quarta-feira, 11 de abril de 2007

É hoje. Foi escolhido o dia de hoje para José Sócrates, a propósito dos dois anos de governação, dar uma entrevista ao país, através da RTP e da Antena 1, onde também esclarecerá a questão da sua formação académica.
Se me perguntarem o que é que eu penso disto tudo, posso dizer que só critico o facto de Sócrates ter demorado 20 dias a explicar a situação, embora eu perceba que se ele tivesse vindo a público antes de Mariano Gago ter decidido o encerramento compulsivo, não faltariam vozes a referir que a decisão do ministro esteve condicionada às palavras do primeiro-ministro.
Na questão propriamente dita das equivalências e dos exames estou convicto que não será este o único caso e nem será só nesta Universidade.
Uma coisa eu reputo de esquisita. O pai do satélite português, Carvalho Rodrigues, proeminente cientista e destacado simpatizante do PSD, foi se não dirigente, pelo menos professor, Luís Marques Mendes, presidente do PSD, foi igualmente lá professor em 1995, embora isso não conste da sua biografia oficial, Alberto João Jardim é professor convidado da Independente e outros e outros, o que faz com que seja um corpo docente de respeito.
Aguardemos pois pelas explicações de logo à noite.

Jaime Silva com a vida complicada. O ministro da Agricultura deparou-se ontem com um coro de protestos dos agricultores que, se somarmos às inúmeras providências cautelares que pairam no ar, por certo que obrigarão Jaime Silva a dar um murro na mesa se quiser não ser abalrroado por esta autêntica bola de neve.
Não é de agora que eu digo que os agricultores portugueses se tornaram dependentes dos subsídios, aliás só o facto de andarem anos e anos a receber para arrancar vinhas, oliveiras, muitas das quais se encontram no mesmo local, a receber subsídio de combustível que revertia para os tanques dos jipes e de outras "bombas" a gasóleo (desde que não fossem tratores, debulhadoras, ceifeiras, etc, etc), fez com que os terrenos produtivos (e que produzem) estejam na mão de estrangeiros e os produtos que encontramos à venda tenham a chancela de outras paragens que não as portuguesas.
Mas claro que o agricultor, não aquele que pretende praticar uma agricultura de subsistência tá visto, mas aquele que tem campos e campos à espera do muito sol, do granizo, das cheias e outros fenómenos que tais, para se almejar em vítima e sacar mais uns quantos euros, em detrimento de outros que, na verdade, são impulsionadores da economia, mas que até agora têm sido marginalizados, porque não fazem parte dos grandes lobbies, na distribuição de ajudas à produção.
No que respeita às providências cautelares, elas só existem porque um determinado sector não percebeu a Teoria da Separação de Poderes e julga-se detentor da verdade suprema do alto da sua cátedra. Triste engano o deles e que lhe está a sair caro face aos olhos dos comuns dos mortais. Para lamentar é que uns quantos que conhecem a referida Teoria e que recatadamente vão assistindo aos dislates dos seus pares não tomem as rédeas dos agrupamentos e deem uma varridela não com vassouras de plástico, mas com as de urze que serviam, e muito bem, para limpar as eiras em tempos idos.
Enquanto a seriedade, a honestidade e a vontade de trabalhar forem subjugadas pelos holofotes do pseudosocial e pelas lutas intestinas pelo poder nunca se irá a lado nenhum, antes pelo contrário será o caminho mais rápido para o descrédito que já hoje assume valores fora do normal e desejável.

Jeitosos. O CDS/PP exigiu esclarecimentos ao Governo sobre a forma como está a ser fiscalizado o ensino superior, considerando que «uma avaliação pública» poderia ter prevenido situações como a da Universidade Independente.
O deputado Diogo Feio - o tal das TLEBS -, em declarações à Lusa, disse que "o CNAVES (Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior) está em vias de extinção. A opção do Governo é uma forma de avaliação internacional que não será a melhor para situações como a que se verifica na Universidade Independente".
Foi pena este senhor não se ter lembrado de tal coisa aquando da Universidade Moderna, ou nesta altura não podia ser por o nome do chefe também andar na berlinda?

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