sexta-feira, 12 de maio de 2006

Histórias?! Nem quando era pequeno. Nunca alinhei, mesmo em pequeno, em histórias para adormecer. Aliás a sua narração tinha um efeito contrário: provocava-me insónias.
Vem isto a propósito da história da grande refinaria que Patrick Monteiro de Barros queria fazer nascer em Sines.
Desde o início que este projecto me causou muitas dúvidas. E porquê? Porque pouco tempo antes o mesmo Patrick tinha "agitado as águas" com a energia nuclear que era, no seu ponto de vista fundamental, para nos livrar da grande dependência em que estamos face ao petróleo. Claro que de imediato caíu o Carmo e a Trindade lá para o lado dos ambientalistas.
De repente e do nada surge o projecto da maior refinaria da Península Ibérica.
Um projecto de muitos milhões de euros; um projecto que criaria 800 postos de trabalho directos; um projecto destinado a 80% para a exportação, ... enfim um achado nos tempos que correm e que são de vacas magras.
Diz o povo e com razão que quando a esmola é grande, o pobre desconfia.
Neste caso ou ninguém desconfiou ou foram demasiado confiantes.
Reuniram-se uns quantos e com pompa e circunstância fizeram "juras de amor" e fidelidade.
Prometeram-se uns aos outros como se de amor eterno se tratasse.
Mas de repente adeus projecto, adeus milhões, adeus emprego, adeus exportações.
Os mesmos que tinham jurado fidelidade separaram-se antes do filho nascer.
Por um lado até foi bom. Sines não tem bloco de partos com capacidade para fazer nascer mais um elefante branco.
Emissões de CO2, incentivos fiscais e outros, afinal era mercado interno e não exportação e eu sei lá mais o quê.
É pena que este sei lá mais o quê não venha a público.
Mas não vem isto a público, vem outra coisa e pasmem lá... uma nova refinaria, só que agora da GALP a petrolífera nacional.
Ao que parece não é tão grande como a outra, mas também é um investimento portentoso, sendo que já recebeu o beneplácito do Governo.
Mas lá ver se no final deste contrato também não há linhas com letra pequenina.
E já agora expliquem-me porquê refinarias quando as apostas são nas energias alternativas?

Para descontrair. Fiquei ontem a saber que o nosso bobo da corte vai ser operado.
Pois é, José Castelo Branco vai ser sujeito a uma intervenção cirúrgica. Não que tenha sido acometido de uma qualquer enfermidade, antes porque pretende retirar duas costelas flutuantes para poder ficar mais magro.
Não há mesmo nada a fazer! É um caso perdido e sem possibilidade de recuperação.

A terminar. Sempre que alguem paga seja o que for tem direito a receber um recibo que faz prova desse mesmo pagamento. As boas relações comerciais justificam-no e a lei assim o exige.
Se assim é, o porquê da Brisa ter nas suas cabines de pagamento um aviso onde informa que o recibo será emitido quando solicitado?
Não estamos perante a inversão total do ónus?
E que dizem disto as associações de defesa do consumidor?

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