Os pais são burros. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), pela voz do seu secretário geral, Paulo Sucena, entendeu por bem passar um atestado de burrice aos pais.
Desde já declaro que não lhe reconheço capacidade intelectual, nem qualquer outra, para tecer esse tipo de considerações.
Colocados os pontos nos iis, vamos à matéria em questão.
O Ministério da Educação (ME) apresentou ontem aos jornalistas e sindicatos a proposta de alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD), que deverá ser discutida até ao final do ano.
Jorge Pedreira, secretário de Estado Adjunto e da Educação, explicou que as alterações pretendem “promover a qualidade da profissão de docente”, “distinguir e premiar os melhores”. O sistema de avaliação de desempenho será “fundamental” para a progressão na carreira. Entre as novidades da proposta está a possibilidade dos pais, individualmente, intervirem no processo de avaliação de desempenho dos professores, através do preenchimento de uma ficha. Os pais poderão dar a sua opinião sobre a relação pedagógica do professor com o aluno e a disponibilidade para o atendimento e acompanhamento, explicou o governante. O objectivo é “vincular os pais à escola, pois se os pais sentirem a responsabilidade de contribuir para a avaliação e melhorar a escola, isso é positivo”.
Perante isto, o sr Paulo Sucena nem mediu as palavras e apoiado no poder do cargo que ocupa (aliás, cargo que já viu dias melhores) avançou de imediato manifestando-se "claramente contra" a possibilidade de os pais avaliarem o desempenho dos professores em aspectos subjectivos porque, segundo ele, os pais "não têm competência científica" para tal e a proposta "desvaloriza a profissão de docente", tendo igualmente afirmado que a Fenprof se opõe "obviamente a que os pais sejam actores do processo de a valiação", porque não têm competência científica para tal e não têm a isenção e o afastamento necessários.
Como pai lamento esta atitude do sr. Paulo Sucena (penso até que os pais são credores de um pedido de desculpas públicas) e mais lamento que este seja o único aspecto que ele se propõe comentar, sendo que existem outros aspectos do diploma que me parecem pouco concernentes, como por exemplo a questão que prevê que para além da componente científica e lectiva, os professores sejam avaliados também pelos resultados dos alunos e das taxas de abandono escolar, para além de outras vertentes.
Aqui está um ponto que os sindicatos deviam contrariar, primeiro porque é confuso, segundo porque poderá ser complicado quer para os alunos quer para os professores.
Mas não o sr. Paulo Sucena decidiu atacar um dos aspectos positivos do diploma e fê-lo através do enxovalho.
Não merecíamos isto e os professores também não, mas claro é o sindicalismo à portuguesa.
O Senhor não sabe o que está a dizer!
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