Não brinquem. Chegou ao meu conhecimento que Carmona Rodrigues vai não só ser ouvido como arguido, como vai apresentar uma moção para que seja a Câmara Municipal de lisboa a pagar as despesas judiciais dos autarcas arguidos: Eduarda Napoleão, Gabriela Seara, Fontão de Carvalho e, quem sabe, a sua.
Eu sei que o Estatuto dos Eleitos Locais consagra o direito a apoio nos processos judiciais, incluindo o pagamento de todos os encargos inerentes ao processo, desde que este tenha como causa o exercício das respectivas funções.
Mas uma coisa é um processo que aparece em resultado das funções autárquicas e outra coisa é um processo por corrupção, participação em negócio e tráfico de influências.
Neste caso não só não deviam ser ajudados, como deviam ainda indemnizar a autarquia pelos danos provocados, quanto mais não seja na imagem.
Deixo-vos ainda esta hiperligação porque possui legislação autárquica importante e muito completa.
Já não bastava ao PCP a fraca figura que fizeram os seus rapazes no 25 de Abril, foi agora acrescentado o caso de Setúbal.
Tempos atrás Jerónimo de Sousa afastou o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carlos Sousa, e fez subir Maria das Dores Meira, como se os votos nada significassem perante a vontade do líder do partido que patrocinou a lista, sendo que o problema de Carlos Sousa era ser constituído arguido devido a um problema de reformas de vários funcionários da autarquia.
Então não é que o Ministério Público constituiu arguida (entre quatro funcionários e o vereador do PS e do PSD) a presidente Maria das Dores Meira.
É mesmo caso para dizer: caiu-lhe o cão na carreira.
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