Olha que interessante. O PCP agendou para hoje um debate de urgência que visa confrontar o Governo com o que designam por "denunciar a política de estrangulamento" que recai sobre o ensino superior. O deputado Miguel Tiago vai mesmo mais longe e acusa o Governo de "chantagear" as universidades e as empurrar para o privado.
Não digo que as universidades não estejam a passar por um mau momento, algumas unicamente por sua culpa, mas aconselho vivamente ao PCP e ao seu deputado Manuel Tiago a ler já não digo o relatório do Tribunal de Contas, mas tão só o artigo do SOL e por certo que deixarão de ter tanta urgência.
A greve das empresas de camionagem. Persiste o lock-out. Por quanto tempo não sei. O que eu sei é que também vou fazer bloqueio:
- para que os juros dos empréstimos à habitação baixem;
- para que os bens de primeira necessidade baixem de preço;
- para que o preço dos combustíveis baixe;
- para que venha bom tempo para ir para a praia;
...;
...
Como é evidente cada português terá mais de cinquenta razões para fazer greve, bloqueio, birra, o que quiserem.
Vamos agora à parte séria da questão.
Aquilo que é uma luta, quer se aceite ou não, que se percebe transformou-se num arrazoado de atitudes pouco éticas e nada condizentes com a democracia e a liberdade individual.
O direito a lutar não se pode transformar num combate cego, desordenado (a própria Comissão deixou de responder seja pelo que for e é cada um dos piquetes que determina o que vai fazer), violador das liberdades de cada um (os trabalhadores do Minipreço não têm que sair escoltados com medo de represálias). A luta empreendida não lhes dá o direito de impedir de forma agressiva e com chantagem ("não nos responsabilizamos pelo que acontecer"), atirando pedras, furando depósitos de combustível ou incendiando veículos, os que querem trabalhar.
O discernimento já tinha ido. A credibilidade que ainda restava abandonou agora. O que resta desta luta? Infelizmente uma vítima mortal.
O "menino guerreiro" não pára. Um espectáculo. Vejam este post do seu blog.
O editorial de hoje do DN merece ser lido, relido e seriamente debatido.
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