quarta-feira, 25 de junho de 2008

Parece que o novo Código do Trabalho já foi aprovado pelos parceiros sociais. Ficou de fora a CGTP, o que não é novidade para ninguém, sendo que ficou de fora por "ordem" do PC como é habitual, mas isso "são outros quinhentos".
O que motiva este meu post é a posição da CAP.
Como as palavras do ministro da Agricultura foram injuriosas, a CAP estava fora da Consertação Social.
Não sei o que sucedeu, mas ela regressou a Consertação.
Mas vamos lá ver uma coisa, foi assim tão grave o que o ministro disse. Tirando a questão dos radicalismos (eu substituiria a palavra por "alinhamento") ele não falou verdade?
Qual é o sector que nós mais ouvimos a solicitar subsídios? É o sector agrícola.
Ele são os combustíveis, ele é o sol, ele é a chuva, ele é o granizo, ...
Com tanto subsídio deveríamos possuir uma agricultura de estalo, só que nem de "estalada".
Não conseguimos ser auto-suficientes nem nos produtos hortícolas, nem nas frutas, nem nos lacticínios.
Afinal para onde vão os subsídios? Se não servem para reforçar e melhorar as condições por forma a que possamos produzir sempre mais e melhor, servem para quê?
Para deixar os terrenos em pousio? Para ir brincando aos agricultores?
Alguma vez os agricultores, ou as associações que os representam indagaram os consumidores sobre os seus desejos em espécies agrícolas? Desde quando é que se ligaram às universidades, institutos, escolas, seja lá o que for, na procura de novas espécies, ou mesmo de uma qualquer inovação?
Dificilmente se encontrará um país onde a relação subsídios/produção seja tão deficitária.
Quem é que não se lembra do tempo das "vacas gordas" que pairou sobre a agricultura portuguesa. Ele era dinheiro para arrancar oliveiras, videiras, ele era dinheiro para plantar vinha, olival. Tempos em que 1hectare de terreno dava direito a ter combustível agrícola que chegava para lavrar o terreno ocupado por dois aeroportos e ainda sobrava para os mercedes, jipes e afins.
Foram tempos que só serviram para estragar fundos, sem que nada se fizesse.
Claro que hoje pagamos as asneiras desses e doutros tempos. Daqueles tempos em que se entraram por herdades dentro se formaram cooperativas que mais não serviram do que para implementar correntes políticas e desbaratar o que nesses campos existia. E aqui não culpo os agricultores. Culpo os que os incentivaram prometendo o paraíso e não foram capazes de lhe dar senão o inferno.
Esta é a nossa agricultura.
Culpado de tudo isto? Já morreu e não deixou descendência...

Só para que conste, continuo à espera que Manuela Ferreira Leite anuncie qual ou quais as obras públicas que devem ser anuladas e qual é a forma que as verbas a elas afectas vão ajudar no desenvolvimento social.

E para terminar gostaria de salientar que quando Menezes ganhou o PSD e Santana passou a líder da bancada e houve alteração de nomes, ouvi-se imediatamente a acusação de saneamento político e etc e tal.
Paulo Rangel, futuro líder da bancada social-democrata está a preparar uma limpeza dos santanistas.
Mudam-se os tempos, mas não os métodos.

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