É natural que esteja farto. Temos assistido, como nunca se viu, à mais miserável campanha de tentativa de suicídio político. A vítima chama-se Diogo Freitas do Amaral, actual ministro dos Negócios Estrangeiros, sendo que os "assassinos" estão situados no centro, no centro-direita e na direita.
Vem a propósito dizer que correm rumores de que a própria jornalista do "Expresso" Cândida Pinto ficou admirada com o título dado ao seu trabalho (entrevista a Feitas do Amaral).
A última com ele relacionada é de bradar aos céus e revela ignorância e, porque não dizê-lo, alguma falta de educação. É claro que estou a referir-me ao aperto de mão entre Freitas e o seu homólogo palestiniano.
O caso conta-se de uma penada: durante a visita de Freitas do Amaral aos Emiratos Árabes Unidos foi-lhe apresentado o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Mahmoud al-Zahar, que pertence ao Hamas (grupo que, goste-se ou não, ganhou as primeiras eleições livres na Palestina).
Resultado: o PSD e o CDS exigem que o ministro dos Negócios Estrangeiros português vá ao Parlamento explicar o cumprimento, já que desde Abril que a União Europeia (UE) cortou as relações políticas e os apoios financeiros à Autoridade Palestiniana.
Porque a UE cortou relações com um governo livre (quer se goste quer não o actual governo palestiniano formado pelo Hamas é resultado das primeiras eleições livres que ocorreram na Palestina) os ministros, na opinião destes senhores, estão proibidos de conversar ou até mesmo de se cumprimentarem.
Por certo estes dois partidos têm mais em que pensar e os deputados, propriamente ditos, têm assuntos mais sérios com que se preocuparem, mas não preferem a vingança. Sim que isto mais não é do que uma vingança cega e torpe por Freitas do Amaral ter aceite ser ministro de um goverso liderado por socialistas.
Sem comentários:
Enviar um comentário