quarta-feira, 17 de maio de 2006

O direito de resposta. Ontem assistimos a um facto lamentável em televisão, embora não seja inédito.
Carlos Cruz decidiu exercer o direito de resposta relativamente à entrevista feita pela TVI a Carlos Silvino.
Pois bem o texto apresentado por Carlos Cruz foi lido por Manuela Moura Guedes numa velocidade vertiginosa. Dois minutos e trinta e seis segundos foi o tempo gasto pela jornalista a ler o referido texto (diz-se à boca pequena que o texto tinha sido gravado por uma outra jornalista da TVI e tinha demorado seis minutos).
A forma ultra-rápida utilizada e sem a entoação devida levou a que muita gente não tenha entendido o que foi dito.
Não sei se esta acção foi uma retaliação ao facto de Carlos Cruz tem movido um processo contra Moniz e Moura Guedes ou se foi por qualquer outra coisa, mas que é uma pedrada no charco é, até porque nunca deveria ter sido a jornalista Manuela Moura Guedes a ler o texto já quentre ela e o signatário do mesmo existe um litígio.
Mas o que ontem aconteceu remete-nos para um dos verdadeiros problemas que existem no jornalismo: o direito de resposta.
É vulgar ver que o direito de resposta ou a simples menção de errar, não é tratada da mesma forma que a notícia que a isso deu origem.
É um facto que isto acontece mais na imprensa escrita, mas a rádio ou a televisão não são imunes a esta matéria, só que muitas vezes dando uma outra roupagem.
Errar é humano, embora no jornalismo isso aconteça algumas vezes porque não se investiga os dois lados da questão ou não se escuta uma e outra parte.
Importa que a questão do direito de resposta seja tratada com a mesma forma que a notícia e mais, importa que ela seja publicada e sem comentários.

Para terminar deixo aqui três links para que possam ler textos insertos na imprensa (DN) de hoje: envelope nove, Igreja e protocolo e incompatibilidades.

Sem comentários:

e os rapazinhos querem o 25 de novembro...  pois se me é permitido (e o 25 de Abril deu-me essa liberdade) eu acrescento o 28 de setembro e ...