queda para os meios de comunicação social tem ele.
Vem isto a propósito de mais uma "cantilena" proferida por Portas durante a sua visita à Feira Agrícola de Santarém.
Defendeu a existência de um "compromisso" que ultrapasse a crise que se vive no sector dos transportes, que considerou "demasiado nuclear no funcionamento da economia" para "haver braços de ferro". Disse que "o que está acontecer é a revolta da economia". Embora seja "pelo cumprimento da legalidade"afirmou que "mais que a forma" do protesto dos transportadores é preciso ver a "essência", frisando que os transportes, a agricultura, as pescas e uma parte da indústria onde os combustíveis têm um peso elevado nos custos "estão a passar um momento difícil". Aproveitou para criticar o executivo socialista por não ter percebido que as pequenas e médias empresas "são a vértebra essencial da economia" portuguesa e "estão sufocadas por impostos, juros, carga fiscal e agora pela alta dos preços dos combustíveis", para além de que para ele a situação da economia portuguesa "está a aproximar-se do pior de dois mundos", ou seja, "há inflação mas não há crescimento, os preços sobem mas a economia não cria riqueza".
Mas e embalado pelo contacto com o mundo rural, zurziu no governo acusando-o de não priorizar o mundo rural e os sectores produtivos, criticando o primeiro-ministro por, em três anos, nunca ter proferido um discurso no Parlamento sobre Agricultura e Pescas e foi mais além salientando que "venho [à Feira de Santarém] todos os anos, é meu dever, é um grande certame agrícola, o que o país produz, exporta, vende, a riqueza que cria na lavoura, está aqui. O primeiro-ministro, em três anos não veio uma só vez" e rematou "isto diz alguma coisa sobre a ausência de prioridade do mundo rural e dos sectores produtivos para este Governo. Cada um tire as lições que entender".
Isto foi o essencial das declarações.
Não é preciso ser especialista em Psicologia para concluir que Portas é um demagogo profissional.
Vejamos, quem ouvir este senhor há-de pensar que quando foi número dois no governo de coligação PSD/CDS-PP as suas preocupação foram a agricultura, as pequenas e médias empresas e as pescas. Que reformas fez para estes sectores? Nada, nothing, niente, rien, nichts, ...
Não o vi concretizar quaisquer medidas para o tal compromisso e para a crise resultante da subida dos combustíveis que afectam todos desde os trabalhadores aos empresários...
Para terminar importa salientar que é curioso que nas SCUTS defenda o princípio do "utilizador-pagador", no caso dos empresários já importa que devem ser "apoiados" por todos os contribuintes...

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